Conheça a dirofilariose canina, a doença do verme do coração
Publicado em 10 de setembro de 2024Tempo de leitura: 5min
Morando no coração do peludo, só você e seus familiares! Não deixe a dirofilariose canina afetar essa relação. Conheça tudo sobre essa enfermidade e como evitar que ela afete a sua família!
A seguir, aprenda o que é dirofilariose canina, também conhecida como cardiopatia parasitária, como o peludo pode pegar, se ela é grave ou não, como fazer para preveni-la e se ela tem cura.
Agente causador e forma de transmissão da dirofilariose
Considerada uma doença parasitária cardiopulmonar, ela afeta principalmente os cães. O agente causador da dirofilariose canina é o Dirofilaria immitis, um parasita nematoide semelhante à lombriga, mas que se aloja no coração dos cães quando atinge a fase adulta.
Sua transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos, como Aedes, Anopheles e Culex, que tenham picado outro hospedeiro infectado previamente. A partir daí, tem início um novo ciclo da doença, que se dá conforme abaixo:
- um mosquito pica um animal com dirofilariose canina, ingerindo as microfilárias (larvas em primeiro estágio) de D. immitis presentes na corrente sanguínea do animal;
- com o mosquito servindo de hospedeiro intermediário, as larvas irão se desenvolver em aproximadamente duas semanas e migrar do tórax para o aparelho picador, onde passam a ser liberadas nas picadas;
- já na corrente sanguínea do cão saudável, as larvas vão para o tecido subcutâneo e muscular, onde se tornam jovens adultas entre três e quatro dias;
- após aproximadamente 100 dias, as larvas chegam ao coração, alojando-se no ventrículo direito e nas artérias pulmonares do hospedeiro. Ali, elas atingem a maturidade sexual, acasalam e liberam novas microfilárias na corrente sanguínea do hospedeiro, começando um novo ciclo.
Amanda Gomes, médica-veterinária da Petz, explica que essas larvas só chegam à corrente sanguínea periférica entre seis e oito meses após a infecção. Isso significa que antes desse período não é possível detectar a doença por meio de exames de sangue.
Sintomas da dirofilariose canina
Segundo a Dra. Amanda, “a gravidade da doença está relacionada diretamente com a quantidade de vermes que o portador possui, com a duração da infecção e com a resposta individual do hospedeiro”.
Por isso, é difícil saber quando o cão está com dirofilariose, já que os recém-infectados quase sempre são assintomáticos. Isso torna a doença silenciosa, de avanço crônico e muito grave, pois os sintomas só aparecem quando ela está avançada.
Conforme a doença progride, no entanto, o tutor pode notar alguns sintomas da dirofilariose canina. Eles começam brandos e, com o tempo, passam a ser recorrentes e mais facilmente notados. Os mais comuns são:
- tosse crônica;
- intolerância ao exercício;
- fraqueza;
- taquipneia (respiração acelerada);
- dispneia (respiração rápida e curta);
- perda de peso.
De acordo com Amanda, os sintomas mais graves estão relacionados à maior presença de vermes adultos nas artérias pulmonares. “Ela resulta em hipertensão pulmonar crônica e leva à insuficiência cardíaca congestiva direita”, explica. “Isso pode, inclusive, causar a morte do pet”, completa.
Diagnóstico e tratamento da dirofilariose
Como sempre, quanto antes for diagnosticada a doença, mais rápido, fácil e eficaz será o tratamento. No caso do verme do coração, diversos exames podem ser feitos para identificar o parasita. Entre eles, o ecocardiograma e exames de sangue podem detectar tanto o parasita quanto anticorpos contra ele.
Outros exames, como hemograma, bioquímica sérica, urinálise e radiografias torácicas, também podem ser solicitados pelo veterinário a fim de verificar a gravidade das alterações causadas pela dirofilariose no pet.
“Se diagnosticada cedo, a dirofilariose poderá ser tratada com sucesso, obtendo-se a cura sem sequelas”, diz Dra. Amanda. A veterinária explica que existe tratamento da dirofilariose canina e geralmente é feito com adulticidas e microfilaricidas.
Enquanto os primeiros matam as larvas já adultas, os segundos, como o nome sugere, se encarregam das microfilárias. Por ter muitos efeitos adversos, incluindo o risco de embolia pelos vermes mortos, o tratamento adulticida só deve ser feito em cães com condições físicas adequadas.
Já a cirurgia para a remoção dos vermes adultos da dirofilariose canina é indicada quando ocorre a síndrome caval. Isto é, quando há bloqueio da veia cava, sendo necessário restabelecer imediatamente seu fluxo sanguíneo.
Prevenção da dirofilariose canina
Para qualquer doença, o melhor remédio ainda é a prevenção. Com o verme do coração não é diferente! A veterinária explica que a dirofilariose canina tem cura, e a melhor solução seria o controle dos hospedeiros intermediários: os mosquitos.
“Como isso é bastante complicado, o ideal é prevenir que o cão seja picado pelo vetor”, alerta. Isso é feito com o uso das coleiras repelentes ou repelentes de uso tópico. Além disso, existem comprimidos usados periodicamente para que, caso o pet seja picado, a larva morra ao entrar no sangue dele.
Também existe uma vacina contra dirofilariose canina. Ela pode ser aplicada em cães a partir de seis meses de idade e tem duração de 12 meses. Assim, sua reaplicação deve ser feita anualmente.
Outra boa notícia é que lojas como a Petz já contam com diversos produtos repelentes que são seguros para os peludos. Entre as opções estão coleiras, pipetas para usar sobre a pele, repelentes para a casa, entre outros.
Outra excelente opção é conversar com o veterinário a respeito dessas opções de prevenção da dirofilariose canina e decidir qual é a melhor para o peludo. Procure as unidades Petz com atendimento veterinário na clínica Seres e agende uma consulta!
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