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Cachorro paraplégico: quando o pet precisa de cadeira de rodas

Publicado em 28 de maio de 2019

Tempo de leitura: 5min

Imagine qualquer atividade rotineira na vida dos cães, como correr, buscar bolinha, etc. É bem provável que essa atividade envolva o uso das quatro patas. Por isso mesmo, a notícia de um cachorro paraplégico costuma ser muito triste para os tutores, que se preocupam em como ficará a qualidade de vida do pet.

Cirurgia, acupuntura e fisioterapia são procedimentos que têm ajudado muitos pets a recuperarem os movimentos. Assim, ainda que a paraplegia seja definitiva, o cachorro pode levar uma vida de qualidade. Para isso, ele pode contar com a ajuda de uma cadeira de rodas para cachorro!

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Paraplegia canina: saiba mais sobre as causas do problema

“As situações que podem levar um cachorro à paraplegia são, principalmente, aquelas que envolvem lesão na coluna, e muitas dela podem acontecer em situações rotineiras como, por exemplo, quando eles sobem e descem da cama ou do sofá”, explica a Dra. Flávia Trevizan, médica-veterinária da Petz.

Essas lesões são conhecidas como hérnias de disco. Mas, claro, é importante destacar que outros tipos de lesão também podem resultar em paraplegia, como traumas, tumores em vértebras ou na medula espinhal, botulismo ou mesmo como sequela de algumas doenças, como cinomose. Uma atitude muito bonita é adotar um cachorro deficiente.

Raças mais predispostas a desenvolver problemas na coluna

Evitar que o pet force muito a coluna ao longo da vida é bom para a saúde de todos os cachorros. Sendo assim, dependendo do porte dele, procure restringir o acesso do animal à cama, ao sofá, às escadas e, se possível, aposte em suportes para comedouros e bebedouros, que evitem que o cachorro tenha que curvar o pescoço com frequência.

No entanto, a Dra. Flávia explica que algumas raças devem receber atenção especial nesse sentido, principalmente se houve um resgate de pet de rua para sua casa. Entre as raças com maior risco, podemos citar:

  • Dachshund;
  • Beagle;
  • Buldogue francês,
  • Poodle.

“Pets com corpo mais alongado e perninhas curtas têm maior predisposição a sofrerem hérnia de disco”, diz a especialista.

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Cadeira de rodas: 3 dúvidas respondidas sobre o tema

Uma vez que o pet está com a coluna lesionada e perdeu os movimentos das patas traseiras, o veterinário pode recomendar acessórios para cães paraplégicos, como a cadeira de rodas.

Ao facilitar a locomoção do cachorro, é uma das ferramentas para dar a ele mais qualidade de vida. Abaixo, contamos com a ajuda da Dra. Flávia para responder algumas dúvidas sobre o tema:

1. De que forma a cadeira de rodas pode melhorar a vida do pet?

Da mesma forma que uma pessoa com dificuldade de locomoção pode levar uma vida saudável e feliz com algumas adaptações em seu dia a dia, os cães paraplégicos também podem viver de maneira absolutamente normal ao lado de seus tutores.

Aliás, se tem um aspecto que tutores de cães paraplégicos fazem questão de reforçar, é que não se trata de uma doença e, sim, de uma condição, algo que torna esses pets apenas diferentes e não dignos de pena.

A cadeira de rodas ajuda a proporcionar mais qualidade de vida ao animal à medida em que facilita algumas atividades, entre elas alcançar sozinho água e comida e fazer a socialização com outros cachorros.

2. A cadeira de rodas sempre é recomendada em caso de paraplegia?

Nem sempre! Embora ajude a melhorar a mobilidade do pet, contribuindo para que ele mantenha sua rotina, a cadeira de rodas pode ser prejudicial para cães que ainda têm chances de recuperar a locomoção.

Sendo assim, é fundamental que seu uso seja indicado somente por um profissional especializado, o ortopedista veterinário. “Além de ser necessário acompanhamento com um fisioterapeuta”, orienta a Dra. Flávia. Ah! E o modelo da cadeira também deve ser indicado somente por um especialista, combinado?

3. Quais outras adaptações o tutor deve fazer em casa, para um cachorro paraplégico?

De acordo com a Dra. Flávia, os tutores devem ficar muito atentos para ver se o pet está conseguindo fazer xixi e cocô. Se não, você deverá ajudá-lo. Converse com um veterinário sobre a melhor forma de fazer isso e oferecer para o cachorro paraplégico esse cuidado.

Vale destacar que, em casa, nem sempre o cachorro se sente confortável com a cadeirinha, preferindo ficar sem ela. Seja como for, evite pisos ásperos e coloque portões nas escadas, evitando acidentes.

A Dra. Flávia lembra que, em alguns casos, cachorros paraplégicos podem precisar de tratamentos contínuos, como em caso de dor crônica. Além disso, ela chama atenção para a necessidade de fortalecer a musculatura dos membros torácicos, o que pode ser feito com a ajuda de fisioterapia.

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Acha que seu pet pode estar forçando muito a coluna? Procure um médico-veterinário ortopedista. Verifique a disponibilidade na clínica Petz mais próxima a você.

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