Gatos e crianças: dicas e cuidados para dar certo
Publicado em 05 de dezembro de 2018Tempo de leitura: 5min
Já houve um tempo em que, para muita gente, os gatos eram considerados pets de pessoas solitárias. Ainda que isso sempre tenha sido um mito, fato é que, hoje em dia, tal crença é ainda mais equivocada e ultrapassada! Hoje, gatos e crianças, gatos e adultos e gatos e até mesmo outros pets são combinações perfeitas!
Para se ter uma ideia, de acordo o IBGE, o número de pessoas com gato no Brasil cresce duas vezes mais que o de pessoas com cachorros. Tanto é que a projeção é que, em até 10 anos, os gatos sejam maioria entre os lares com animais de estimação.
Isso prova que, além de se adaptarem ao estilo de vida moderno, os bichanos também se adequam a diferentes tipos de núcleo familiar, o que nos leva a mais um mito acerca dos felinos: o de que eles fazem mal e transmitem doenças para crianças. Descubra o que é ou não verdade na relação entre gatos e crianças.
Benefícios de ter um gato e crianças no mesmo ambiente
Antes de falar sobre os pontos controversos, nada mais justo que destacar as vantagens dessa relação tão especial, não é mesmo?
De acordo com a Dra. Allice Vigris, médica-veterinária da Petz, cada vez mais estudos vêm demonstrando os efeitos positivos do convívio com animais de estimação para a saúde, bem-estar e desenvolvimento das crianças.
Especificamente no caso dos gatos, ela destaca que, mesmo sendo independentes e tendo um baixo custo de manutenção em relação aos cachorros, esses pets são capazes de preencher muito bem a casa com carinho, cumplicidade e companheirismo. Algo nada mal para incorporar ao dia a dia das crianças!
Não bastasse isso, a veterinária diz que conviver com um gatinho de estimação pode, ainda, ensinar para as crianças coisas realmente valiosas. “Muitas crianças têm relacionamentos fantásticos com seus gatos e aprendem sobre respeito e gentileza justamente pela introdução desde pequenos com os pets”, afirma.
Gatos e crianças: o papel dos pais
Nem a criança, nem o gato. Os pais são os principais responsáveis por fazer com que a relação entre o gato e bebê seja saudável, o que começa com um bom planejamento.
Segundo a Dra. Allice, na hora de escolher o gato, é importante levar em conta a personalidade dele. Nesse sentido, ela explica que as experiências precoces na vida do filhote são os principais determinantes. “Todavia, podemos levar em consideração raças que permitem maior manuseio e que são mais tolerantes ao contato constante”, diz. Como exemplo, ela cita as raças Ragdoll, Abissínio, Birmanês, Maine Coon, Persa e Siamês, como tem tendo essas características.
Ainda em relação às raças, a veterinária explica que é importante considerar também a idade da criança. Isso porque, enquanto gatos pacatos e submissos são bons para crianças mais velhas, gatos mais enérgicos podem ser melhores para acompanhar o ritmo agitado das mais novas.
Seja como for, é fundamental que os pais ensinem às crianças as formas adequadas de interagir, de se aproximar, de segurar e de manusear o gato de modo geral, sempre respeitando o pet. “Deve-se ensinar a criança como ler os sinais quando um gato já teve contato suficiente e a sempre respeitar sua necessidade de tempo sozinho”, alerta a veterinária. Assim você reduzirá bastante o risco de acidentes, como arranhões.
Por fim, tenha em mente que, por mais que as crianças possam ajudar, é responsabilidade dos pais estabelecer as regras, como determinar onde o gato pode ou não entrar, assim como cuidar do bem-estar do pet, garantindo que ele tenha sempre acesso à água, à comida, que sua caixa sanitária esteja limpa, etc.
Problemas respiratórios: gato faz mal para bebê?
Até mais do que o medo de arranhões, muitos pais temem adquirir um gato por medo de que ele possa trazer problemas respiratórios à criança. Mas, segundo a Dra. Allice Vigris, as suspeitas se gato faz mal para bebê ainda são bastante contraditórias.
Se de um lado algumas pessoas, de fato, podem apresentar reação alérgica a proteínas liberadas na saliva e pelas glândulas sebáceas do gato, alguns estudos demonstram que expor à criança a esses alérgenos desde muito cedo minimizaria o risco de ela desenvolver a sintomatologia da alergia.
“Não existe um consenso, pois os resultados podem ser peculiares e correlacionados a alérgenos pontuais e em indivíduos específicos”, diz a veterinária. Como recomendação, ela diz que o ideal é sempre procurar um médico para fazer a avaliação, a fim de que ele possa orientar os pais de forma individual.
Caso o médico autorize o convívio da criança com o gato, algumas medidas podem contribuir para minimizar a gravidade da alergia. Confira!
- Evite o contato do gato com o quarto da criança, principalmente com a cama;
- Se possível, dê preferência a pisos laminados ou de azulejos, que evitam o acúmulo de pelos;
- Em especial quando são muito utilizados pelos bichanos, prefira almofadas e outros utensílios feitos de material lavável;
- Aspire a casa com frequência, optando pelo uso de equipamentos com filtro HEPA;
- Mantenha a casa sempre ventilada.
Vale ressaltar que não só no caso dos gatos, mas de todos os animais de estimação, é importante garantir que eles tomem todas as vacinas e passem por check-ups regulares no veterinário ao menos uma vez por ano. Ao fazer isso, além de garantir a saúde e o bem-estar do seu companheiro, você assegura também que ele fique livre de doenças que possam ser transmitidas para você e sua família, como toxoplasmose, esporotricose, entre outras.
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