Fazer cachorro parar de latir: será que é uma boa ideia?
Publicado em 21 de dezembro de 2018Tempo de leitura: 4min
Embora algumas raças sejam consideradas mais “barulhentas” do que outras, todos os cachorros latem. E isso está longe de ser algo ruim! Da mesma forma que nós usamos a fala, os cães também usam o latido para se comunicar. Isso, não só entre si, mas também com as pessoas. Sendo assim, mais importante do que aprender como fazer cachorro parar de latir é tentar conhecer o que seu filho de quatro patas pode estar querendo lhe dizer. Vamos descobrir?
Latidos: por que eles são importantes
Já imaginou expressar suas necessidades para alguém e receber de volta apenas um pedido de silêncio? Pois é isso que acontece quando o cachorro late e a única reação do tutor é pedir que ele fique quieto.
De acordo com a Dra. Karina Mussolino, médica-veterinária e gerente de clínicas da Petz, os latidos são uma maneira que os cães têm de se comunicar. Por isso mesmo, “é importante o tutor saber diferenciar os tipos de latidos e, principalmente, verificar se o pet não está sendo privado de algo”, diz.
A seguir, confira alguns dos significados possíveis para os latidos:
- Saudação (na chegada do tutor em casa, por exemplo);
- Alerta de perigo (como a presença de estranhos no portão);
- Privação de algo (cachorro está com fome ou com sede);
- Convite para brincar (para pessoas ou outros cães);
- Ansiedade por separação (quando deixado sozinho);
- Tédio ou solidão (cachorro late para receber atenção);
- Latir quando chega visita,
- Aviso de que está com dor.
Existem ainda diversos outros motivos que levam um cachorro a latir. Na hora de tentar identificá-los, vale ficar atento ao contexto e às características do latido, como intensidade, duração e também o intervalo entre um latido e outro. Com o tempo, você vai ficar craque em decifrar os latidos do pet a fim de garantir seu bem-estar.
Latido em excesso: como controlar
Considerando que os latidos são a maneira que os cachorros têm de se comunicar, nada mais justo que, para reduzi-los, a única saída seja “ouvi-los” e atender suas demandas.
Em outras palavras, nada de apelar para métodos aversivos que, segundo a Dra. Karina, podem, inclusive, gerar sequelas e distúrbios comportamentais no pet. Em vez disso, a dica é identificar e corrigir as causas externas.
Confira abaixo algumas medidas que ajudam a manter os latidos equilibrados:
- Crie uma rotina! Ao estabelecer horários para as atividades você evita que o cão comece a latir de tédio na madrugada ou adquira o hábito de latir para pedir comida, por exemplo;
- Aproveite a fase de filhote para sociabilizar o pet. Um cachorro acostumado desde cedo a outros cachorros e pessoas é muito mais seguro e, portanto, late menos;
- Passeie todos os dias com o seu amigo. Ao gastar energia e explorar novos ambientes, ele fica muito mais calmo e tranquilo;
- Reserve um tempo do seu dia para interagir com ele. Cães que passam muito tempo sem carinho tendem a latir como única forma de conseguir a atenção do tutor;
- Acostume o pet a ficar sozinho e garanta muitos brinquedos interativos para esses momentos. Assim você reduz a ansiedade por separação;
- Caso suspeite que o cão tenha desenvolvido alguma fobia ou outros distúrbios de comportamento, busque a ajuda de um adestrador, às vezes ;
- Leve seu filho de quatro patas para consultas regulares no veterinário a fim de verificar o estado de saúde dele.
Mesmo seguindo todas essas dicas, o cachorro ainda assim poderá latir em excesso em alguns momentos, como na sua chegada em casa ou ao ouvir algum barulho com o qual ele não esteja acostumado. É perfeitamente normal! Para esses momentos, vale ensinar ao pet o comando “quieto” por meio do reforço positivo. No entanto, ele nunca deve ser usado sem antes identificar e atender à causa do latido.
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