Ver o cãozinho brincando de correr atrás do próprio rabo, girando sem parar, é engraçadinho, mas a história muda quando ocorre com um cão idoso: por que cachorro velho fica girando e andando de forma compulsiva?
Diversas doenças e distúrbios comportamentais podem responder à dúvida “por que cachorro velho fica girando?”. As enfermidades acometem o peludo de forma súbita e podem ou não vir em conjunto com outros sinais.
O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um distúrbio comportamental mais comum em animais silvestres, que vivem em cativeiro, mas também pode acometer os peludos!
O cachorro fica girando em círculos e pode andar ou se lamber compulsivamente. É uma doença subdiagnosticada nos animais de companhia, mas estima-se que afeta 2% da população canina.
Um estudo realizado pela Tufts University nos Estados Unidos revelou que os sintomas e o tratamento do TOC são bem parecidos em cães e humanos, visto que as estruturas cerebrais afetadas também são as mesmas. A raça mais acometida é Dobermann.
No geral, o distúrbio é causado por tédio, ansiedade ou traumas. O tratamento passa por educação comportamental, ressocialização do cachorro e medicamentos para o controle da ansiedade e do estresse, quando é necessário.
Pesquisas indicam que há formas de prevenir o TOC em animais: fornecer uma alimentação balanceada e de boa qualidade, promover brincadeiras, atividades físicas diárias e interações com outros cães, assim como estabelecer uma rotina rígida.
O sistema vestibular fica localizado na orelha interna e no encéfalo (tronco encefálico e cerebelo). Ele é responsável pela manutenção do equilíbrio e pela propriocepção, capacidade de se perceber no ambiente. Esse sistema manda as informações ao encéfalo sobre a posição e os movimentos.
A síndrome vestibular é uma doença muito comum em cães idosos e pode explicar a dúvida “por que cachorro velho fica girando?”. A causa mais comum é a otite interna. No geral, os sintomas começam com a inclinação da cabeça do cachorro velho e o andar em círculos para o lado da lesão no orelha, impedindo que o animal faça qualquer coisa que não girar.
É possível que o tutor note o movimento lateral e rápido dos olhos, chamado de nistagmo. Isso causa bastante tontura no cachorro idoso, assim como tombos, náuseas e vômitos.
O tratamento é feito com medicamentos para “acalmar” o sistema vestibular, como antieméticos e remédios para labirintite. Caso o quadro seja secundário a uma otite, é tratado com fármacos para a limpeza e a desinfecção do ouvido.
Os tumores cerebrais são silenciosos e só provocam sintomas perceptíveis quando a doença já evoluiu bastante. Os cães das raças Golden Retriever, Boxer, Dobermann e Bulldog Francês de idade média a idosos são os mais afetados.
Os sintomas variam de acordo com a região acometida do cérebro. Os mais comuns são as mudanças comportamentais, o head pressing (quando o cão pressiona a cabeça contra objetos em sinal de dor de cabeça), o cachorro rodando, as convulsões e a cegueira.
Muitos desses sinais são confundidos com o que é considerado “normal” para a idade, sendo subestimados pelo tutor. O diagnóstico definitivo é realizado com tomografia ou ressonância do crânio ou do encéfalo para confirmar a dúvida “por que cachorro velho fica girando?”.
O tratamento cirúrgico é indicado quando se tem acesso e deve ser feito de forma conjunta com a raidoterapia. Como qualquer cirurgia no cérebro, tem riscos. Por isso, muitos tutores optam pelos cuidados paliativos.
Os cuidados paliativos são medidas e medicamentos que visam melhorar a qualidade de vida do peludo. Os medicamentos são administrados conforme os sintomas aparecem.
Anticonvulsivantes atenuam as convulsões. Analgésicos são muito úteis no head pressing. Anti-inflamatórios ajudam a diminuir a inflamação do cérebro e contribuem com a melhora da dor e diminuição das convulsões.
A síndrome da disfunção cognitiva canina é popularmente chamada de alzheimer canino, pois os sintomas são bastante parecidos com os sintomas do alzheimer em humanos.
Afeta 30% dos cães entre 11 e 12 anos — taxa que aumenta para 70% aos 15 anos ou mais de vida. As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas podem estar associadas à diminuição da oxigenação do encéfalo, à hipertensão, à ação dos radicais livres e à própria senilidade.
A desorientação é um dos primeiros sintomas: é comum o cachorro girando em busca de algo, vagando a esmo, pedindo comida repetidas vezes, entrando em lugares onde não consegue sair e vocalizando.
Ele também pode trocar o dia pela noite, com agitação nesse período, apresentar desinteresse em atividades que gostava de realizar, ter agressividade com outros animais e errar o banheiro.
Essa síndrome não tem cura e é progressiva, mas é possível ajudar o peludo. Os suplementos alimentares ricos em antioxidantes e neuroprotetores melhoram bastante a cognição do pet.
Dietas comerciais, com alto teor de gordura (cetogênicas), também são bastante úteis, por melhorar a fonte de energia. O mais importante é o enriquecimento ambiental. A ideia é promover novas conexões neuronais e estimular o animal a fazer novas atividades.
Agora, você já sabe a resposta para a dúvida “por que cachorro velho fica girando?”. Agende uma consulta com os veterinários da Petz e conte com a gente para melhorar a qualidade de vida do seu idosinho!
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