Você já presenciou a cena de cachorro cruzando com outros animais? Cães de vida livre que encontram ou convivem com pets de espécies diferentes podem ter o instinto de cruzamento com eles.
Essa situação não é usual, embora possa acontecer. Os animais normalmente seguem os instintos biológicos e cruzam com parceiros da mesma espécie, para gerar sucessores e evitar extinção, mas existem casos em que tentam cruzar com bichos diferentes.
A situação mais comum e esperada é o acasalamento de cachorro com a cadela, a qual deve estar no cio para aceitar a monta. Esse cruzamento, em geral, é favorecido por fatores hormonais, principalmente nas fêmeas. Quando estão prontas para gerar filhotes e com níveis de hormônio adequados, elas aceitam que o macho as fertilize.
O macho, por sua vez, a partir do momento em que atinge a maturidade sexual, pode acasalar sempre que tiver a oportunidade, desde que não tenha problemas de saúde. Caso uma fêmea de outra espécie esteja no cio e gere feromônios atraentes para o cachorro, pode acontecer esse cruzamento de animais diferentes.
Animais diferentes podem cruzar em certas ocasiões, mas dificilmente terão filhotes, pois o número de cromossomos varia de uma espécie para a outra. Além disso, a diferença anatômica também pode ser um fator relevante.
Por exemplo, se o cachorro cruza com gato, que tem 38 cromossomos, não seriam gerados filhotes. Mesmo que esses animais tentem cruzar, as genitálias são incompatíveis, assim como a fisiologia da reprodução. O mesmo vale para outras espécies, como porco, ovelha, coelho etc.
Você já ouviu falar que o cão veio do lobo? Essas espécies têm a genética e o número de cromossomos muito parecidos e, quando cruzam, podem gerar descendentes férteis. Esse é um exemplo de sucesso do cachorro cruzando com outros animais.
Agora, você sabe que o cachorro pode cruzar com outros animais. O cruzamento entre essas espécies gerou uma reclassificação filogenética: os descendentes férteis receberam o nome de “cão-lobo” — uma subespécie dos lupinos.
O cão-lobo é reconhecido por manter os instintos dos lupinos, como caça e guarda. Por isso, não é recomendado para tutores inexperientes. Além disso, ele é maior que os cães comuns, tem a pelagem mais densa, é ativo, corajoso e desconfiado com pessoas estranhas.
Por ter essas características, pode ser um cão de companhia e de guarda ao mesmo tempo. Já foram oficializadas três raças de cães-lobos: o cão-lobo-checoslovaco (o mais antigo), o cão-lobo-de-Saarloos e o cão-lobo-de-kunming.
O cão-lobo-checoslovaco é resultado do cruzamento de uma loba da Cordilheira dos Cárpatos e um Pastor Alemão. Os experimentos na Tchecoslováquia começaram em 1955 e finalizaram em 1965. Em 1982, a raça foi confirmada no país. Em 1989, foi reconhecida pelo Kennel Club.
O temperamento é de um cão destemido, corajoso, fiel aos tutores, desconfiado com estranhos, resistente às diversas intempéries comuns no país e com reações rápidas.
Não se sabe ao certo se esse cão é fruto do cruzamento entre uma loba de zoológico e um Pastor Alemão, ou do cachorro com uma subespécie do lobo russo ou canadense.
É um cão alto e magro, tendo em torno de 75 cm de altura e 35 kg. É musculoso, tem orelhas curtas, expectativa de vida de 12 a 14 anos e muito ativo, precisando de alto nível de atividade física.
Foi desenvolvido por Leendert Saarloos, um apaixonado pelos cães. De início, ele tentou que essa espécie fosse guia de cego, mas o temperamento tímido, desconfiado e cauteloso do animal não foi ao encontro dessas expectativas. É um cão raro e praticamente desconhecido, mesmo no país de origem.
É uma raça originária da China. Foi muito utilizada como assistente militar para realizar diversas tarefas, como detectar minas enterradas. Atualmente, é um animal de companhia.
O desenvolvimento da raça foi feito com muitos animais — a grande maioria sem pedigree. Por isso, não se sabe ao certo a origem, mas imagina-se que o Pastor Alemão faça parte da mistura.
Já entendemos que cachorro cruzando com outros animais não gera descendentes, a não ser que a segunda espécie seja geneticamente próxima do cão, como os lobos. Porém, isso acontece com outros bichos?
A resposta é: sim! Os casos mais conhecidos são dos cruzamentos entre o cavalo e a jumenta, que geram o bardoto, e entre a égua e o jumento, que geram a mula (fêmea) ou o burro (macho).
Nesses casos, ocorre o acasalamento de pais de espécies diferentes, mas do mesmo gênero. Devido à incompatibilidade genética, os filhotes acabam sendo estéreis e são chamados de animais híbridos.
Então, se você avistar um cachorro cruzando com outros animais, não precisa se espantar! Às vezes, os pets podem ter comportamentos não habituais, mas lembre que isso é instintivo. De qualquer forma, nunca deixe de levar seu pet ao médico veterinário para garantir que ele está bem. No blog da Petz, você encontra informações interessantes sobre a saúde dos peludos!
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