Cachorro pode comer carne? O que é melhor: carne crua ou cozida?
Publicado em 01 de outubro de 2020Tempo de leitura: 4min
Basta pensar nos ancestrais caninos e na ordem taxonômica a qual pertencem para saber que cachorro pode comer carne. No dia a dia, contudo, a alimentação à base de ração comercial de qualidade já garante todas as proteínas e nutrientes necessários ao organismo do pet.
Já no caso da alimentação caseira, a carne é um dos alimentos mais importantes da dieta animal. A seguir, descubra se cachorro pode comer carne e qual é a melhor maneira de servi-la ao filho de quatro patas.
Hábito alimentar canino: pode dar carne para cachorro?
Quem é ligado em biologia deve saber que os cães domésticos fazem parte da ordem dos carnívoros. Usada para classificar mamíferos placentários que, entre outras características, possuem caninos fortes, pontiagudos e bem desenvolvidos, o termo gera muita confusão no que diz respeito aos hábitos alimentares.
Isso porque, ao contrário do que muitos pensam, nem todo mamífero da ordem dos carnívoros alimenta-se só de carne. Alguns, como é o caso dos cães domésticos, são onívoros. Ou seja, cachorro pode comer carne e vegetal.
Apesar disso, é verdade que as proteínas da carne são o alimento base da dieta canina. Não é à toa que as carnes de frango, peixe, boi, cordeiro e até coelho estejam entre os principais ingredientes das rações.
Também nas dietas, a carne deve corresponder à maior porcentagem das refeições. Mas é fundamental que esse tipo de alimentação seja feito somente com orientação de um veterinário. Do contrário, o pet ficará sujeito à deficiência nutricional.
Carne para cachorro: é melhor crua ou cozida?
Há muitas discussões a respeito da melhor maneira de servir carne para cachorro. Pensando nos ancestrais caninos, é evidente que eles se alimentam de carne crua por conta da herança e da fisiologia genética adequada à ingestão de alimentos nessas condições.
Portanto, cachorro pode comer carne crua por causa das características caninas que possibilitam isso, entre elas: caninos fortes, para “rasgar” a carne, e intestino curto, que evita a putrefação da carne no organismo.
De acordo com o Dr. Eduardo Braghirolli, médico-veterinário especialista em nutrologia e metabologia animal, cachorro pode comer carne cozida, pois, é o modo de preparo mais adequado. Além disso, estudos demonstram que alguns patógenos presentes nas carnes cruas não são capazes de induzir doenças em cães e gatos, mas são perigosos para humanos.
Digamos que o pet coma algum alimento contaminado e, em seguida, dê um lambeijo em você: é possível que você seja contaminado pelo patógeno. Daí é mais seguro servir o alimento cozido. Inclusive, cachorro pode comer carne moída cozida justamente por causa do preparo.
Ainda segundo Eduardo, existem alguns procedimentos que eliminam os riscos associados à ingestão de carne crua para cachorro. O problema é que, no dia a dia, o manejo desse tipo de dieta é bastante complicado.
“Esses alimentos precisam ser congelados por, no mínimo, sete dias num freezer que consiga atingir -8°C. Depois de servido, os alimentos que sobrarem após 20 minutos devem ser descartados, entre outros cuidados”, orienta. “Dessa maneira, o cozimento nos traz mais segurança alimentar, além de proporcionar uma vida mais longa ao alimento preparado”.
Como preparar carne para cachorro?
Uma dúvida muito comum e que antecede o preparo é sobre qual é a melhor carne para cachorro. Se você também já se fez esse questionamento, saiba que os cães são bem menos exigentes que a gente no quesito paladar. Para eles, não importa que a carne tenha um nervinho. Mas é importante adquirir o alimento apenas em açougues de confiança.
Quanto aos melhores cortes e às quantidades, o ideal é conversar com um veterinário especialista em nutrição canina. Lembre-se de que os diferentes tipos de corte variam em quantidade de gordura e outros nutrientes. Só um veterinário especialista poderá montar um cardápio balanceado, de acordo com as necessidades do pet.
Seja como for, na hora de preparar, o Dr. Eduardo orienta fazer a cocção sem temperos em água ou vapor. Ao contrário do que muitos pensam, o veterinário diz que é possível, sim, acrescentar sal ao alimento. No entanto, isso deve ser feito depois e não durante o preparo.
Também para temperar e serem colocadas após o preparo, Eduardo recomenda o uso de ervas frescas. Isso, claro, desde que aprovadas pelo veterinário para a dieta específica do seu filho de quatro patas. “Salsa, alecrim, manjericão e orégano são ótimos, porém não são todos os animais que os aceitam no preparo”, diz.
Agora que sabe se cachorro pode comer carne e o melhor jeito de servir o alimento, confira o blog da Petz para ter acesso a outros conteúdos sobre bem-estar animal!
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