Sem dúvidas, uma das características mais famosas dos quelônios é o fato de eles viverem por muitos e muitos anos. Para se ter uma ideia, atualmente, acredita-se que o animal terrestre mais velho do mundo seja justamente um jabuti gigante. Conhecido como Jonathan, ele vive na ilha britânica de Santa Helena e, em 2018, completou incríveis 186 anos! Mas isso não impede que esses pets desenvolvam algumas doenças de jabuti.
As espécies criadas em cativeiro, por exemplo, possuem uma expectativa de vida bem menor, podendo viver até aproximadamente 80 anos. No entanto, infelizmente, não é raro que esses quelônios venham à óbito muito antes disso devido ao manuseio inadequado que provoca inúmeros problemas de saúde. Vamos descobrir quais são essas doenças e o que fazer para evitá-las?
De acordo com a Dra. Mariana Pestelli, médica-veterinária da Petz, especializada em animais silvestres, o jabuti realmente é um bicho muito resistente. Tanto é que eles são capazes de viver por muito tempo, mesmo em condições inapropriadas. O que não quer dizer que, dessa forma, eles tenham qualidade de vida.
Entre as causas de doenças de jabuti, a Dra. Mariana destaca a falta de um terrário como uma das principais. Isso mesmo! Ao contrário do que muitos pensam, tanto o jabuti-piranga quanto o jabuti-tinga não podem ser criados no jardim. Isso porque, por serem originários de regiões muito quentes, como a Mata Amazônica, eles dependem de temperaturas altas para o correto funcionamento de seu metabolismo. Lembre-se que, como todos os répteis, os jabutis também regulam sua temperatura interna a partir da temperatura externa!
Nesse sentido, a veterinária explica que, sem um terrário, os jabutis até “resistem” por bastante tempo, mas em condições precárias, já que o metabolismo lento faz com que quase não se mexam e até que deixem de comer.
Por falar em comer, a alimentação é outro ponto fundamental para a saúde desses quelônios. Além de escolher uma ração desenvolvida especialmente para jabutis, é importante dosar as quantidades a fim de evitar a falta ou o excesso de nutrientes.
Com esses cuidados, assim como adquirindo o hábito de levar o pet a um veterinário especializado ao menos uma vez por ano, a Dra. Mariana diz que o jabuti dificilmente desenvolverá certas doenças que veremos a seguir.
Para quem ainda duvida que os cuidados no manuseio são a principal causa de problemas de saúde nesses queridos quelônios terrestres, as doenças abaixo estão aqui para provar o contrário. Descubra abaixo quais são as principais doenças de jabuti e o que fazer para preveni-las.
É quando o casco passa a apresentar deformações, com pirâmides irregulares nas placas da carapaça. A principal causa da doença é o excesso de proteínas na alimentação. Isso porque o casco é formado por uma parte óssea e outra de queratina (um tipo de proteína). Sendo assim, quando o pet ingere proteínas em excesso, as placas começam a crescer de maneira anormal, provocando as deformações que também afetam outros órgãos do pet.
Outras causas comuns para a doença são a falta de cálcio e a deficiência em vitamina D. É importante destacar que, uma vez modificado pela doença, o casco não volta ao formato original. No entanto, corrigir as causas do piramidismo é fundamental para impedir o seu avanço, garantindo mais qualidade de vida ao seu jabuti.
Olhando para os quelônios, muita gente nem imagina que eles possuem não só endoesqueleto – como nós – mas também um exoesqueleto, formado pela carapaça. Sendo assim, da mesma forma que o cálcio e a vitamina D são importantes para a nossa estrutura óssea, eles também são fundamentais para a saúde dos jabutis.
A falta desses nutrientes é responsável por doenças graves, como diminuição na densidade óssea (osteoporose), além de amolecimento e enfraquecimento dos ossos. Uma vez identificadas, o tratamento dessas doenças é feito por meio de suplementação de cálcio na alimentação e correções na exposição aos raios UVB, responsáveis pela metabolização da vitamina D. Lembrando que somente um veterinário poderá passar as instruções corretas.
Mais comum em quelônios terrestres, como os jabutis, ocorrem, respectivamente, devido à falta ou ao excesso de vitamina A na alimentação. No caso da hipovitaminose (falta de vitamina), ela pode afetar o sistema respiratório devido a mudanças nas células do epitélio, sendo que os primeiros sinais clínicos do problema é perceber o jabuti com olhos fechados e edema na pálpebra.
Já quando ocorre a hipervitaminose, a pele do jabuti se torna muito seca e tende a descamar, ocasionando lesões que aumentam o risco de infecções e de outras doenças. Além de tratar os problemas secundários, o veterinário também deverá recomendar mudanças na alimentação a fim de acertar na dose de vitamina A.
Além de afetar o metabolismo dos jabutis – o que compromete todo o organismo deles – manter o pet fora de um terrário ainda o deixa mais exposto a fraturas no casco. Causadas principalmente por quedas acidentais, ataques de outros animais, atropelamentos ou mesmo pelo derramamento de objetos em cima do pet, as fraturas sempre causam muita dor, mesmo quando atingem somente a camada superficial do casco.
Por isso mesmo, e também para verificar se a parte óssea não foi comprometida, é essencial levá-lo ao veterinário em caráter emergencial ao perceber que o casco de jabuti está machucado. Do contrário, ele poderá desenvolver infecções graves, vindo a falecer.
Acha que pode estar fazendo algo de errado na alimentação ou na manutenção do terrário do seu jabuti? Procure a unidade Petz mais próxima a você ou visite o nosso Pet Shop on-line.
Lá, você poderá tirar suas dúvidas com um de nossos especialistas, além de encontrar tudo o que você precisa para que o pet chegue aos 80 anos ao seu lado! Agora, se você deseja saber mais sobre jabutis, como a diferença entre eles, os cágados e as tartarugas, continue em nosso Blog.
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