Assuntos envolvendo a estética dos pets sempre geram discussões acaloradas. No caso da lágrima ácida ou Epífora, enquanto alguns tutores não resistem a qualquer produto que prometa acabar com ela, outros acreditam que se trata de um problema exclusivamente estético e que, por isso, não precisa de atenção.
Pois saiba que a verdade não está em nenhum dos dois extremos. Isso porque, mais do que uma questão visual, a lágrima ácida costuma ser sintoma de que algo está errado. Sendo assim, nada de ignorar o problema ou de buscar paliativos! Em vez disso, o ideal é procurar um veterinário. Vamos saber mais sobre o tema?
O resultado da lágrima ácida muitos tutores já conhecem: manchas escuras ao redor dos olhos e odor não muito agradável.
De acordo com a Dra. Keane Tavares, médica-veterinária da Petz, essas manchas se formam devido à ação de bactérias presentes na pele e também de substâncias presentes na própria lágrima. Mas por que alguns pets desenvolvem o problema e outros não?
Segundo a veterinária, a explicação está na produção excessiva e no acúmulo da lágrima, sendo que, na maior parte dos casos, tais fatos costumam estar associados a alguma patologia. Abaixo, ela lista as principais alterações que levam à epífora:
“Nesses casos, temos o acúmulo de lágrima nos olhos e, consequentemente, o extravasamento contínuo da mesma pelas pálpebras, resultando na pigmentação do pelo e a irritação da pele próxima aos olhos”, conclui a veterinária.
Você já deve ter reparado que a lágrima ácida é mais comum em certas raças, como shih-tzu, lhasa apso, pequinês ou gato persa. “Raças braquicefálicas têm maior predisposição ao problema pois, anatomicamente, possuem canais nasolacrimais mais tortuosos”, diz a Dra. Keane. “No caso delas, qualquer processo irritativo ou mesmo traumático na região dos olhos favorece a inflamação dos ductos”. Isso, por sua vez, dificulta a drenagem eficiente das lágrimas.
Por uma maior suscetibilidade a processos alérgicos, outras raças de pele clara e sensível, como poodle e maltês, também são mais predispostas ao quadro.
Falar em acidez normalmente nos faz pensar em algo prejudicial e corrosivo. Por isso, é compreensível que muitos tutores se questionem se a lágrima é realmente ácida e pode ferir o pet.
Quanto à acidez, a Dra. Keane diz que, de acordo com alguns estudos, a lágrima canina tende a sofrer variações de pH de acordo com a raça ou tipo de alimentação. “Porém, na maior parte dos casos, esse pH se mantém mais próximo ao alcalino, o que nos impede afirmar que a lágrima seja ácida a ponto de levar à corrosão da pele. Quando isso ocorre, o ideal é buscar um tratamento para lágrima ácida”, explica.
Como dito anteriormente, não basta buscar soluções apenas para as manchas. E isso não só porque elas voltarão caso suas causas não sejam solucionadas, mas principalmente por uma questão de saúde.
Por isso, ao perceber a lágrima ácida no cachorro ou no gato, recomenda-se procurar um veterinário especialista em Oftalmologia. “O tratamento irá depender da causa de base para o aparecimento da mancha, o que será analisado durante a consulta através da realização de um exame clínico e de testes específicos”, diz a Dra. Keane.
Dependendo da causa do problema, pode ser necessária a desobstrução dos ductos, correções cirúrgicas de alterações palpebrais, fazer uso de produto para limpar lágrima de cachorro ou mesmo alterar a dieta. Isso porque, de acordo com a veterinária, uma alimentação inadequada, com excesso de petiscos, alimentos com muitos conservantes, corantes, açúcar e condimentos favorece o surgimento da lágrima ácida à medida em que tem ação pró-inflamatória no organismo.
Desde que a causa primária da lágrima esteja sendo tratada, alguns produtos disponíveis atualmente também podem ser usados para fazer a remoção das manchas. No entanto, seu uso é recomendado apenas sob prescrição veterinária. “Em alguns casos, eles podem acarretar em dermatites e, no caso de medicações sistêmicas, elas podem levar a alterações hepáticas e renais”, alerta a Dra. Keane.
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