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Raças condrodistróficas: tudo o que você precisa saber!

Publicado em 22 de março de 2025

Tempo de leitura: 5min

Você sabe o que Shih Tzu, Bulldog e Daschshund têm em comum? As três fazem parte do grupo de raças condrodistróficas. O termo pode parecer esquisito, mas é conhecido entre a comunidade científica. A principal característica desses cachorros é terem as pernas encurtadas, oferecendo uma aparência única.

Mas, assim como acontece com as raças braquicefálicas, além de impactarem nas características físicas dos cães, isso também afeta a saúde dos pets. Os condrodistróficos, por exemplo, são mais propensos a diversas doenças, como hérnia de disco e displasia.

Para saber mais sobre as raças condrodistróficas e todos os cuidados que você, como responsável, deve ter na rotina do seu cão, continue lendo!

Cachorro Shih Tzu em cima da cama.

O que são raças condrodistróficas?

Como dito, a “marca registrada” das raças condrodistróficas são as pernas curtas em comparação com o resto do corpo. Mas por que isso acontece? Cães que estão incluídos neste grupo sofrem com a calcificação prematura da cartilagem epifisária, presente na extremidade dos ossos longos. Assim, o crescimento desses membros é limitado antes do seu desenvolvimento pleno.

É uma condição genética, existente em certos grupos de raças. As articulações são as partes do corpo mais afetadas, sendo constantemente sobrecarregadas pelo peso do cão. Essa anatomia peculiar também está associada a diversas doenças, principalmente aquelas relacionadas à coluna vertebral das raças condrodistróficas.

Shih tzu, bulldog e mais: exemplos de raças condrodistróficas

O termo “raças condrodistróficas” é pouco conhecido, mas os cachorros que complementam esse grupo são alguns dos mais populares entre os tutores. Confira, a seguir, algumas raças que têm essa característica genética marcante:

  • Shih Tzu;
  • Bulldog Francês e Inglês;
  • Dachshund;
  • Basset Hound;
  • Pequinês;
  • Beagle;
  • Lhasa Apso;
  • Corgi.

Se você é tutor de um desses cães, estar atento às necessidades específicas de cada raça pode ajudar a garantir uma vida longa e saudável para o seu pet.

Doenças propensas à raças condrodistróficas

As pernas curtas e o corpo, de certa forma, “desproporcional”, chamam atenção de muitas pessoas. Existem diversos fãs das raças condrodistróficas, justamente pela aparência diferenciada dos cães. Entretanto, essa alteração genética demanda muito cuidado.

A coluna vertebral de raças condrodistróficas apresenta alterações, que podem acarretar em tensão, compressão e até torção dos corpos vertebrais. Em casos mais graves, o cachorro pode sofrer com problemas locomotores permanentes.

Quando falamos da propensão das raças condrodistróficas à doenças, devemos ressaltar algumas condições, como:

  • doença do disco intervertebral (DDIV): causa a degeneração do disco intervertebral pelo excesso de pressão na coluna. Pode levar a condições como hérnia de disco. Alguns dos sintomas são dores, paralisia (em sua grande maioria nos membros traseiros) e dificuldade de locomoção;
  • displasia coxofemoral: a displasia é uma condição comum em muitas raças, e nas condrodistróficas, ela pode ser exacerbada devido à estrutura óssea e articulações mais suscetíveis ao desgaste. Além da dor e da dificuldade de locomoção, o cão pode apresentar estalos na hora de andar;
  • deformidade dos membros: isso é esperado em raças condrodistróficas, porém, em situações mais graves, a deformação é tanta que traz dor aos pets. Nesse caso, é preciso avaliar com o médico-veterinário o quadro. É possível que uma cirurgia seja necessária.

Vale lembrar que essas condições são comuns em cães condrodistróficos, mas podem atingir animais de diferentes portes e raças. Por isso, é sempre importante ficar atento aos sintomas e contar com visitas regulares ao médico-veterinário.

Buldogue francês preto com bola verde na boca.

Cuidados com as raças condrodistróficas

Não existe uma receita para impedir que cães de raças condrodistróficas tenham problemas. Entretanto, o cuidado e a prevenção são pontos chaves para garantir a saúde do pet durante todos os momentos. Nesse caso, o tutor deve se basear em pilares fundamentais, como:

  • check-ups no veterinário: ao acompanhar o desenvolvimento e o envelhecimento do seu pet de perto, o médico-veterinário poderá observar qualquer alteração no corpo ou no comportamento do animal. Vale lembrar que o diagnóstico precoce é ideal para um melhor prognóstico;
  • alimentação balanceada: é importante oferecer ao pet uma dieta equilibrada, seguindo a orientação do veterinário. Pets obesos também sobrecarregam a coluna, sendo mais propensos às doenças descritas. No caso dos condrodistróficos, a atenção ao peso deve ser redobrada;
  • rotina de exercícios: além de auxiliar no controle do peso e ser essencial para a saúde mental do animal, uma rotina de exercícios é importante para fortalecer a musculatura e prevenir doenças na coluna. Entretanto, é preciso sempre respeitar os limites do pet;
  • atenção à coluna: é fundamental evitar sobrecarregar a coluna do animal. Por isso, evite caminhadas muito longas, principalmente se já se trata de um cão idoso. Pulos e corridas também não são recomendados com frequência, já que exercem pressão na coluna vertebral. Por isso, é importante adaptar a casa para que os pets consigam se movimentar sem muito impacto, alterando a altura dos comedouros, além de adicionar rampas de acesso a sofás e camas e piso antiderrapante.

Cachorro da raça Welsh corgi pembroke no chão.

Agora você já sabe mais sobre as raças de cachorros condrodistróficas. Para cuidar da saúde do seu pet, com os melhores profissionais, basta ir até ao Centro Veterinário Seres. Temos unidades por todo o país. Encontre a mais próxima de você e agende já a sua consulta!

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