Mastite em gatos: como ajudar a mamãe gata!
Publicado em 10 de julho de 2024Tempo de leitura: 5min
A mastite em gatos é um quadro relativamente raro, mas que merece atenção dos tutores. De maneira geral, não se trata de um problema grave, mas é necessário ajudar a gatinha. Ela pode sentir muita dor e incômodo.
Para saber mais sobre essa doença que pode afetar a saúde e o bem-estar da sua bichana, venha saber tudo sobre a mastite em gatos: o que é, como detectar e como ajudar a mamãe gata. Confira!
O que é mastite?
Ao lembrar as aulas de biologia, provavelmente, você vai se recordar que os termos terminados em “ite” geralmente referem-se a algum tipo de “inflamação”. É isso que ocorre com a mastite.
“Mastite é o nome dado a uma inflamação ou a uma infecção de uma ou mais glândulas mamárias” explica a Dra. Aline Soares, médica-veterinária da Petz. Assim, é possível dizer que o termo designa o quadro inflamatório das mamas da gata.
Na maioria das vezes, a mastite refere-se ao problema que acomete as gatas durante o período de amamentação. Nesse momento, muitas podem sofrer com o acúmulo de leite e, consequentemente, desenvolver o quadro. Elas sentem muita dor e desconforto.
Quais são as causas da mastite?
Conforme a Dra. Aline, “o acúmulo de leite nas mamas ou a obstrução dos ductos mamários podem causar a mastite”. Esse quadro também recebe o nome informal de “leite empedrado em gatas”.
Quando ocorre o acúmulo, o leite fica parado. Isso provoca uma inflamação nas glândulas, que causa muita dor à felina. De acordo com a Dra. Aline, três cenários comuns podem deixar a gata com mastite:
- desmame prematuro: se os filhotes são retirados da mãe muito cedo, a gatinha não consegue amamentar os bebês pelo tempo adequado. Isso pode levar a um acúmulo de leite e, assim, à inflamação;
- fatores hormonais: em alguns casos, o excesso de hormônios pode levar a bichana a produzir mais leite do que deveria. Essa situação ocorre, principalmente, por causa de tratamentos anticoncepcionais — prática que não é recomendada hoje em dia;
- gestações recorrentes: o quadro de mastite também pode ocorrer se, por algum motivo, a bichana passar por muitas gestações em um curto período.
Vale lembrar que toda felina grávida deve receber acompanhamento veterinário antes e após o parto. O especialista poderá notar rapidamente casos de mastite em gatos, além de outros problemas de saúde!
Como identificar os sintomas?
Como a enfermidade está relacionada ao excesso de leite nas mamas, a maioria dos sintomas de mastite em gatos aparece nessa região e nas adjacências. Entre os sinais mais comuns, a Dra. Aline destaca:
- aumento exagerado do volume das mamas;
- vermelhidão e aumento de temperatura na região;
- leite com sangue ou viscoso com odor desagradável;
- mamas rígidas e disformes;
- falta de apetite;
- febre;
- vômito;
- desconforto;
- dor.
A gata com mastite não amamenta os filhotes adequadamente. Os sintomas podem aparecer em conjunto ou isoladamente. Independentemente se o quadro é leve ou grave, é fundamental buscar ajuda médica ao perceber qualquer um dos sinais para que a mamãe não sofra.
Como distinguir a mastite da hiperplasia mamária felina?
Essas condições são comuns em gatas, mas apresentam diferenças. “A hiperplasia mamária felina corresponde ao crescimento exagerado do tecido mamário. Porém, não tem correlação com quadros inflamatórios, como é o caso da mastite”, explica a Dra. Aline.
A hiperplasia mamária, em geral, ocorre em torno de três a quatro semanas após um cio ou a injeção de anticoncepcional, a popular “vacina anti-cio”. As mamas aumentam tanto que podem pesar metade do peso da gatinha afetada.
Apesar de o aumento não ter a ver com um câncer, a doença pode levar a bichana ao óbito devido às complicações. Ela gera infecções secundárias que podem evoluir para septicemia quando não tratadas.
Diagnóstico e tratamento da mastite em gatos
Ao receber um pet com sintomas de mastite, o veterinário realiza um exame clínico. Esse processo consiste em observar os sintomas, apalpar o corpo do animal e, em certos casos, realizar alguns testes.
“A citologia da cadeia mamária ou da secreção láctea, e a ultrassonografia da cadeia mamária podem auxiliar no processo”, afirma a Dra. Aline. Como tratar mastite? O procedimento varia conforme o quadro. Na maioria das vezes, divide-se em duas etapas:
- interrupção da lactação: passo importante do tratamento para mastite para a bichana deixar de produzir leite em excesso. Em lojas especializadas, como a Petz, é possível encontrar remédios adequados;
- prevenção de infecções: geralmente, o quadro inflamatório está associado à presença de bactérias. Nesse caso, o veterinário prescreve o melhor remédio para o quadro.
Tem como tratar mastite em gatos em casa? O tutor pode tentar realizar compressas de água gelada ou de chá de camomila gelado, intercalando com massagens leves, para ajudar a desinchar as mamas.
Formas de prevenção
A mastite nas gatinhas não é um quadro tão comum, como já dito. Costuma ocorrer em bichanas tiradas de perto dos filhotes antes da hora. A Dra. Aline reforça que, além de causar problemas para a mamãe, a separação precoce pode comprometer a saúde dos pequeninos.
Por isso, é importante que o desmame ocorra de forma natural. “Caso a bichana tenha perdido os filhotes, podemos auxiliar realizando o esvaziamento das mamas por compressão suave das glândulas mamárias, diariamente”, afirma.
Lembre-se de que o período de convivência dos filhotes com a mãe é importante para o desenvolvimento! Após cerca de três meses, o pet já está mais independente e, consequentemente, adapta-se melhor a um novo lar.
Agora que você já aprendeu sobre a mastite em gatos, pode ajudar a bichana com mais consciência! Conte com as clínicas da Seres para te ajudar e caso precise de uma mãozinha, basta procurar a Petz mais próxima. Nas lojas, você encontra tudo o que sua filha de patas precisa, inclusive remédios prescritos por veterinários. Conheça!
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