Agressividade: é possível reverter?
Publicado em 23 de junho de 2015Tempo de leitura: 4min
A agressividade em cães é um traço indesejado pelos tutores e pelas pessoas que convivem com esses animais, pois atrapalha o convívio e muitas coisas corriqueiras, como banhos, limpeza de orelhas e patas, colocação de coleira e o contato com pessoas e outros animais. Porém, é preciso entender que todos os cães podem apresentar algum grau de agressividade, que pode surgir por diversos fatores, como:
- medo e defesa
- possessividade
- dominância entre cães
Algumas demonstrações de agressividade, que muitas vezes são ignoradas ou minimizadas pelos tutores, devem ser tratadas imediatamente, para que o problema não se agrave. São elas:
- Rosnados por posse de algum objeto ou alimento: muitas pessoas encaram esse comportamento como natural, uma vez que entendem que o cão pode guardar um objeto que foi dado a ele.
- Rosnados ou latidos quando estranhos ou pessoas próximas ao tutor se aproximam: é encarado como comportamento de “guarda”, porém, o cão pode demonstrar essa mesma conduta com pessoas conhecidas, por não saber discernir quando “guardar” o tutor.
- Agressividade quando abordado por pessoas desconhecidas: para muitos, é um comportamento natural e desejável que o cão não seja “desinibido” com pessoas estranhas, porém, o animal pode agir de forma inesperada.
Um cão agressivo, que já tenha causado muitos danos e machucado seriamente pessoas ou animais, é certamente mais difícil de se reabilitar do que um cão que ainda “blefa” nesse comportamento. Portanto, é preciso intervir o mais rápido possível, quando surgir qualquer sinal de agressividade, com treinos baseados em reforço positivo, que envolvam todas as pessoas com as quais o cão convive.
Dessa forma, as pessoas aprenderão a lidar e a tratar o problema da forma correta, não permitindo que os maus comportamentos dos animais sejam praticados e reforçados. Geralmente, nesses casos, é possível solucionar os problemas de forma praticamente integral.
Cães agressivos devem ser treinados e tratados para que não demonstrem mais os comportamentos, porém, alguns fatores devem ser levados em consideração para o sucesso do treino, como:
- há quanto tempo o problema existe
- com que frequência os tutores poderão treinar o pet
- se existem problemas de saúde no cão
- como é o ambiente e as pessoas com as quais o animal convive
Dependendo dos comportamentos e de como é o cão, talvez ele nunca volte a ser um animal totalmente dócil ou confiável, em todas as situações. Alguns cães podem melhorar muito com o treinamento com reforço positivo, a ponto de ganharem novamente o convívio supervisionado com pessoas e outros animais, porém, eles devem ser manejados de forma específica, para evitar problemas quando não houver supervisão. Isso é bastante comum em casos de agressividade entre cães, que precisarão ter espaços separados para quando ficarem sozinhos sem os tutores.
De qualquer forma, em casos de agressividade é sempre indicado o acompanhamento de um profissional qualificado, que possa interpretar os comportamentos do pet e orientar a família, para que possam lidar da melhor forma possível, dando segurança e qualidade de vida para todos.
Por Juliana Yuri, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão
Criada por Alexandre Rossi, a Cão Cidadão atua há 15 anos com adestramento e comportamento animal. Oferece adestramento em domicílio, consultas comportamentais, além de uma agenda mensal de cursos e palestras. Tudo isso com muito amor e respeito. Para saber mais sobre a Cão Cidadão, entre em contato com a Central de Atendimento, pelo telefone (11) 3571-8138, ou acesse www.caocidadao.com.br.
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