Diante da pandemia da Covid-19, que tirou as pessoas do convívio social, muita gente tem evitado passear com seus bichinhos nas ruas. Por ser um vírus novo, que se espalhou de maneira avassaladora, muitos tutores — naturalmente apreensivos — têm receio do contágio do coronavírus em cães e gatos.
Para entender melhor o assunto, confira mais informações sobre o contágio da família de coronavírus em animais de estimação e como agir durante a pandemia da Covid-19. Acompanhe!
Até o momento, pesquisas não indicam que a Covid-19 possa ser transmitida entre bichos e humanos. “Aparentemente, trata-se de um vírus que afeta apenas humanos, mas pouco se sabe ainda sobre ele”, esclarece a médica-veterinária da Petz, Valéria Correa.
De todo modo, é importante ressaltar a presença do coronavírus na veterinária. Por isso, os cães, por exemplo, já são vacinados contra a doença, mas é importante salientar que a família do coronavírus que os acomete é diferente da Covid-19.
“No caso do coronavírus em cachorro, os sintomas são gastrointestinais (diarreia e vômito), não problemas respiratórios, como acontece com os humanos”, esclarece o médico-veterinário comportamentalista, Dalton Ishikawa.
Já em gatos, não existe vacina contra a coronavirose. Por isso, infelizmente, existe a infecção por coronavírus que é provocada pelo coronavírus felino (FCoV), causando a Peritonite Infecciosa Felina, a PIF.
Os gatos infectados podem apresentar diferentes sinais clínicos, como o acúmulo de líquido no peritônio (membrana que envolve os órgãos abdominais). Febre, perda de peso, falta de apetite, sinais neurológicos e outros também podem aparecer.
Portanto, nesta época de pandemia, Ishikawa orienta expor o pet o mínimo possível, optando por horários mais calmos, nos quais tenham menos pessoas na rua. Além disso, segundo ele, somente as atividades indoor não suprem os passeios: uma complementa a outra.
Há indicações de vacinas precisam ser obrigatoriamente aplicadas nos cães, especialmente nos primeiros meses de vida. Os peludos têm a sorte de receberem a vacina múltipla, que previne as seguintes doenças: adenovirose, cinomose, doença do coronavírus canino, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parainfluenza canina e parvovirose.
Vale ressaltar que as vacinas destinadas a cães e a gatos são distintas e precisam seguir cronogramas específicos. O ideal é que o tutor defina o calendário de imunização do pet junto ao médico-veterinário!
Quanto à higienização, Dalton informa que profissionais do segmento pet têm discutido sobre a limpeza dos bichinhos. Porém, ele adianta que o álcool 70 — extremamente relevante para a nossa assepsia — é irritante aos coxins (almofadinhas das patas) dos cães.
Além disso, os lenços umedecidos — tanto para bebê quanto os já existentes nos pet shops —, apesar de retirarem o excesso de sujeira, não são cientificamente comprovados de possuírem uma ação contra vírus em cães e gatos.
Realmente, o que é ideal para lavar as patinhas é água e sabão, lembrando de secá-las bem após essa higienização. “É trabalhoso, mas é o único meio eficaz que funciona de verdade”, comenta o especialista.
O ph da pele humana varia entre 4,3 e 5,9, por exemplo, o dos cães, entre 6,3 e 7,5; portanto, é terminantemente proibido utilizar xampu para humanos nos animais. O produto – por ser muito ácido para eles – pode causar ressecamento, coceira, irritações e dermatite, que é a inflamação na pele. O mesmo pode acontecer se usar detergente; então, nem pensar.
O veterinário é taxativo ao dizer que o mais correto a se fazer é utilizar o xampu, sabão ou sabonete de uso veterinário específico para a espécie: xampu, sabão e/ou sabonete de cães para cães; xampu, sabão e/ou sabonete de gatos para gatos. Ele reforça a importância da secagem do pelo depois que lavá-lo. “Se formos um pouco desleixados em relação à secagem, às vezes o animal pode até ter uma infecção bacteriana por umidade”, esclarece.
“Na dúvida, o melhor mesmo é tentar sair o mínimo possível”, explica o veterinário. Agora, aquele banho de sol na janela, varanda ou quintal que eles adoram é sem restrição!
Dalton Ishikawa também indica realizar brincadeiras com o pet em casa, com brinquedos interativos e atividades físicas. Além do mais, os tutores devem se atentar para as reais necessidades do bicho. Ou seja, enriquecer o ambiente de estímulos que ele usaria em ambiente livre. “Se não, a casa torna-se menos convidativa”, completa.
Agora você está bem informado sobre o coronavírus em cães e gatos, e como ajudar cuidar do seu peludinho durante a pandemia. Quer ficar por dentro de mais novidades sobre o mundo pet? Acompanhe nossas publicações aqui, no blog da Petz!
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