Chinchila estressada: saiba o que pode deixar o animal assim
Publicado em 09 de novembro de 2022Tempo de leitura: 5min
Ao falar em problemas de saúde que podem afetar os pets, é costume lembrar primeiro de condições físicas, como problemas digestivos ou dores decorrentes de diferentes causas. Raramente lembramos que uma chinchila estressada, além de ter menor qualidade de vida, fica ainda mais suscetível a doenças.
Por isso mesmo, é importante adotar medidas a fim de assegurar não apenas o bem-estar físico, mas a saúde mental do pet. Afinal, ambos estão interligados. A seguir, saiba mais sobre as principais causas e sinais clínicos do estresse da chinchila.
Principais causas do estresse em chinchilas
Com uma das maiores estimativas de vida entre os roedores que podemos ter em casa (entre 10 a 20 anos), as chinchilas (Chinchilla lanigera) são muito queridas por seu temperamento tranquilo e bastante dócil, gostando de receber doses diárias de carinho.
Contudo, algumas circunstâncias, em especial de ordem ambiental, podem acabar deixando a chinchila estressada. Isto, por sua vez, acaba comprometendo sua imunidade, tornando-a mais suscetível a doenças. Entre as principais causas do estresse em chinchilas, estão:
Alojamento muito pequeno
Por mais que o tutor solte a chinchila de estimação por alguns momentos para interagir com ela, o alojamento é onde o pet passa a maior parte de seu tempo. Assim, é fundamental que ele seja espaçoso para que a chinchila possa brincar e se movimentar.
Uma vez que a espécie gosta muito de saltar e de escalar, a recomendação é que o alojamento desses roedores tenha mais de dois andares, com plataformas seguras.
Falta de oportunidades para expressar comportamentos naturais
É importante saber como cuidar de chinchila em casa, e isso inclui a montagem do espaço em que o pet ficará alojado. Para além do alojamento com mais de dois andares, as chinchilas dependem de outros recursos para expressarem comportamentos naturais da espécie.
Entre esses recursos, destacamos as tocas onde a chinchila possa dormir e se refugiar sempre que sentir necessidade, bem como túneis, pontes e outros brinquedos de madeira que estimulem o movimento e possam ser roídos. Lembrando que o feno é outro recurso essencial para os pequenos roedores. Ele auxilia no aporte de fibras, permite a expressão do comportamento natural de roer e o desgaste dos dentes.
Falta de higiene
Com uma das pelagens mais sedosas do mundo, as chinchilas têm uma pele que não aceita bem a umidade, fator que pode levar ao surgimento de fungos. Portanto, elas nunca devem tomar banho com água — o que não significa que não seja necessário cuidar da higiene desses pets.
Ao contrário, trata-se de um aspecto fundamental para o bem-estar e cuidado com a chinchila. Assim, você pode deixar a chinchila estressada se a mantiver em local sujo. Além de limpar bem o alojamento com regularidade, ofereça uma banheira com pó de banho a seco específico para a espécie, quando necessário.
Ruídos altos e tumulto
Assim como acontece conosco, um ambiente muito barulhento e tumultuado pode deixar o animal estressado. Nesse sentido, é importante lembrar que, como animais de hábitos noturnos, as chinchilas costumam dormir boa parte do dia. Desse modo, é fundamental que o alojamento fique num local tranquilo também nesse período.
Ameaça de predadores
As chinchilas, assim como outros roedores domésticos, são presas na natureza. Por isso, elas nunca devem ficar no mesmo ambiente que seus predadores, como cães e gatos Isso deixa a chinchila estressada, por estar em constante alerta.
Para quem tem pets de diferentes espécies em casa, a recomendação é que cães ou gatos não tenham acesso ao cômodo da sua chinchila, evitando que eles se avistem.
Falta de interação
Inteligentes e amigáveis, as chinchilas gostam muito de receber carinho e de momentos de interação. Isso é válido especialmente quando o pet fica sozinho no alojamento, sem companheiros da mesma espécie. Daí a importância de tirar pelo menos um momento todos os dias para interagir e brincar com o roedor.
Manipulação excessiva
Se por um lado a falta de socialização é um fator estressante para as chinchilas, o excesso de manipulação pode ser igualmente prejudicial. Como regra, na hora de interagir, fique atento aos sinais emitidos pelo pet e respeite sempre que ele quiser ficar sozinho, buscando uma toca para se refugiar.
Saiba reconhecer uma chinchila estressada
Entre os principais sinais de que a chinchila pode estar estressada por um ou mais dos motivos listados acima, estão:
- queda de pelo em excesso;
- aumento das vocalizações;
- alteração do hábito alimentar;
- alteração dos hábitos de higiene;
- intensificação da busca por refúgio;
- automutilação;
- comportamento estereotipado, com repetição de movimentos.
Estresse térmico em roedores
Um tipo particular de estresse em roedores é o estresse térmico ou calórico. Embora possa ocorrer com outras espécies domésticas, ele costuma impactar com mais frequência pequenos roedores, como hamsters, coelhos e chinchilas.
Assim, animais originalmente de locais mais frios tendem a sofrer mais com o aumento brusco de temperatura. O quadro, que ocorre principalmente quando a temperatura ambiente supera os 28ºC, leva à alteração da frequência respiratória, prostração, desmaios, convulsão e, em casos extremos, à morte súbita do pet devido ao calor.
Para evitar o problema, procure manter a chinchila em um local fresco, bem ventilado e ao abrigo do sol. Em dias de muito calor, vale investir em ventiladores e ar-condicionado. Nunca dê banho com água em sua chinchila, pois isso trará mais malefícios do que benefícios ao animal.
Lembre-se: quanto mais limpo for o ambiente em que você criar a sua chinchila, menor será a necessidade de higienização dela. Agora que você sabe o que deixa uma chinchila estressada, é só deixar o ambiente mais confortável e tranquilo possível. Acompanhe mais dicas aqui, do blog da Petz, para ter uma chinchila tranquila e feliz!
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