O Dia Mundial da Luta Contra a Raiva é uma data a ser lembrada, mas não comemorada. Afinal, a raiva é uma zoonose quase 100% fatal, cujos principais transmissores para o homem são os cães.
O Dia Mundial da Luta Contra a Raiva foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estabelecido pela Aliança Global para o controle da raiva. É um dia que relembra a importância da prevenção da doença.
O Dia Mundial da Luta Contra a Raiva ocorre no dia 28 de setembro. Essa data foi escolhida por ser o dia de falecimento de Louis Pasteur, famoso cientista francês do século XIX que descobriu a existência dos micro-organismos.
Com essa descoberta, ele concluiu que era possível realizar a prevenção das doenças causadas por esses seres com diversos processos, como a pasteurização, que recebe esse nome em homenagem ao cientista.
Mas o que isso tem a ver com a raiva? Foi Louis Pasteur quem desenvolveu a primeira vacina contra a doença, em 1885. Ele a testava em animais quando uma mãe pediu que ele a aplicasse em seu filho de nove anos mordido por um cão raivoso. A criança foi a primeira a ser salva da doença!
Mais do que merecido, o Dia Mundial da Luta Contra a Raiva homenageia essa grande pessoa que nos deixou tantos legados. Contudo, é importante ressaltar que a doença continua sendo potencialmente fatal se a pessoa mordida não receber o tratamento preventivo a tempo.
Como a raiva é uma doença com mortalidade de quase 100%, o objetivo do seu dia é conscientizar as pessoas de todo o mundo sobre os problemas causados pela enfermidade e promover a luta contra a raiva.
Uma vez que o animal é acometido pelos sintomas da doença, não existe tratamento e, invariavelmente, o pet acaba indo ao óbito. Por isso a campanha de vacinação contra raiva é tão importante.
Dessa forma, a prevenção da raiva em animais também é uma forma de prevenção dela nos seres humanos, por diminuir as chances de transmissão por mordidas e agressões dos animais.
A raiva em animais existe em quase todo o mundo. Somente Japão, Austrália, Islândia, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido, ilhas do Pacífico e algumas partes da Escandinávia não registraram casos da raiva em seus territórios.
Embora tenha distribuição quase que no mundo todo, alguns países são considerados livres da raiva. Isso se dá graças a programas de controle da doença muito bem-sucedidos e à rígida quarentena de animais ingressantes.
Na Ásia e na África estão alocados os maiores custos com os tratamentos profiláticos da raiva. Segundo dados da OMS, cerca de 560 milhões de dólares são usados para esse fim nesses continentes.
A raiva é uma doença infecciosa aguda, contagiosa, grave e causada por um vírus que tem tropismo pelo sistema nervoso central, afetando esse sistema por causar a sua inflamação, conhecida como encefalite. Todos os mamíferos sem exceção são suscetíveis ao vírus da raiva. Os maiores transmissores da doença para os animais domésticos são os animais silvestres e o morcego hematófago.
Nas áreas urbanas, o cachorro é o maior transmissor para o homem. Nas áreas urbanas, tem aumentado o número de casos de pessoas que sofrem ataques de morcegos hematófagos enquanto dormem, principalmente crianças.
Em todo o mundo, somente cinco pessoas conseguiram ser tratadas com sucesso contra a doença, sobrevivendo ao vírus, mas não sem sequelas no sistema nervoso. Dois desses casos ocorreram no Brasil.
Nos cães e gatos, a doença tem sua forma agressiva ou furiosa, referência aos sintomas de agressividade desses animais. Primeiro, o pet apresenta mudanças em seu comportamento, como esconder-se em locais escuros.
Ele pode ficar isolado e quieto ou começar a ficar agressivo. Ele também pode roer e ingerir materiais estranhos. Depois, por dificuldade em deglutir, começa a salivar intensamente e a espumar pela boca. Em seguida, os sintomas da raiva em animais continuam a piorar.
Ocorre, então, a incoordenação motora, que evolui para a paralisia das patas traseiras, inicialmente. No caso dos cães, seu latido fica rouco por causa da paralisia das cordas vocais, sinal característico da raiva canina. Pouco tempo depois, eles vão a óbito.
Se isso acontecer, lave bem a ferida com água e sabão e procure atendimento médico imediatamente. No caso do ataque ter sido feito por um animal silvestre, o protocolo pós-exposição será realizado independentemente da ferida.
Já se a pessoa foi atacada por um cão ou gato, o médico irá avaliar se a localização e a profundidade das lesões são indicativas de se fazer esse protocolo ou não. Em caso afirmativo, o tratamento começa imediatamente.
Se for possível, mantenha o animal agressor sob observação por dez dias. Apesar do período de incubação ser variado, uma vez que os sintomas agressivos se iniciam por causa do vírus da raiva, esse animal vai morrer em cerca de cinco dias, confirmando ser preciso o protocolo de pós-exposição.
O Dia Mundial da Luta Contra a Raiva nos lembra da importância da vacinação antirrábica anual nos cães e gatos. Não os deixe expostos ao vírus! Proteja a sua família. Agende já o reforço anual da vacina contra raiva nas lojas da Petz!
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