Um dos métodos de esterilização mais comuns para as fêmeas, a ovariohisterectomia consiste na remoção de ovários e cornos uterinos. Irreversível, o procedimento contribui para evitar uma série de problemas de saúde, como: gravidez psicológica, piometra, assim como tumores uterinos ou nas mamas. Mas será que cadela castrada pode entrar no cio?
Alguns tutores ficam com a pulga atrás da orelha porque mesmo após a cirurgia alguns cachorros continuam sangrando. Por isso, continue lendo para saber se cadela castrada por entrar no cio.
Para entender por que cadelas castradas não deveriam entrar no cio, vale a pena relembrar o que é o cio. Natural e necessário para a reprodução, o cio é, na verdade, uma das etapas do ciclo estral, fenômeno no qual, pela variação dos hormônios sexuais, o corpo da fêmea se prepara para a fecundação e ocorre a liberação do óvulo.
Dentro do ciclo estral, o cio corresponde à etapa em que a cadela é receptiva ao macho para que ocorra a fecundação. Tanto o estro quanto as demais etapas do ciclo estral dependem das variações dos hormônios sexuais, com destaque para estrogênio e progesterona.
Além de remover os órgãos sexuais, a cirurgia de castração impede maiores concentrações e variações dos hormônios sexuais. É por isso que fêmeas castradas não devem apresentar estes sintomas de cio:
Se, depois da cirurgia de castração, sua cadelinha apresentar parte desse conjunto de sintomas, procure um médico-veterinário. Pode ser que o procedimento não tenha sido feito de maneira adequada.
Uma vez que você chegou até aqui, é provável que seu pet tenha passado pela cirurgia de castração e continue com alguns sintomas de cadela no cio, incluindo os sangramentos. Em geral, isso ocorre devido a um problema conhecido como a síndrome do ovário remanescente.
Como o próprio nome sugere, trata-se de um quadro em que um fragmento do tecido ovariano permanece na cavidade abdominal. Com isso, as variações hormonais características do ciclo estral continuam ocorrendo, o que deixa a cadela sangrando e provoca outros sintomas que dão a entender que o pet pode entrar no cio.
Além disso, com a síndrome do ovário remanescente também aumenta o risco do desenvolvimento de tumores e neoplasias em relação às cadelas cuja castração tenha sido bem sucedida.
Outros quadros que podem levar a sintomas semelhantes ao cio em cadela castrada são: vaginites, neoplasias e problemas na bexiga. Portanto, procure um veterinário para um diagnóstico!
Ainda que não se trate de uma regra, a síndrome do ovário remanescente é mais comum em fêmeas cuja castração tenha sido realizada após o primeiro cio de cachorro. Isso porque, uma vez que a fêmea atinge completamente a maturidade sexual, o procedimento se torna um pouco mais complexo.
Sobre isso, é importante relembrar que, em geral, para cachorros filhotes, é recomendado fazer a castração pouco antes do primeiro cio, de acordo com as orientações do veterinário.
Nesse sentido, o momento adequado depende principalmente do porte da cadela: para fêmeas de pequeno porte, o primeiro cio é esperado entre 6 e 12 meses; nas raças médias, entre 7 e 13 meses; e nas raças grandes, entre 16 e 24 meses.
Agora que sabe que cadela castrada pode entrar no cio, se a cachorra apresentou sintomas tais após a castração, o primeiro passo é levá-la ao veterinário. O diagnóstico da síndrome do ovário remanescente é feito a partir de uma série de exames, incluindo: citologia vaginal, vaginoscopia, ultrassom e provas hormonais.
Uma vez descartadas outras possibilidade e confirmada a síndrome do ovário remanescente, o tratamento mais indicado costuma ser uma nova remoção cirúrgica, a laparotomia.
Tal procedimento é feito para remover o tecido ovariano que ficou no organismo e que se torna mais visível durante estro e diestro. Por isso, é comum que as cirurgias sejam feitas nessas duas fases do ciclo estral.
Agora que sabe porque cadela castrada pode entrar no cio, confira o blog da Petz para outros assuntos sobre saúde e bem-estar animal!
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