Salvo quando somos crianças, a ideia de comer alguma planta pode ser bastante absurda para nós. Talvez por isso, na hora de comprar um vaso de planta para casa, é comum que muitos tutores não questionem se existem plantas venenosas para cachorros.
Pois saiba que não só elas existem, como é comum que os cães as procurem em determinadas situações. Segundo a Dra. Sue Lindoso, médica-veterinária da Petz, é o caso de pets mais jovens, que tendem a mordiscar bulbos, folhas ou caules devido tanto à curiosidade quanto à erupção dentária.
Outras situações citadas pela especialista incluem o estresse, que leva o cachorro a buscar a planta como distração, desconforto gástrico e/ou intestinal, ou simplesmente o interesse pelo aroma, pela cor e pelo sabor das plantas.
Seja qual for o motivo, é fundamental conhecer quais são as plantas tóxicas para animais para garantir a segurança deles. Vamos descobrir quais são?
Um dos motivos para que os casos de intoxicação por plantas não sejam incomuns na clínica veterinária é o fato de algumas das plantas mais comuns para apartamentos, como as jiboias, serem tóxicas aos pets. Confira abaixo uma lista com as principais plantas tóxicas para animais domesticos:
Além dessas, existem, ainda, outras plantas venenosas que, embora não sejam cultivadas dentro de casa com tanta frequência, são bastante comuns nas ruas ou jardins. São elas:
Por isso, ao passear com seu cachorro ou deixá-lo solto no jardim, vale ficar atento à presença e à ingestão dessas plantas pelo seu amigo, assim como pelo contato dele com alguns insetos venenosos, como é o caso de abelhas, marimbondos, vespas e aracnídeos (aranhas e escorpiões).
Ainda que possam ser agrupadas no mesmo bloco de plantas venenosas, a substância tóxica presente em uma planta não necessariamente é a mesma da outra. Por isso, os sintomas da ingestão de plantas venenosas podem ser diferentes e variar de intensidade, dependendo de alguns fatores, como veremos mais à frente.
No entanto, em geral, a Dra. Sue Lindoso diz que os sintomas da intoxicação por plantas podem ser notados em 5 frentes principais:
Cavidade oral: irritação local (língua, boca e garganta).
Sistema digestório: sialorreia (produção excessiva de saliva), náusea, vômito, desconforto abdominal e diarreia.
Sistema nervoso: tremores, convulsão e ataxia (perda de coordenação).
Sistema cardiorrespiratório: arritmia, taquipneia e dispneia.
Sistema Hepático: icterícia, coagulopatia e encefalopatia.
De acordo com a veterinária, outros sintomas comuns são a irritação e o ressecamento da pele, a fraqueza, a desidratação e a hipertermia.
Como dito anteriormente, além do grau de toxicidade de cada planta, a especialista ressalta que outros fatores contribuem para uma maior ou menor incidência de sintomas, em maior ou menor intensidade.
Começando pela idade,a Dra. Sue explica que, por terem um metabolismo ainda imaturo, cães mais jovens costumam apresentar quadros mais graves. Da mesma forma, devido a reações metabólicas prejudicadas, cães idosos também são mais sensíveis à intoxicação.
Já no que diz respeito à planta, outros fatores que contribuem são a via de absorção (se digestiva ou tópica), a quantidade ingerida e também a parte do vegetal que foi comida pelo pet.
“Diferentes partes de uma planta, em geral, apresentam diferentes substâncias químicas ou diferentes concentrações da mesma”, explica a veterinária.
Sendo assim, se o seu cachorro comeu planta tóxica, o que fazer é procurar imediatamente um veterinário, independentemente da gravidade dos sintomas!
A resposta mais óbvia, claro, é conhecer quais são as plantas venenosas e não tê-las em casa. O problema é que, mesmo plantas não venenosas podem gerar problemas quando ingeridas pelo pet.
“Dependendo da quantidade, elas podem causar vômito e diarreia. Galhos maiores podem causar lesões na cavidade oral”, exemplifica a Dra. Sue.
Para não ter que abrir mão de ter plantinhas em casa, a dica, no caso dos cachorros, é mantê-las em lugares altos, como em cima de móveis, ou em suportes de parede. Outra opção é fazer o uso de sprays com gosto ou cheiro repelentes para os pets.
Além disso, proporcione uma rotina e um ambiente saudável para o seu amigo. “Exercício físico e estímulo com brinquedos são hábitos saudáveis que diminuem o tédio e o estresse dos pets, direcionando a atenção deles para outro objeto”, diz a veterinária.
Se o seu cão ou gato não resiste a mordiscar uma plantinha, você sabia que algumas delas, como a grama de trigo, podem ser muito benéficas para eles?
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Legal, bem explicado mesmo.