Para incentivar os filhos a estudarem e ir bem na escola, muitos pais recompensam as boas notas com presentes ou viagens. Mesmo sem saber, eles estão usando uma técnica chamada de reforço positivo.
No mundo animal, o reforço positivo é o método mais recomendado por adestradores quando o assunto é o comportamento canino. Vamos saber mais sobre isso?
No adestramento canino, o reforço positivo consiste em recompensar o pet por comportamentos desejados. Ao agradá-lo com um petisco, após ele ter dado a pata quando solicitado, você está praticando o reforço positivo.
Na prática, parece bastante simples e uma forma interessante para quem quer adestrar cachorros ou gatos. Porém, o conceito é um pouco mais complicado. Você sabia, por exemplo, que também existe o reforço negativo e que ele não é algo necessariamente ruim?
Ao contrário do que muitos pensam, a ideia de reforço positivo e reforço negativo não está associada a algo “bom” e “ruim”, respectivamente. O primeiro refere-se a acrescentar algo (como petiscos) para enfatizar comportamentos corretos. Já o segundo consiste em não estimular o pet quando ele não se comporta como esperado.
Sendo assim, os dois são ferramentas utilizadas por adestradores profissionais para ensinar o pet a se comportar — tanto dentro quanto fora de casa. Continue lendo e veja como você pode aplicar esses estímulos no dia a dia do seu pet.
Assim como o reforço, a punição pode ser positiva ou negativa, no sentido de acrescentar ou retirar um estímulo. Tratando-se do treinamento canino, a punição positiva nunca é recomendada, já a negativa pode ser útil em alguns casos.
Como exemplo de punição positiva, podemos pensar nas coleiras que dão choque no cachorro quando ele late. Nesse caso, o acréscimo de um estímulo aversivo — ou seja, o choque — visa inibir determinado comportamento canino. Isso também vale para outros tipos de agressão.
Agora, digamos que, quando você leva seu amigo de quatro patas para passear, ele puxa muito a coleira. Para resolver o problema, alguns especialistas recomendam ficar parado até o cachorro se acalmar.
Ao fazer isso, você retira momentaneamente um estímulo prazeroso para o pet: a caminhada. Logo, a tendência é que ele diminua a frequência de puxar a coleira.
Perceba que, no exemplo citado acima, a punição negativa não machuca e nem é prejudicial para o pet. Na verdade, ela é bem útil em situações muito comuns e diárias. Lembrando que você nunca deve privar o pet de necessidades básicas!
Usar o reforço positivo no dia a dia do cachorro é simples e serve para condicionar diversos comportamentos (desde fazer o xixi no lugar certo até realizar truques). Seja como for, é preciso dedicação e paciência para recompensar na hora certa, além de fazer repetições.
Esteja atento, portanto, aos momentos oportunos para aplicar lições. Um exemplo é quando o peludo precisa “se aliviar”. Em geral, ele vai ao banheiro após brincadeiras intensas, refeições ou ingestão de muita água. Ele também costuma ficar inquieto e a procurar locais para fazer xixi.
Ao desconfiar que seu amigo está prestes a sujar o chão, leve-o imediatamente ao tapete higiênico. Uma vez que ele tiver feito xixi ali, recompense o bichinho com um petisco ou uma guloseima.
Procure manter-se sempre em vigilância e repetindo esse “ritual” até que seu amigo comece a usar sozinho o tapete. Além de ter paciência, é fundamental ser ágil na recompensa. Isso porque, se você demorar para oferecer o petisco, o pet pode associá-lo a outro comportamento.
O behaviorismo (teoria psicológica da qual se originou o reforço positivo) deixou inúmeras contribuições para o estudo do comportamento de seres humanos e outros animais.
Ele tenta explicar porque agimos de determinado modo em certas situações. Além disso, pode ser a chave para entendermos a maneira como outras pessoas reagem a algumas atitudes, sendo muito aplicado na terapia cognitivo-comportamental.
Um exemplo clássico de aplicação do behaviorismo nos remete à infância. Se você já recebeu algum apelido maldoso na escola, é provável que seus pais tenham te recomendado não dar bola, já que, ao ignorar as provocações, elas cessariam com o tempo. Se você demonstrasse estar bravo ou chateado, o apelido seria usado com frequência.
Em outras palavras, o que seus pais estavam sugerindo é que ignorar o outro lado funcionaria como uma punição negativa. Enquanto isso, sua chateação seria um estímulo a mais para as provocações, ou seja, um reforço positivo.
Viu só como aprender sobre os pets é sinônimo de conhecer mais sobre nós mesmos? Esperamos que você tenha entendido a importância do reforço positivo na vida do seu mascote. E, se precisar de auxílio profissional conte com a Cão Cidadão.
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