Popularmente conhecida como amarelão, a icterícia em cães não é uma doença, mas um sintoma de algumas condições de saúde que podem acometer o animal. Quer saber as possíveis causas e as opções de tratamento? Confira a seguir!
É importante refletir um pouco sobre a icterícia em cães: o que você faria se acordasse um dia e percebesse sua pele toda amarela e seus olhos brilhantes como um farol? Procuraria um pronto-atendimento, certo? É isso que deve ser feito no caso dos pets, pois esse sintoma é grave.
O objetivo deste texto não é deixar você com medo, mas alertar sobre os perigos do quadro. Para começar, não faça uso por conta própria de remédio para icterícia em cães. A primeira coisa a ser feita é levar o seu amigo ao veterinário o mais rápido possível.
Essa recomendação não é à toa. O amarelamento pode ser decorrente de enfermidades graves, que podem ser fatais caso não sejam tratadas a tempo. Portanto, um atendimento rápido é essencial.
A icterícia no cachorro aparece como um amarelamento da pele, do branco dos olhos (esclera) e das mucosas da boca, dos olhos e dos genitais. Além desses sinais visíveis, ocorre o excesso de bilirrubina no sangue. Ela nada mais é do que um pigmento amarelo resultante de vários processos do organismo.
Resumindo, quando a bilirrubina está em excesso na circulação sanguínea, por uma falha na sua metabolização ou eliminação, a icterícia em cães aparece. Essa substância fica impregnada em tecidos com bastante elastina, como a pele e os demais citados acima.
Várias doenças podem levar à icterícia, entre elas, leptospirose, hepatite, cirrose hepática, doença do carrapato e outras. Todas elas afetam de alguma maneira o fígado do cachorro.
Estudiosos indicam que há três tipos de icterícia. Eles se diferenciam conforme o fator que leva ao acúmulo de bilirrubina no organismo. Conheça mais sobre esses quadros a seguir.
O fígado é muito citado quando o assunto é icterícia em cães porque muitas pessoas associam o quadro a problemas nesse órgão. No entanto, nem sempre ele é afetado.
A icterícia pré-hepática, também chamada de hemorrágica, ocorre fora do fígado. Ela surge devido ao aumento da destruição das hemácias, que contêm bastante bilirrubina. Quando elas se rompem, a substância se espalha pelo sangue.
Esse tipo está, de fato, relacionado ao fígado! No caso da hepática, que é o tipo mais comum de icterícia canina, esse órgão foi lesionado de alguma forma. Assim, ele impede ou dificulta o metabolismo da bilirrubina.
Indo um pouco mais fundo no assunto, na icterícia hepática, o fígado tem dificuldade para capturar e transformar o corante. Com isso, a substância pode ficar acumulada no sangue e impregnar a pele, as mucosas e o branco dos olhos.
A icterícia pós-hepática, também chamada de obstrutiva, também ocorre no fígado, mas não devido a alguma disfunção do órgão. Nesse caso, o problema são os ductos biliares, os pequenos “canos” que levam a bile para a vesícula biliar.
O que a bile tem a ver com a icterícia? A cor amarelada dessa substância vem da bilirrubina! Quando esse líquido não consegue passar com facilidade pelos ductos, fica acumulado, provocando o quadro.
Diversas enfermidades podem causar esse sintoma. Por isso, é muito importante consultar um médico-veterinário para ter o diagnóstico correto. Confira, a seguir, as causas mais frequentes da icterícia em cachorros.
A leptospirose é causada por uma bactéria chamada Leptospira sp. Ela é transmitida quando mucosas orais, nasais e conjuntivais entram em contato com a urina de animais infectados.
Essa doença pode ser fatal. Portanto, se você vir o cachorro com olho amarelo e falta de apetite, com febre e muito quietinho, é essencial levá-lo ao veterinário. Esse quadro também pode provocar dores no corpo, principalmente nos músculos, além de hemorragias.
Essa é uma das famosas “doenças do carrapato”. Ela é causada por um protozoário que é transmitido para o cachorro pela picada do aracnídeo infectado (o mais comum é o carrapato-marrom).
Esse microrganismo também causa a icterícia. O cachorro doente fica muito fraco, pode ter hemorragias, febre e falta acentuada de apetite. Esses sintomas podem ser confundidos com os da Leptospirose e de muitas outras doenças que provocam o amarelão.
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