Os quelônios — tartarugas, cágados e jabutis —, assim como outros répteis, são animais de sangue frio. Isso significa que, ao contrário dos mamíferos, eles regulam sua temperatura interna a partir da temperatura externa.
Tal regulação tem influência direta no metabolismo desses pets: quanto menor é a temperatura, mais lento fica seu metabolismo. Ou seja, mais dificuldade eles têm para realizar suas funções. Mas e quanto à sensação térmica, será que tartaruga sente frio?
Uma confusão muito frequente a respeito dos animais ectotérmicos é achar que, por regularem sua temperatura interna a partir do ambiente, eles vivem bem sob todas as condições.
Na verdade, ainda que muitos deles sejam resistentes a amplas variações térmicas, como é o caso das tartarugas, répteis dependem, sim, de uma temperatura adequada para o bom funcionamento de seu organismo.
Essa temperatura está de acordo com o habitat do animal. Para alguns pesquisadores, tanto é verdade que as tartarugas sentem frio, que este teria sido um dos motivos para o surgimento da carapaça.
De acordo com o paleontólogo Michael Lee, da Universidade de Sidney, na Austrália, a carapaça teria surgido como uma adaptação para fazer com que o corpo da tartaruga no frio se mantenha aquecido, compensando o metabolismo lento. Outra função da carapaça é servir de proteção contra predadores, especialmente durante a digestão.
O fato é que a tartaruga sente frio e, para fugir dessa sensação, procura por locais quentes para se aquecer. Além do desconforto, as temperaturas baixas também podem causar queda na imunidade e levar a quadros de resfriados e pneumonia. Por isso, os cuidados com tartaruga são importantes em dias frios.
Acima, pontuamos a importância de uma faixa de temperatura adequada ao bom funcionamento do organismo da tartaruga, mas o que exatamente isso quer dizer?
Nas tartarugas, a questão da temperatura está diretamente relacionada à taxa metabólica. Quando exposta a temperaturas ideais para a espécie, o metabolismo funciona no ritmo esperado: nem muito rápido nem muito lento. Isso permite ao organismo da tartaruga realizar todas as funções necessárias normalmente.
Falando dos jabutis, eles são quelônios típicos da América do Sul, especialmente de regiões mais quentes, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. As temperaturas recomendadas para seu bem-estar variam de 26°C a 30°C durante o dia e de 22°C a 26°C durante a noite.
Quando os termômetros marcam abaixo disso, o organismo dos jabutis fica mais lento. Nesse sentido, uma das funções mais prejudicadas é a digestão, que se torna bem mais demorada. A tartaruga sente frio e fica prostrada e sujeita a diversos outros problemas de crescimento, imunidade, etc.
Independentemente da espécie de tartaruga que você tem ou deseja ter em casa, o segredo de como cuidar de tartaruga é mantê-la em um terrário. Somente nele é possível controlar as condições ideais não só de temperatura, como também de luminosidade e de umidade recomendadas para cada espécie, seja ela terrestre ou semiaquática.
A luminosidade com emissão de raios UVA e UVB é importante para a produção de vitamina D, que permite a absorção do cálcio e ajuda a manter a tartaruga saudável. Isso evita deformações e doenças do casco. Já a umidade influi na troca de pele e também na respiração das tartarugas. Por isso, tenha sempre um higrômetro no terrário!
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