Por Alexandre Rossi – Dr Pet
Você sabia que os gatos são bem exigentes quando o assunto é onde fazer suas necessidades? Tanto com relação ao substrato usado, pois gostam de enterrar seus dejetos, como ao local das caixas, que deve ser calmo e longe de locais de passagem. Porém, apesar disso, eles aprendem mais fácil a fazer as necessidades no lugar certo do que os cães.
O banheiro do gato é um dos grandes símbolos de sua essência autolimpante e, por isso, deve corresponder, sim, às exigências do seu gato para aumentar a sua qualidade de vida. Isso porque um banheiro felino não adequado pode levá-lo a decidir se aliviar em locais diferentes. Além disso, se o animal não se adaptar ao substrato usado, ou à caixa, ou até ao espaço onde estão ambos, pode começar a “segurar” e fazer menos xixi e cocô.
HIGIENE É SAÚDE
E não pense que a dificuldade de fazer as suas necessidades afetará apenas a limpeza da casa: a situação pode levar o animal, inclusive, a problemas de saúde. A uretra do gato é mais curta e estreita que a dos cães, principalmente a dos machos, o que já traz uma predisposição natural à obstrução uretral, como pequenos cálculos ou coágulos.
Reter os dejetos pode predispor o gato a enfermidades graves como cistite idiopática e formação de fecaloma (fezes ressecadas).Por isso, é muito importante que haja na casa banheiros adequados, pois isso influencia no número de vezes que o animal vai usar a caixa.
O LOCAL ADEQUADO
O banheiro, ou melhor, os banheiros devem estar longe de onde o pet gosta de dormir. O local não deve ter muito barulho (como perto da máquina de lavar) nem oferecer perigo ou algo que possa assustar o pet, como queda de objetos (uma vassoura, por exemplo). Ou seja, deve ser um local calmo e sem muita movimentação.
Outra dica essencial é que seja distante de onde o gato come e, principalmente, dos bebedouros. Também é bacana que o piso seja facilmente limpável por causa dos grãos de areia que podem escapar da caixa. Evitar colocar sobre carpete ou tapete é essencial, pois caso o gato acabe urinando ou defecando fora da caixa por algum motivo, fica muito difícil retirar o cheiro. Além disso, a chance do felino pisar nas fezes e sair espalhando dejetos pela casa é bem grande também.
Caso você também tenha cães na casa, colocar as caixas num local mais elevado, como num móvel, impede que eles tentem fuçar na areia para comer o cocô do gato (algo supercomum e absolutamente normal, já que a alimentação dos felinos têm mais proteína que a dos cães, deixando as fezes mais atrativas).
TIPOS DE AREIA
Existem diversos tipos de areia higiênica no mercado e a escolha depende da preferência do gato e da disponibilidade e orçamento do tutor. As mais comuns e baratas são feitas à base de argila e formadas por grânulos. Outro tipo comum são os substratos à base de madeira. Existem ainda as biodegradáveis feitas de misturas de farinha.
E qual é a mais adequada? A que o seu bolso permitir e o seu gato mais gostar! Então, o mais indicado é testar várias opções, deixando disponível um tipo em cada caixa, por exemplo, e verificando qual o pet mais usa.
Mas uma observação: evite os substratos com perfume, pois geralmente gatos não gostam de odores diferentes e podem ser alérgicos
QUANTIDADE DE SANITÁRIOS
O número ideal de caixas sanitárias pela casa é sempre uma a mais do que o número total de gatos. Ou seja, se você tem um gato, deve ter duas caixas. Se tiver dois gatos, três caixas.
Recomenda-se também que as caixas fiquem em ambientes diferentes, assim você consegue notar qual o pet usa mais ou menos e, às vezes, até perceber que o lugar onde você colocou não é confortável para o bichano, então tem a chance de mudar. Além disso, se um dos gatos é dominante, pode dominar todas as caixas e, se estiverem no mesmo lugar, vai acabar impedindo que os outros as utilizem.
RECIPIENTE PERFEITO
O rol de caixas de areia sanitária para gatos no mercado é grande e conta com uma enorme variedade de tipos. Assim como o tipo de areia e o local, a caixa também depende muito de animal para animal.
A vantagem do recipiente fechado é a maior privacidade para o pet e a comodidade de não sujar com areia ao redor da caixa quando ele cava para esconder as fezes. Já o aberto é geralmente melhor para que o bichano aprenda a usar sem dificuldades.
Portanto, o recomendado é ir de acordo com a personalidade do seu gato, fazer testes e usar a regra de ouro: a caixa deve ser confortavelmente maior do que o pet.
CAPRICHE NA LIMPEZA
Existem dois tipos de limpeza que devem ser feita na caixa do gato: o recolhimento dos dejetos e a troca total da areia. No mundo ideal, as caixas deveriam ser limpas, pelo menos, duas vezes ao dia – na parte da manhã e à noite. Mas uma vez ao dia é o suficiente para a higiene.
Já a substituição depende do tipo de substrato usado. Por exemplo: os granulados comuns devem ser substituídos integralmente vez na semana é o indicado. Já as areias de mandioca aguentam mais tempo.
Em todos os casos é necessário lavar a caixa depois de retirada a areia. É bom lavar para remover os resquícios de fezes e depois aplicar algum desinfetante próprio para animais, encontrado em pet shops.
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Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Junto de seus pets, Estopinha (in memoriam), Barthô e a gatinha Miah, ele é a maior referência no assunto do Brasil, divulgando seu conhecimento em estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.
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