Dermatite canina: o que é e como tratar?
Publicado em 27 de março de 2024Tempo de leitura: 5min
Quem tem um amigo de quatro patas cedo ou tarde vai se deparar com o seguinte diagnóstico: dermatite canina! Mas do que se trata esse problema? Neste artigo, vamos esclarecer as principais dúvidas!
A dermatite canina está entre as principais queixas dos tutores nos consultórios veterinários. Estima-se que os problemas de pele atingem cerca de 30% dos animais e estar bem informado sobre o assunto é muito importante para cuidar cada vez melhor do seu peludo. Sendo assim, confira o que é dermatite canina.
O que é a dermatite canina?
A dermatite canina é o nome dado a uma inflamação na pele, de origem bacteriana, viral, fúngica ou por protozoário. Logo, é um nome generalizado para a inflamação da pele do animal.
Por isso, existem diferentes tipos de dermatite canina, que terão causas, diagnóstico e tratamento diferenciado, embora os sintomas e a aparência das lesões e da pele possam ser bem semelhantes.
Sintomas de dermatite canina
Os sintomas de dermatite canina podem ser semelhantes, mesmo que a causa do problema seja diferente. Algumas lesões específicas indicam a origem da doença, mas somente o veterinário, com o suporte de exames laboratoriais, pode fazer o diagnóstico correto.
Por outro lado, cabe ao tutor estar atento às alterações que o pet apresenta para procurar atendimento se for necessário. Por isso, fique atento se o seu melhor amigo apresentar:
- pele avermelhada;
- pele escurecida;
- coceira;
- lambedura de patas;
- descamação (como se fossem caspas);
- crostas;
- mau cheiro;
- queda de pelo excessiva;
- falha de pelo;
- lesões que sangram;
- “espinhas”;
- otite (inflamação do conduto auditivo).
Muitas vezes, a dermatite canina começa com sintomas mais leves, como coceira e descamação, evoluindo para a presença de feridas mais graves e com pus, mas isso não é regra. Ainda, o peludo pode apresentar um ou mais sintomas em intensidades variadas.
Causas de dermatite canina
O que causa dermatite canina são principalmente microorganismos, como bactérias e fungos, mas também alergias, presença de pulgas e carrapatos, sarnas, protozoários e doenças hormonais.
Alergias
As alergias podem ser devido ao alimento, à poeira, ao ácaro e ao pólen das plantas, principalmente. O peludo sente uma coceira que, a princípio, não parece ter causa aparente. A pele se apresenta vermelha e o animal pode apresentar lesões, otite, lambedura de patas, etc.
As alergias mais comuns são a dermatite atópica, a dermatite atópica induzida por alimento e a dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (pulgas). Com investigação criteriosa e exame clínico e laboratorial, o médico veterinário consegue fazer o diagnóstico corretamente e instituir o melhor tratamento.
Sarnas
As sarnas, como a sarna otodécica, demodiciose e sarna sarcóptica, são ácaros que parasitam a pele ou o pêlo dos animais, causando coceira intensa, feridas, crostas, queda de pêlo e até mesmo feridas no peludo. Também é necessária a avaliação médica para o correto diagnóstico e tratamento.
Doenças fúngicas
A dermatite canina também pode ser causada por fungos, especialmente a dermatofitose. Esse fungo se alimenta dos pelos do pet, causando falhas, escurecimento da pele, crostas e pode levar à infecção secundária com proliferação de bactérias.
Doenças bacterianas
Assim como os fungos, as bactérias também são capazes de crescer mais que o esperado na pele do pet quando há inflamação ou alergias. O aumento da quantidade desse microrganismo gera uma intensa sensação de coceira, que pode lesionar a pele e ocasionar falhas de pelo.
Doenças hormonais
Os hormônios controlam o organismo e são responsáveis pela saúde e manutenção dos órgãos, inclusive a pele. O descontrole de certos hormônios, como ocorre no hipotiroidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes, pode alterar a pele e permitir que os pelos caiam ou tenham infecções de pele, causando dermatites.
Protozoário
Protozoários também podem ser parasitas da pele dos cães, como no caso da leishmaniose. É uma doença um pouco mais séria e merece atenção e diagnóstico correto para o tratamento adequado.
Como é feito o diagnóstico da dermatite canina?
O correto diagnóstico é fundamental para que o tratamento seja efetivo. Com a anamnese e o histórico do paciente, o veterinário levanta algumas suspeitas do que está causando o problema e, com o auxílio de exames, como citologia, raspado, cultura fúngica ou bacteriana e biópsia, chega a um diagnóstico definitivo.
Nem todos esses exames serão solicitados e algumas vezes até mesmo nenhum precisará, de fato, ser realizado. Tudo dependerá da avaliação do médico veterinário, mas, hoje em dia, é possível a realização do que for necessário para chegar à causa do problema, já que as lesões podem ser semelhantes.
Como é o tratamento da dermatite canina?
Se existem muitas causas, o tratamento da dermatite canina também é variado em conformidade com a causa. Assim, o veterinário pode prescrever desde shampoos, loções, pomadas e cremes até medicações orais, como antibióticos e antifúngicos.
Também faz parte do tratamento o controle de pulgas e carrapatos e, dependendo da suspeita clínica, uma alimentação específica pode ser instituída.
A dermatite canina vai desde alterações simples até doenças mais complexas, porém, quando acompanhada pelo médico veterinário, são passíveis de serem curadas ou controladas. Para mais informações sobre a saúde do seu pet, não deixe de acessar o blog da Petz!
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