Bastante dolorosa, a displasia em cães infelizmente é um problema muito comum entre nossos amigos de quatro patas. Na doença, a cabeça do fêmur não “se encaixa” na cavidade do osso do quadril, afetando a mobilidade e causando dor e desconforto ao animal.
Como quanto mais informações temos sobre um problema, mais tranquilo fica lidar com ele, listamos abaixo algumas respostas para as principais dúvidas sobre a displasia canina. Vamos conferir?
O termo displasia refere-se a uma parte do quadril que não se encaixa muito bem na outra. Um dos tipos mais comuns é a displasia coxofemoral, que ocorre quando a cabeça do fêmur não se encontra totalmente moldada à cavidade do osso do quadril.
Outro tipo frequente de displasia em cachorro é a do cotovelo, que pode se dar em decorrência de vários problemas, principalmente entre o osso que vem do braço (úmero) e os ossos que seguem para o antebraço (rádio e ulna).
Os nomes técnicos dos principais problemas que causam displasia em cachorro são: não união do processo ancôneo, doença do processo coronoide medial e osteocondrite dissecante do côndilo umeral.
Conforme explica o médico-veterinário da Petz, Dr. Felipi Bruno Espada, a displasia de quadril em cachorro tem forte influência genética. No entanto, fatores nutricionais, biomecânicos e do meio ambiente contribuem para piorar o problema em animais predispostos.
Nesse sentido, ele destaca o piso liso como um dos principais catalisadores do problema em animais com a herança genética da doença. Isso porque essa condição obriga o pet a fazer mais força para se equilibrar e não escorregar, forçando a articulação.
Dependendo do histórico familiar e de fatores ambientais, todos os cães — e até mesmo gatos — estão sujeitos a desenvolver a displasia. Entretanto, por se tratar de uma doença de origem predominantemente hereditária, existem algumas raças mais predispostas ao problema.
É o caso, por exemplo, de alguns cães de médio e grande porte, como Labrador, Pastor Alemão, Rottweiler, Golden Retriever, São Bernardo e Pitbull.
Lembrando que cães idosos também são mais propensos a apresentar problemas nas articulações, como artrites e artroses, mas que nem sempre estão associados à displasia.
No início, a displasia de cachorro costuma ser assintomática. Conforme a doença avança, porém, alguns dos principais sintomas observados são dificuldade para andar, dor durante a palpação da região e quedas bruscas.
“Também de acordo com a evolução do quadro, é comum notarmos que o animal apresenta uma forma diferente de andar, como se estivesse rebolando. Ao sentar, um cão com displasia geralmente fica com os membros pélvicos mais abertos”, explica o Dr. Felipi.
Em caso de suspeita de displasia, é fundamental levar o pet ao médico-veterinário. O diagnóstico é obtido por meio do exame físico e de exames radiográficos, no qual as alterações nas articulações podem ser observadas.
Nesse exame, o radiologista também poderá avaliar o grau da displasia femoral, assim como o grau de lesão da articulação (artrose secundária). A partir daí, a equipe poderá instituir o melhor protocolo de tratamento.
Não existe cura para a displasia. Isso porque, na maior parte das vezes, quando é diagnosticada, a displasia já causou lesões nas articulações. No entanto, de acordo com o estágio da doença, é possível tomar algumas medidas capazes de diminuir o desconforto.
Nesse sentido, um dos objetivos principais do tratamento com medicamento para cachorro é exatamente retardar o avanço da doença.
Para isso, é fundamental promover mudanças na alimentação, na rotina de exercícios e também no ambiente, apostando em pisos antiderrapantes. Em casos mais graves, o procedimento cirúrgico pode ser recomendado.
O Dr. Felipi destaca, também, o papel da fisioterapia e da acupuntura no tratamento da doença. “Hoje em dia, os tratamentos complementares vêm ganhando muito espaço e são formas não invasivas que possibilitam uma ótima qualidade de vida aos cachorros”, diz.
Esperamos ter ajudado a tirar suas dúvidas sobre a displasia em cães. Agora que você já sabe mais sobre causas, sintomas e consequências da doença, não deixe de levar seu amigo para um check-up no veterinário.
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