Cães com problemas alimentares
Publicado em 25 de agosto de 2016Tempo de leitura: 5min
Um dos pilares mais importantes na criação de animais é, sem sombra de dúvida, a alimentação. Uma alimentação adequada permite que o animal se desenvolva normalmente e/ou exerça suas atividades de maneira saudável e, por outro lado, obviamente, uma alimentação inadequada leva ao desequilíbrio tanto físico, quanto psíquico emocional.
Animais com debilidade ou excesso nutricional têm grandes chances de não apresentar um comportamento normal. Por exemplo, um filhote com alimentação insuficiente, provavelmente não se desenvolverá por completo, podendo refletir até mesmo em problemas comportamentais, como agressividade.
Por outro lado, um animal com a alimentação acima do necessário ganha pode ganhar peso (e algumas raças têm propensão a isso) e pode vir a ter problemas fisiológicos, como diabetes e coronários.
As raças de porte médio e grande, como labradores, golden retrievers e pastores alemães, têm mais propensão genética a apresentarem problemas ortopédicos em função do sobrepeso.
Alimentação excessiva
Primeiro é preciso distinguir o que é fome e o que é apetite. A fome esta relacionada a uma necessidade nutricional, ou seja, é saudável que se tenha fome. E o apetite? Bom, ai é que está: os cães saudáveis sempre querem mais, são verdadeiros “sacos sem fundos”.
Se o tutores forem atender aos desejos insaciáveis dos cães, estes podem ficar obesos. Então, coloquem limites. As rações industrializadas apresentam em suas embalagens a recomendação de ingestão diária, mas grande parte das pessoas fica com receio de colocar a quantidade certa, por julgarem pouca comida.
Contudo, uma boa empresa produtora de alimentos para cães baseia-se em estudos, e o que se disponibiliza na ração é exatamente o que o animal necessita. Mas vale lembrar aqui que se o animal tiver o peso ou a idade referida na embalagem para qual a quantidade é indicada, no entanto se o cão for um esportista, a quantidade de nutrientes deve ser outra. Algumas rações têm considerado essa informação em suas embalagens.
Hoje em dia as formulações estão ficando tão sofisticadas, que é possível encontrar rações específicas para raças. Por isso, não tenham medo de alimentar seu cão com o nível nutricional adequado e apontado no pacote, e esteja atento: se a ração sobrar, significa que pode haver um excesso de alimento sendo disponibilizado.
Agora, se o cão come tudo rapidamente, controle-se e não deixe uma montanha de alimento à disposição dele e sim adeque aos poucos para que ele não fique sobrealimentado. Estabeleça horários e uma rotina alimentar. Se o cãozinho sempre zera o prato e de repente você percebe que ele não tem se alimentado bem, fique de olho, pode estar acontecendo algum problema.
Muitas vezes, o animal perde o interesse no alimento porque ele está o tempo todo disponível. O ideal é oferecer o alimento, mas caso tenha passado uns minutos e o animal não comeu, retire a comida. Isso vai dar segurança ao tutor, pois, se você disponibilizar o alimento regularmente, estabelecendo uma rotina, a tendência é que o bichinho aproveite os momentos certos para se alimentar.
Algumas pessoas caem na tentação de colocar algum atrativo junto à ração, para que o cão coma: patês, carne moída e comida natural por exemplo. Essa atitude pode causar um grande problema para o dono, já que o animal poderá só querer se alimentar quando houver alguns desses aditivos.
Natural para os pets
Quanto à alimentação natural devemos também fazer algumas observações a respeito: estudos dizem que a alimentação natural pode causar prazer, o que se reflete na produção de endorfina, hormônio relacionado a este sentimento, que fortalece o sistema imunológico. Como mencionado, as rações industrializadas são formuladas levando em consideração às necessidades nutricionais.
Muitas pessoas tendem a não gostar da ração, pelo fato de ser seca e do animal comer sempre a mesma coisa. Se a alimentação natural for a vontade do proprietário, é preciso ter em mente que se a nossa própria alimentação varia em função das nossas necessidades nutricionais, isso também deve ser observado quando a intenção é oferecer alimento natural para os cães.
Nesses casos, é preciso variar o cardápio e, se for necessário, fazer uma suplementação vitamínica e mineral (que se faz por meio de “mixers” – formulados que são colocamos no alimento, para suprir alguma deficiência nutricional principalmente de vitaminas e minerais). Consulte sempre um profissional (nutricionista de animais, veterinário ou zootecnista), para indicar tal suplementação para o animal.
Por Andrei Kimura, adestrador da Cão Cidadão.
Criada por Alexandre Rossi, a Cão Cidadão atua há mais de 15 anos com adestramento e comportamento animal. Oferece adestramento em domicílio, consultas comportamentais, além de uma agenda mensal de cursos e palestras. Tudo isso com muito amor e respeito. Para saber mais sobre a Cão Cidadão, entre em contato com a Central de Atendimento, pelos telefones (11) 3571-8138 (São Paulo) ou 4003-1410 (demais localidades). Acesse o nosso site: www.caocidadao.com.br.
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