Os sinais de um cãozinho feliz e saudável são facilmente reconhecidos pelos tutores, como disposição para brincar e para comer. Já os indícios de um cachorro doente podem ser bem mais traiçoeiros, chegando até mesmo a passar despercebidos em alguns casos.
Isso acontece porque os cães tendem a esconder quando algo não vai bem com seu organismo. Uma das hipóteses que tenta justificar esse comportamento está relacionada ao instinto de sobrevivência. Afinal, na natureza, animais adoecidos são vistos como presas fáceis para predadores. Assim, o melhor é disfarçar a condição.
O problema é que, em casa, esse instinto é prejudicial para o cachorro doente. Isso porque, muitas vezes, os tutores têm dificuldade para “captar” problemas em sua fase inicial. Com isso, deixam para procurar ajuda veterinária apenas quando tais enfermidades se encontram em estágios mais avançados.
É por esse motivo que levar o pet ao veterinário para check-ups anuais — ou mais frequentes, no caso de idosos e indivíduos com condições preexistentes — é uma das maneiras de identificar problemas rapidamente. Além disso, é fundamental ficar atento aos seguintes sintomas de cachorro doente.
Normalmente, um cachorro doente não quer comer. Dessa forma, a inapetência pode ser um indicativo para uma série de problemas de saúde comuns entre os nossos cãezinhos
A Dra. Bruna de Lacayo, médica-veterinária clínica geral da Seres Maracanã, no Rio de Janeiro, destaca as principais causas para a falta de apetite: quadros de dor, febre, alterações hepáticas, alterações renais, doença do carrapato, infecções de modo geral, entre outros quadros.
No caso de cães com grande apetite, em geral, é mais fácil identificar a indisposição para se alimentar. Já quando falamos de peludos com apetite seletivo, a falta de interesse em alimentos altamente palatáveis, como petiscos, pode ser sinal de um cachorro doente.
O desinteresse pela ração sempre deve ser investigado, especialmente se estiver acompanhado de outros sintomas (como prostração ou pelo cachorro doente vomitando). Por mais que fatores como calor e excesso de petiscos possam contribuir para a falta de apetite, é importante tirar a dúvida com um veterinário.
Como esperado, a perda de peso pode ser resultado da falta de apetite, situação que se agrava quando a inapetência é acompanhada de diarreias. Há casos, porém, em que a perda de peso pode ocorrer mesmo sem mudanças tão perceptíveis na alimentação.
Entre os problemas de saúde citados pela Dra. Bruna como estando associados à perda de peso estão: verminoses, diabetes, tumores e alterações hepáticas, renais ou cardíacas.
Assim como nós, os cães ingerem uma quantidade de água diária variada. Em dias muito quentes ou após atividades físicas, por exemplo, é esperado que queiram reforçar a hidratação. Por outro lado, em dias frios eles podem acabar ‘esquecendo’ de beber água frequentemente. Nesse caso, disponibilize mais de um bebedouro.
Dito isso, se você percebeu que seu amigo passou a beber mais ou menos água que o normal, agende uma consulta com o veterinário. Somente um profissional poderá examinar o pet e chegar a uma conclusão precisa.
De acordo com a Dra. Bruna, o aumento da ingestão hídrica pode indicar: problemas como alterações hormonais, a exemplo de diabetes e hiperadrenocorticismo, alterações renais, alterações hepáticas, infecções em geral, como piometra e infecção urinária, entre outros.
Em caso de cachorros que bebem pouca água, alguns cuidados de manejo podem estar por trás do problema. Os principais são água suja e bebedouro em local inadequado. Na dúvida, porém, não deixe de levar seu amigo para uma consulta.
Alterações na frequência, no volume e na coloração da urina também podem estar associadas a um cachorro doente. Normalmente, as principais disfunções indicadas por esses problemas são: alterações renais, endocrinopatias (como diabetes e hiperadrenocorticismo), doenças do trato urinário, entre outros problemas.
Para tutores de cães que urinam no tapete higiênico é mais fácil fazer esse controle. Nesse sentido, o uso de tapetes brancos é mais indicado por permitir acompanhar melhor o volume e, principalmente, a coloração da urina. Lembrando que alguns alimentos, como a beterraba, podem “tingir” temporariamente o xixi.
Diversos fatores podem provocar quadros pontuais de diarreia. Os principais motivos que costumam levar a esses problemas são: mudanças repentinas na alimentação, ingestão de alimentos gordurosos ou uso de certos medicamentos, como vermífugos.
No entanto, alterações nas fezes podem indicar problemas mais graves, como verminoses, giardíases, viroses (como parvovirose), cinomose, gastroenterite de origem bacteriana, intoxicação e alergias alimentares. Por isso, em caso de diarreia por mais de 48 horas, é imprescindível buscar a ajuda de um veterinário.
Tenha em mente que, além de ser sinal para outros problemas, a diarreia em si pode trazer consequências graves ao pet. Um dos principais é a desidratação com perda de micronutrientes que desencadeia um desequilíbrio eletrólito, com perda de proteínas, gorduras e carboidratos.
Por outro lado, a Dra. Bruna explica que a redução no volume ou a ausência de fezes pode estar associada a disfunções como: alterações prostáticas (prostatite, hiperplasia da próstata); dor articular, especialmente nos membros pélvicos; tumores intestinais ou anais; obstrução intestinal pela ingestão de corpo estranho; hérnia perianal, entre outros.
Frio, noites mal dormidas por qualquer motivo ou um dia repleto de atividades são fatores que contribuem para que o pet fique mais sonolento. No entanto, se você notou que seu amigo de quatro patas parece estar abatido, leve-o assim que possível a uma consulta com um veterinário.
Dor articular, dor abdominal, doenças que cursam com febre (como infecções) e alterações cardiorrespiratórias são problemas que causam cansaço. Por isso, muitas vezes, um cachorro doente não levanta ou se mostra pouco disposto a realizar certas atividades diárias.
Como regra geral, ao perceber qualquer mudança no comportamento do cachorro, é importante procurar a ajuda de um veterinário. Leve isso em consideração principalmente se a alteração permanecer por mais de um dia.
“Muitas vezes, os pets estão sentindo dor ou estão com algum desconforto. A única alteração perceptível para o tutor, porém, será a mudança no comportamento”, alerta a Dra. Bruna.
Portanto, é sempre importante observar os hábitos e características comuns na personalidade do seu pet. Assim, ninguém melhor do que o tutor para identificar quando o cachorro está mais indisposto, abatido, incomodado, etc. Em todos esses casos, é fundamental agendar uma consulta para ele quanto antes.
Há situações, porém, em que o atendimento não pode esperar o dia seguinte ou mesmo algumas horas, demandando assistência imediata. Nesse sentido, a veterinária orienta procurar um serviço de pronto atendimento se o pet apresentar:
Vale destacar que em hipótese alguma você deve medicar o pet sem orientação veterinária. “Muitas medicações são contraindicadas para cães. Além disso, cada uma tem doses específicas e pode causar intoxicação ou agravamento do quadro preexistente se administrada de maneira inadequada”, destaca a Dra. Bruna.
Esperamos que você tenha aprendido um pouco mais sobre cachorros doentes e, a partir de agora, consiga interpretar os sinais com mais facilidade. Caso tenha outras dúvidas, não deixe de explorar mais conteúdos como este aqui, no blog da Petz!
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