Se tem um animal que causa estranheza e, ao mesmo tempo, curiosidade, é a tartaruga-de-casco-mole. O próprio nome já mostra a peculiaridade dele: possui uma carapaça sem escamas, com textura mais mole e flexível que as outras.
Se você se interessa por animais excêntricos, fique conosco e descubra algumas curiosidades a respeito dessa tartaruga de água doce. Aqui, você aprende em quais regiões do planeta ela pode ser encontrada, o que come e como se reproduz. Vamos lá?
Formada por vários gêneros de tartarugas-de-carapaça-mole, esta família foi classificada pelo zoólogo austríaco Leopold Fitzinger, em 1826. Entre os membros, estão algumas das maiores tartarugas de água doce do mundo, espalhadas pela África, Ásia e América do Norte.
A família Trionychidae tem hábitos carnívoros, dando preferência para peixes, anfíbios, moluscos e crustáceos. Como dito anteriormente, os animais vivem em rios e lagos. Para isso, possuem a cabeça em formato de snorkel. Dessa maneira, conseguem ficar com os corpos submersos, mas respirando fora da água.
O fato de ser uma família com tartaruga sem carapaça possibilita aos membros maior flexibilidade em águas abertas e fundo de lagos lamacentos. Outra característica interessante é que as cores dos cascos moles aproximam-se das cores da areia e da lama das regiões onde habitam.
Enquanto aqui, no Brasil, não temos o hábito de comer esses bichinhos, no leste da Ásia, a tartaruga sem casco faz muito sucesso. Na China, por exemplo, o ensopado da tartaruga com frango é um prato bastante popular.
No passado, no ano de 1930, os restaurantes chineses importavam a carne desse animal em grande número e a serviam cozida com amêndoas, assada com molho de pimenta ou frita com bambu.
Nos Estados Unidos, a colheita da tartaruga-de-casco-mole da espécie Softshell, foi feita até 2009. Porém, novas regras foram criadas com o objeto de conter a caça predatória desse animal.
Esta é uma das espécies de tartaruga-de-casco-mole em maior risco de extinção no mundo, por isso é considerada o animal mais raro do planeta. Essa condição foi provocada, em grande parte, pelo consumo desenfreado da carne pelos chineses.
Inacreditavelmente, no mundo todo, existem apenas dois animais da espécie Yangtze. Por sorte, a possibilidade de reprodução é real, já que são um macho e uma fêmea. O macho vive em um zoológico na China, e a fêmea foi localizada em 2021, em um lago no Vietnã.
Os cientistas acreditam que ainda tenha pelo menos mais uma tartaruga Yangtze, também chamada de Rafetus Swinhoei, habitando a mesma região. Um projeto de preservação desses animais está em curso para eles não deixarem de existir.
Outra espécie em quase extinção é a Tartaruga Gigante de Casco Mole Asiática, também conhecida como Tartaruga Gigante de Casco Mole de Cantor, uma homenagem a Theodore Edward Cantor, físico, zoologista e botânico que fez a descrição da espécie pela primeira vez.
A destruição severa do habitat, o consumo e a venda ilegal no mercado clandestino também são as principais ameaças para a vida desse animal. Uma característica marcante dessa espécie é a estratégia que ela usa para caçar: fica enterrada na lama durante horas até pegar a presa, esticando o pescoço.
Outro fator que contribuiu para a quase extinção desses animais foi a devastação do habitat, mais especificamente do Rio Vermelho da China. A explicação para isso é que a reprodução desses bichinhos está intrinsecamente ligada à condição de encontrar águas limpas e praias seguras para caçar.
A implementação de energia renovável na China evoluiu o quadro de degradação ambiental, já que barragens foram construídas de forma acelerada, o que pode, inclusive, prejudicar diretamente a vida selvagem da região.
As curiosidades sobre tartaruga não param por aí! A Pelochelys cantorii, encontrada no Sudeste da Ásia, é a maior tartaruga-de-carapaça-mole do sexo feminino existente no planeta. Os machos costumam ter o diâmetro do casco bem menor.
A tartaruga Yangtze adulta pode chegar a 1 m de comprimento e pesar mais de 100 kg. O mais impressionante é que esses animais podem viver até 400 anos. De acordo com registros, eles habitam o planeta há mais de 3 mil anos.
Todo esse tempo de existência torna a quase extinção desta espécie de tartaruga ainda mais preocupante. Afinal, são muitos anos de vida que podem ser interrompidos por causa da ação irresponsável do homem.
Uma coisa é certa: manter o habitat protegido pode não só salvar as tartarugas-de-casco-mole como também a biosfera, incluindo a água e nós, seres humanos. No blog da Petz, você pode conferir maneiras de praticar uma vida sustentável, priorizando o bem-estar.
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