Pets

É verdade que hamster come filhotes?

Muitos dos hábitos dos hamsters são impressionantes para nós. Porém, enquanto alguns deles nos divertem, como o hábito de armazenar comida nas bochechas, outros podem ser bastante assustadores. É o caso, por exemplo, de quando o hamster come filhotes.

Também conhecido como canibalismo filial, o ato de comer as próprias crias em determinadas situações é comum a várias espécies. Não apenas em mamíferos, como felinos, ursos e pequenos roedores, mas também entre peixes, aves e insetos. 

Entender melhor por que isso acontece com os roedores é fundamental para se preparar melhor em caso de gestação, aumentando a chance de sobrevivência dos recém-nascidos. A seguir, descubra por que hamster come filhotes e como fazer para prevenir que isso aconteça.

Afinal, por que algumas espécies comem os próprios filhotes?

Para os cientistas, não há uma razão única para o canibalismo filial, como hamster comendo filhote. Diversos motivos podem levar espécies a comerem os próprios filhotes em algumas situações. 

Em comum, todas elas estão ligadas a uma maior chance de sobrevivência da mãe e, se for o caso, também do restante da ninhada. A seguir, listamos alguns dos principais possíveis motivos do porquê hamster come os filhotes.

Filhote doente ou com má-formação

Os cuidados com a prole no início da vida envolvem um grande gasto de energia para alimentar os recém-nascidos, mantê-los aquecidos, protegidos etc. 

Na natureza, onde o ambiente é mais hostil, qualquer dispêndio de energia desnecessário é um obstáculo para a sobrevivência, já que coloca o indivíduo em desvantagem na disputa por recursos e na fuga de predadores. 

Quando um filhote já nasce ou adquire problemas de saúde logo no início da vida, animais de diferentes espécies podem acabar comendo a cria, evitando o gasto de energia e de recursos com um indivíduo com pouca chance de sobrevivência. 

Embora pareça cruel e calculista para nós, a medida pode ser a diferença entre a vida e a morte da mãe e do restante da ninhada na natureza.

Suspeita de intrusos na ninhada

A literatura está repleta de histórias nas quais os animais de uma espécie criam os filhotes de outra, como acontece nos clássicos Mogli e Tarzan. Na vida real, porém, as coisas não são bem assim. 

Na verdade, quando há indícios de um intruso na ninhada, muitas espécies acabam comendo os suspeitos que, em alguns casos, podem ser seus próprios rebentos.

É por isso que não é recomendado manipular filhote de hamster, gato, cachorro, entre outros pets recém-nascidos. Isso porque uma das principais maneiras que esses animais têm de reconhecer as crias é por meio dos odores. 

Quando pegamos os filhotes em nossas mãos, acabamos deixando neles o nosso próprio cheiro, o que atrapalha na identificação. Consequentemente, a fêmea pode acabar devorando-os.

Superpopulação e disputa por recursos

Assim como o cuidado parental, a gestação também envolve um gasto significativo de energia. 

Estudos apontam que, quando não há recursos no ambiente para garantir o aporte necessário de nutrientes durante e após a gestação, a fêmea pode acabar utilizando os recém-nascidos como recurso alimentar. Assim, ela aumenta sua chance de sobrevivência e a dos bebês.

Novamente, trata-se de um comportamento que pode parecer bastante estranho para nós. Mas lembre-se que sem os cuidados da mãe, os recém-nascidos dificilmente conseguirão sobreviver aos primeiros dias de vida. Logo, faz sentido ela se preservar.

Medo e estresse

Como você já deve ter percebido, o gasto de energia é fator determinante para a sobrevivência das espécies, implicando em maior ou menor desvantagem na disputa por recursos e na fuga de predadores. 

Quando estão se sentindo ameaçadas, portanto, algumas fêmeas podem comer as crias, o que serviria tanto para evitar o ataque por predadores —  que, nesse caso, sairiam em vantagem —  quanto para garantir a si mais energia. Isso pode ser um porquê o hamster come os filhotes.

Morte precoce dos filhotes

Em relação aos pets, muitas vezes não percebemos quando um filhote já nasce morto ou vem a óbito nos primeiros dias de vida. Nessas situações e também na natureza, é normal que a mãe acabe comendo o rebento que não sobreviveu. 

De acordo com a hipótese mais aceita pelos cientistas, isso é importante para evitar que a decomposição do corpo atraia predadores. Esse também pode ser um dos motivos quando o hamster come filhotes.

O que fazer para o hamster não comer os filhotes?

Os cuidados para evitar hamsters que comem seus filhotes começam durante a gestação, período no qual é importante manter a fêmea em gaiola separada do macho. 

O ambiente deve ser tranquilo, e a gaiola deve estar bem-higienizada e ter todos os recursos necessários ao pet, com água limpa e ração para hamster disponíveis o tempo todo. 

Evite manipular a fêmea durante todo o período da gestação — no caso do hamster sírio, ela dura em média 16 dias. Após os nascimento, procure seguir alguns cuidados:

  • Não manipule os filhotes até que tenham completado pelo menos 16 dias de vida;
  • Mantenha a gaiola em local tranquilo e protegido contra predadores (como outros pets), crianças, barulho de televisão etc.
  • Fique de olho para não deixar faltar água e comida.
  • Após o desmame, a partir dos 21 dias, separe os filhotes da mãe e por sexo a fim de evitar brigas. Lembre-se de que esses roedores são muito territorialistas.

Esperamos que, com as nossas dicas, você tenha conhecido mais sobre por que hamster come filhotes! Continue acompanhando o blog da Petz para mais informações e curiosidades sobre seus bichinhos!

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