Psicologia felina: confira tudo sobre linguagem corporal
Publicado em 05 de outubro de 2022Tempo de leitura: 5min
Entender o que nossos bichinhos querem é uma tarefa difícil. Principalmente no início do relacionamento com esses companheiros, trabalhamos com sistema de erro e acerto até decifrar o que eles desejam. Para quem tem gatos em casa, não é diferente. A psicologia felina, além de complexa, se manifesta em uma linguagem corporal única que requer atenção.
Apesar deste artigo não cobrir todo o tema, você encontrará nele diferentes formas de se comunicar com seu bichano de maneira eficaz. Continue a leitura e confira um pouco mais sobre psicologia felina.
A mente felina
Os gatos são conhecidos por serem animais bastante independentes. Eles são tão independentes que, por vezes, são estereotipados como frios e calculistas. De fato, a inteligência desses bichos permite que desenvolvam autossuficiência cedo em suas vidas, o que pode transmitir a ideia de que repelem a companhia humana.
No entanto, isso não passa de uma impressão, pois como qualquer outro animal, a personalidade do gato dependerá de sua necessidade maior ou menor de atenção e carinho. Outro motivo contributivo dessa interpretação, está nas reações quase sempre desconfiadas e cautelosas desses bichos ao primeiro encontro.
Em razão de sua audição apurada (três vezes mais sensível do que o ouvido humano), esses felinos tendem a se assustar com maior facilidade com sons altos e preferem analisar as ações alheias antes de se aproximar. As dicas de comunicação a seguir devem te auxiliar a reduzir o período de adaptação entre você e seu bichano.
Comunicação felina
Movimentos das orelhas
Como mencionado acima, o sentido auditivo dos gatos é afiado. Ele não só consegue ouvir a uma distância e frequência maiores, como também numa amplitude diferente da maioria dos mamíferos, de modo que seus ouvidos são capazes de reconhecer sons que essa subclasse de animais não consegue. Por isso, suas orelhas são bons indicadores de suas emoções.
Dessa forma, quando eretas, elas demonstram que o gato está atento. Se apontam para os lados, expressam um estado de submissão por parte do felino. Já quando apontam para frente, é provável que o pet esteja curioso a respeito de algo ou alguém.
Quando as orelhas estão viradas para trás, é preciso um pouco mais de cuidado, pois, no geral, indicam um estado de alerta que pode significar nervosismo ou gato com medo. Nessas situações, é provável que o bichano ataque acreditando estar se defendendo de uma ameaça.
Movimentos do rabo
Para uma comunicação mais eficaz, é preciso observar outros comportamentos do gato. Os movimentos do rabo são um critério de análise do comportamento desses pets. Se ereto, o rabo pode indicar bom humor, medo ou irritação.
Nesses casos, a posição dos pelos ajuda a diferenciar o primeiro dos dois últimos: pelos baixos demonstram felicidade, enquanto pelos eriçados demonstram susto e gato estressado. Se ereto, mas de ponta curvada, a indicação é de nervosismo.
Rabos baixos vão depender da presença ou não de movimento e da sua velocidade. Em oscilação lenta demonstra um animal tranquilo; em oscilação rápida, excitado ou ansioso. Caso esteja inerte, o que não é usual, o gato quer transmitir que há algo de errado, seja com ele, seja com o ambiente.
Respiração e sons
Assim como os humanos, a respiração e os batimentos cardíacos do seu pet apontam suas emoções, sendo também um fator da psicologia felina. Fique atento para os casos de respiração ofegante e frequência cardíaca alta, pois podem ser sinônimos de medo.
A respeito dos sons, o ronronar dos gatos, que pode ou não ser acompanhado do fechar dos olhos ou do movimento de “amassar pão” das patas frontais, indica felicidade e conforto. Se seu pet tiver essa iniciativa com você, significa que se sente bem na sua companhia.
Miados, entretanto, são um pouco complexos, já que dependem de outros fatores, como frequência, altura e duração do som. Quando espaçados e longos, normalmente indicam descontentamento ou fome. Se curtos e constantes, chamam atenção para alguma queixa do bichano, como solidão (comum quando filhotes). O cio também é um momento em que as fêmeas miam de forma específica para sinalizar seu incômodo.
Quando procurar ajuda?
Embora essas dicas sejam úteis no dia a dia, elas não resolvem tudo. São apontados como motivos de preocupação: urina frequente em local inadequado; descuido com a higiene pessoal; miados constantes; agressividade perante outros animais ou humanos, isolamento incomum e distúrbios alimentares.
Diante de comportamento atípico e constante do seu pet, a intervenção de um terapeuta felino pode ser crucial. Esse profissional auxilia na identificação de possíveis causas para as citadas problemáticas, mediante técnica de anamnese dos tutores e visitação ao local de guarda do pet.
A mente felina apresenta desafio aos pais de pet no caminho para compreendê-la. Alguns sinais no movimento das orelhas e do rabo, bem como na frequência respiratória e nos miados, podem ser chave da psicologia felina para solucionar o mistério do humor e dos desejos dos bichanos.
Entretanto, nem sempre esses recursos serão suficientes. Nessas situações, a procura de um profissional especializado em psicologia felina é indicada. Gostou de saber mais sobre psicologia felina? Para mais informações sobre gatos e outros animais, consulte nosso blog da Petz!
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