Você provavelmente deve ter acompanhado na internet o caso da Maya, uma gatinha que recebeu a fama de ter Síndrome de Down por causa das características físicas, principalmente do rosto. Mas será que essa condição pode acometer os animais? Afinal, será que cachorro tem Síndrome de Down?
Todos os animais estão sujeitos a possuir alterações genéticas que modificam sua estrutura óssea, alteram seus órgãos, seu desenvolvimento ou comportamento. No entanto, isso pode significar que cachorro pode ter Síndrome de Down? Descubra!
Para saber se cachorro tem Síndrome de Down (ou qualquer outra espécie animal), vamos entender o que essa síndrome é no ser humano. Trata-se de uma alteração genética chamada de trissomia do cromossomo 21.
Para entender melhor essa trissomia, é preciso relembrar as aulas de biologia do ensino médio. Todos os animais possuem um número de cromossomos exclusivos de cada espécie animal.
No caso do humano, são 46 cromossomos ou 23 pares de cromossomos. Cada cromossomo possui informações genéticas que determinam como serão todas as nossas características externas e internas.
O Down ocorre quando o par de cromossomos de número 21 torna-se um trio (daí “tri”, de “trissomia”) por uma falha na divisão genética. Com isso, o humano nasce com as características que conhecemos como Síndrome de Down.
Essa é uma informação muito vasta, pois cada animal possui um número diferente de cromossomos. Pensando nos animais de estimação, o cachorro tem 78 cromossomos, e o gato, 38.
A título de curiosidade, os macacos possuem 48 cromossomos, um número bem próximo do nosso, o que confirma nosso parentesco. Com essas informações, já estamos bem perto de saber se cachorros podem ter Síndrome de Down.
Ainda precisamos de algumas informações a mais para responder se cachorro tem Síndrome de Down: cada par de cromossomos possui informações genéticas exclusivas para cada espécie, e os pares não são correspondentes entre as espécies.
Dessa forma, embora os cães possuam 39 pares de cromossomos e, portanto, também possuam um par de número 21, esse par não expressa as mesmas características genéticas que o par 21 do humano.
Assim, agora você já sabe se cachorro tem Síndrome de Down, e a resposta é não, porque essa síndrome é exclusiva do cromossomo 21 dos humanos! Porém, isso não quer dizer que eles não possam ter alterações genéticas que determinem características semelhantes à trissomia do 21.
Por isso, se você viu algum cachorro com Síndrome de Down na internet, saiba que esse termo foi utilizado de forma errônea. No entanto, ele é bastante explicativo, pois alguns animais podem mesmo ter alterações genéticas que lembram a fisionomia e o comportamento de pessoas com Down.
Existe algum animal com Síndrome de Down? Como dissemos, o par de cromossomos de número 21 é único e exclusivamente pertencente aos seres humanos. No entanto, devido ao nosso parentesco com os primatas, existe uma alteração genética neles bem semelhante ao Down.
É um pouco complicado, mas vamos explicar direitinho: os primatas têm 24 pares de cromossomos. Os pares possuem uma grande correspondência com os cromossomos humanos. Somente os pares 12 e 13 fogem dessa regra e correspondem ao cromossomo 2 do humano.
Assim, o cromossomo 22 deles corresponde ao 21 nosso. Eles possuem uma alteração que faz uma cópia extra desse par, chamada de trissomia 22 do chimpanzé, descrita pela primeira vez em 1969. Então, a Síndrome de Down em cachorros não acontece, mas nos macacos, sim!
O caso da gatinha que citamos acima, a Maya, é também uma trissomia que acomete os felinos. No entanto, o cromossomo atingido é o 19 (lembrando que o gato só possui 19 pares, sendo impossível ter a trissomia no 21).
Nessa alteração genética, o gatinho nasce com o crânio mais arredondado na região da testa, os olhos menores e mais afastados que o comumente visto nos gatos, a língua pode ou não ficar para fora da boca e pode ou não haver o estrabismo uni ou bilateral.
Além disso, o bichano pode apresentar incoordenação motora, alterações na visão ou audição, ou até mesmo cegueira ou surdez, problemas na tireoide, deformidades no coração que podem levar à insuficiência cardíaca e fraqueza muscular.
Entre as alterações comportamentais estão o medo infundado de ir até determinado cômodo da casa ou no quintal, pouca ou nenhuma interação com os outros animais da casa, quietude e miado diferentes dos demais gatos.
O primeiro passo para um bom cuidado de um animal de estimação com alterações genéticas é procurar o médico-veterinário. Ele poderá ajudar com questões sobre possíveis comprometimentos de órgãos e exames complementares para que, se possível, sejam corrigidos.
Depois, cabe ao tutor entender as limitações do animal (se houver) e modificar o ambiente para atender essas dificuldades. No mais, são pets que precisam de todo amor e carinho!
Agora você já sabe se cachorro tem Síndrome de Down! Se estiver com dúvidas sobre essa síndrome e se seu pet tem alguma alteração genética, procure uma das lojas da Petz e agende uma consulta com nossos médicos-veterinários!
Os tapetes higiênicos são a solução ideal para muitas casas que têm pets, especialmente para…
Seja como animais de estimação, seja como seres de laboratório, diferentes tipos de camundongos fazem…
Os animais de estimação ganharam status de membros da família. Independentemente se são de raça…
Ter um aquário em casa é muito bacana. O hobby do aquarismo pode ser relaxante,…
Essa planta veio lá do deserto da África para habitar os lares e o coração…
Por Alexandre Rossi - Dr Pet Quando o portão de casa se abre, um novo…