Esporotricose em gatos: saiba como proteger seu peludo desta doença perigosa
Publicado em 13 de fevereiro de 2022Tempo de leitura: 5min
A esporotricose em gatos é uma condição séria, que pode trazer diversas complicações para o bichano. Causada por um fungo, essa doença afeta pets e humanos. Portanto, precisa ser tratada com muito cuidado e atenção.
Pensando nisso, conversamos com uma especialista em medicina felina, que tirou todas as dúvidas sobre o assunto. Quer aprender sobre esporotricose em gatos? Continue lendo. Aprenda o que é, quais são as causas e como tratar a doença.
O que é esporotricose felina?
Mesmo sendo grave, a esporotricose felina ainda causa muitas dúvidas em tutores de bichanos. A Dra. Aline Soares, médica-veterinária da Petz especialista em medicina felina, explica que a esporotricose é uma doença causada por um fungo do gênero Sporothrix.
“É um tipo de micose subcutânea”, afirma. Porém, não se deixe enganar pelo termo. Diferente de outras doenças fúngicas, a esporotricose em gatos pode trazer complicações severas. Por isso, é fundamental conhecer as causas e os sintomas, seguindo as orientações de um veterinário durante todo o tratamento.
Causas da esporotricose
Como explicou a Dra. Aline, a esporotricose é causada por um fungo em gatos, que ataca a pele dos bichanos. “A transmissão ocorre por arranhadura/mordedura de um animal infectado ou contato de uma ferida aberta com superfícies contaminadas, como solo ou plantas”, detalha a especialista.
Ou seja, em muitos casos, o pet se contamina mesmo sem encontrar com outros gatos com esporotricose animal. Basta ter uma ferida e entrar em contato com um ambiente estranho.
Como os gatos são um tanto aventureiros, é natural que possuam pequenas feridas. Por isso, os profissionais ressaltam que o acesso à rua é muito prejudicial aos peludos.
Sintomas da esporotricose: entenda as diferenças
Quando o fungo em questão entra em contato com o bichano, ataca o organismo do bichinho. Dependendo da forma que esse processo ocorre, o pet pode desenvolver esporotricose cutânea, linfocutânea ou disseminada. Com isso, os sintomas também variam.
Abaixo, a Dra. Aline explicou a diferença entre cada uma delas e os sintomas.
- Cutânea: ocorre quando os fungos atacam o organismo de forma mais superficial. Os sintomas incluem o aparecimento de feridas, muitas vezes, profundas e de difícil cicatrização;
- Linfocutânea: neste estado, a doença ataca a pele de forma mais profunda. Além das feridas, podem aparecer nódulos no corpo do bichano;
- Disseminada: esta é a forma mais complexa da doença. Ocorre quando o fungo ataca todo o organismo, incluindo fígado, pulmões e ossos. Neste caso, além dos sintomas acima, o pet pode apresentar ainda apatia, vômitos, diarreia e sangramentos.
A esporotricose em gatos é uma doença grave e delicada. A forma disseminada é rara e costuma ocorrer apenas quando o pet não recebe o tratamento adequado. Por isso, é importante buscar atendimento veterinário especializado.
Diagnóstico e tratamento
Para evitar as complicações, ao notar os sintomas de esporotricose, procure um veterinário imediatamente. O especialista vai analisar as feridas e realizar exames, como biópsia e citologia. “Já o tratamento é realizado com uso prolongado de antifúngicos”, explica a Dra. Aline.
Ela ainda afirma que o uso dos remédios para esporotricose deve continuar por 30 dias após o desaparecimento dos sintomas. Devido à gravidade da doença, é importante seguir seriamente as recomendações do veterinário.
Por isso, não busque um tratamento para esporotricose caseiro ou nenhum remédio natural para doença. Trate-a apenas com um profissional!
Esporotricose felina passa para humanos?
A esporotricose é considerada uma zoonose. Dessa forma, a Dra. Aline afirma que a esporotricose felina passa para humanos. Por isso, os pets doentes devem ser tratados com muito cuidado. “Eles devem permanecer isolados e sempre manipulados mediante uso de luvas de proteção”, afirma a veterinária.
Além disso, pessoas com o sistema imune mais frágil, como idosos e crianças, devem ficar afastados do peludo durante o tratamento. Por fim, a Dra. Aline explica que, por ser grave, a esporotricose é uma doença de notificação obrigatória. Assim, ao receber um pet infectado, o veterinário deve informar imediatamente o centro de zoonoses da cidade.
Como evitar a doença?
Doenças como a esporotricose assustam pela gravidade. Por isso, evitar o problema é sempre a melhor solução. Por sorte, não é difícil manter seu pet protegido dos fungos e dos parasitas.
“Impedir que os animais domésticos tenham acesso à rua e entrem contato com outros animais de origem desconhecida é a melhor forma de prevenção”, afirma a Dra. Aline. Em nossos lares, é mais fácil ter controle e higiene para manter a segurança de nossos filhos de quatro patas!
Outro cuidado essencial é levar seu amigo regularmente a um veterinário de sua confiança. Além de ficar de olho em possíveis doenças, o profissional ainda acompanha o desenvolvimento do seu peludo.
As clínicas Seres são um projeto da Petz e contam com especialistas em diversas áreas da medicina veterinária, buscando sempre oferecer o que há de mais moderno e avançado para seu amigo. Venha nos visitar na unidade mais próxima!
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