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Miíase: saiba como prevenir essa infestação nos pets

Publicado em 07 de junho de 2024

Tempo de leitura: 5min

Popularmente conhecida como bicheira, a miíase é um dos problemas mais comuns em cães e gatos, mas também afeta os seres humanos. Ela pode afetar diversas partes do corpo, resultando em muita coceira e dor no local afetado.

Cachorro deitado no chão.

É muito importante o tutor saber reconhecer os sintomas, os fatores de risco e as medidas preventivas para evitar essa infestação tão desagradável e potencialmente perigosa. Para aprender tudo sobre a miíase em cães e em outros animais de estimação, continue a leitura!

O que é e o que causa a miíase em cães e gatos?

O que é miíase? Bastante dolorosa para os pets, essa doença é causada pela presença de larvas de moscas em órgãos e/ou tecidos vivos do gato ou cachorro (ou pessoa!). Esses parasitas passam a se nutrir do hospedeiro.

A contaminação ocorre quando determinadas espécies de mosca, principalmente a varejeira (Cochliomyia hominivorax), pousam no hospedeiro e depositam ovos nele. Para a miíase acontecer, é preciso que o pet tenha uma ferida aberta, pois é o odor exalado pelas secreções que atrai os insetos.

Por isso, cães e gatos que têm lesões na pele estão sujeitos a ter a infestação. Essas feridas abertas podem ser decorrentes de machucados, coceira, mordidas, cortes, fístulas, dermatite úmida aguda, tumores de pele abertos ou necrosados e infecções graves do ouvido.

Infelizmente, também existem muitos casos de animais e pessoas com miíase na boca devido ao acúmulo excessivo do tártaro (cálculo dentário). Portanto, a higiene é um fator relevante no caso dessa enfermidade.

Sintomas da miíase

Um dos sintomas mais conhecidos é a presença de lesões na pele causadas pelas larvas. Elas são acompanhadas de um odor forte e muito fétido. É possível ver o animal com um grande incômodo: ele lambe e morde insistentemente a ferida com miíase.

Também é possível notar outros sinais da miíase em animais. Eles podem variar conforme a localização da bicheira e o grau de infestação. São eles:

  • lesões graves na pele, com secreção sanguinolenta abundante;
  • inchaço firme embaixo da pele;
  • perda de apetite;
  • perda de peso;
  • dor;
  • claudicação (cão mancando), quando a miíase afeta as patas;
  • cegueira (quando a miíase afeta os olhos).

Esses sintomas da miíase aparecem depois que a infecção já está mais avançada, mas uma pessoa mais observadora pode notar os ovos ao redor da ferida, ainda nos pelos do animal. Trata-se de uma substância esbranquiçada com inúmeras “bolinhas”. Se perceber a presença dela, retire-a imediatamente com o auxílio de uma pinça.

Ao suspeitar que seu pet está com miíase, procure um veterinário o quanto antes. Se não tratada, ela irá evoluir, podendo causar abscessos, necrose, hemorragia, toxemia e até mesmo levar o animal a óbito.

Cachorro golden sendo examinado pela veterinária.

Diagnóstico e tratamento da miíase

Durante a consulta, o veterinário saberá diagnosticar a miíase por meio do exame clínico. Ele observará a presença de um ou mais aumentos de volume subcutâneo firme e fistulado, as feridas abertas com odor característico e as larvas.

Feito o diagnóstico da miíase, não tem jeito. O veterinário terá que remover todos os focos com uma pinça. O animal precisa estar sedado, visto que o procedimento costuma ser muito doloroso. Por isso, nunca tente fazê-lo em casa!

Em seguida, o médico-veterinário fará a limpeza das feridas e irá receitar antibióticos, produtos larvicidas e repelentes, anti-inflamatórios e analgésicos para o animal. Quando o pet já estiver em casa, é muito importante que o tutor higienize constantemente os machucados para evitar que novas larvas sejam depositadas neles!

Remédio caseiro para bicheira funciona?

Se o tutor procurar remédios caseiros para curar bicheira na internet, irá encontrar muitas fórmulas milagrosas. No entanto, não há estudos que comprovem a eficácia de nenhuma delas.

Portanto, não tente tratar seu pet com essas receitas. Isso só irá retardar a correta terapêutica e aumentar o sofrimento do animal. Além disso, o tratamento inadequado não dá conta de prevenir contra novas ocorrências, ou seja, o bichinho continua desprotegido.

Prevenção da miíase

Já que os agentes de contaminação da miíase são as moscas, a melhor forma de prevenir a doença é mantê-las o mais longe possível do seu amigo. Isso implica manter a higiene tanto do pet quanto do ambiente em que ele vive sempre impecável. Confira abaixo algumas dicas:

  • faça a limpeza regular do ambiente em que o pet fica, recolhendo o lixo e as fezes com frequência;
  • utilize coleiras e spray antimoscas para evitar que elas pousem no pelo do cachorro ou do gato;
  • principalmente no caso dos pets que ficam fora de casa, fique atento ao surgimento de feridas. É importante tratá-las e cobri-las para que nenhuma mosca pouse na lesão;
  • caso seu pet tenha algum problema de mobilidade, redobre os cuidados, pois a menor frequência de movimentos facilita a aproximação das moscas.

Caso seu peludo seja alérgico, sempre verifique se ele não se feriu ao se coçar. Confira também as orelhas e o espaço entre os dedinhos. No caso de pets idosos e que não realizam o tratamento periodontal, vale a pena conferir possíveis infecções na boca.

Cachorro pug deitado no carpete.

Se você achar que seu filho de quatro patas está com miíase, traga-o para uma consulta com os médicos-veterinários das lojas da Petz. Aqui, seu pet é tratado como realmente merece!

Petz

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