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Displasia: como identificar e tratar o problema

Publicado em 11 de fevereiro de 2020

Tempo de leitura: 5min

Você já ouviu falar em displasia canina? Mais comum do que os tutores gostariam, a displasia é uma condição que afeta, especialmente, os pets de médio e grande porte. O problema é caracterizado por uma incongruência, uma espécie de mal formação nas articulações. 

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Como resultado, pets que sofrem com a displasia apresentam dor e dificuldade para caminhar. Vamos saber mais sobre a displasia em cães, como identificar e tratar o problema?

Quais são as causas da displasia em cachorros?

A displasia canina é um problema de origem multifatorial. De acordo com o Dr. Felipi Bruno, médico-veterinário da Petz, o principal fator que leva ao problema na articulação é hereditário. “A genética responde por 50% da causa da displasia de quadril canina. Os outros 50% das manifestações clínicas decorrem de questões ambientais”, afirma.

Dr. Felipi explica que, embora não sejam a causa para a doença, fatores nutricionais, biomecânicos e de condições do ambiente podem piorar os sintomas da displasia. “Pisos lisos, que possibilitam que o animal escorregue com frequência, não causam a doença, mas podem acelerar seu aparecimento e progressão”, diz ele. 

É verdade que algumas raças são mais propensas a apresentar a displasia?

Sim! Como se trata de um problema genético, é esperado que algumas raças tenham predisposição a desenvolver a displasia. Nesse sentido, o Dr. Felipi Bruno explica que as raças mais acometidas são as de médio e grande porte, com destaque para:

  • Pastor-Alemão;
  • Rottweiler;
  • Labrador;
  • Golden retriever;
  • São-Bernardo,
  • Pitbull.

Contudo, isso não significa que cachorros de pequeno porte não possam desenvolver a displasia em menor frequência. “Cães obesos e/ou que vivem em ambientes de piso liso podem apresentar uma progressão mais rápida da doença”, diz o veterinário. 

Tipos de displasia canina

O termo displasia diz respeito a um grupo de alterações articulares que afeta principalmente cães de raças de médio e grande porte. Conforme explica o médico-veterinário da Petz, são duas as alterações mais frequentes: displasia coxofemoral canina e a displasia de cotovelo.

Também conhecida como displasia de quadril em cães, a do tipo coxofemoral afeta a cabeça do fêmur, na coxa do cachorro. 

Já a displasia de cotovelo pode envolver basicamente 4 alterações articulares nessa região: incongruência da articulação do cotovelo, não-união do processo ancôneo, doença do processo coronoide medial e osteocondrite dissecante do côndilo umeral.

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Sintomas: como identificar a displasia em cachorro?

Infelizmente, a displasia canina tende a ser uma condição bastante dolorosa e que reduz a qualidade de vida dos pets. Entre seus principais sintomas estão:

  • Claudicação — cachorro mancando;
  • Mudanças na maneira de andar — cão “rebolando”;
  • Sentar-se com as patas mais abertas;
  • Dor na palpação da região;
  • Quedas abruptas,
  • Dificuldade de locomoção — em casos mais avançados, o pet pode inclusive parar de andar, embora consiga mexer as pernas.

Em grande parte por causa da dor, a displasia também pode estar associada a outros sintomas inespecíficos. É o caso, por exemplo, de falta de apetite, prostração, entre outros. Portanto, ao perceber qualquer mudança nos hábitos e no comportamento de seu amigo, leve-o imediatamente ao veterinário. 

Diagnóstico e tratamento da displasia

O diagnóstico é feito pelo veterinário por meio de avaliação física, com confirmação por exame radiográfico. É com o RX que se verificam as alterações do acetábulo, colo e cabeça femorais. “Além disso, o radiologista também consegue avaliar o grau de displasia e de lesão da articulação, como artrose secundária”, esclarece o Dr. Felipi. 

A displasia não tem cura e o tratamento vai depender do estágio da doença e da idade do pet. Seu objetivo consiste em retardar ao máximo o avanço da doença. Para isso, costuma ser necessário promover algumas mudanças no dia a dia do cachorro. Entre as recomendações mais frequentes estão: 

  • Alteração dos hábitos alimentares, para perda de peso;
  • Uso de pisos antiderrapantes;
  • Exercícios diários, controlados e supervisionados — como fisioterapia;
  • Suplementação com condroprotetores,
  • Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos.

“Cabe ao médico-veterinário ortopedista avaliar cada caso e instituir o melhor protocolo de tratamento para cada paciente. O objetivo é retardar a evolução da doença, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida do pet”, diz o Dr. Felipi. 

Segundo o especialista, diversas terapias têm contribuído para promover o bem-estar dos cães com tratamento para displasia coxofemoral em cães. Por exemplo, acupuntura, fisioterapia, ozonioterapia, entre outras. 

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