O ouriço-do-mar pode ser facilmente confundido com outro animal popular no Brasil: a bolacha-da-praia. Eles são considerados parentes próximos, mas são criaturas diferentes.
Imagine uma esfera coberta de espinhos: assim é o ouriço-do-mar. Pertencente à classe Echinoidea, esse invertebrado marinho é encontrado em todos os oceanos do mundo. Ficou curioso para saber mais sobre ele? Continue a leitura para descobrir novas informações!
O ouriço-do-mar é um animal fascinante que apresenta algumas características únicas. Embora a presença dele seja comum em vários lugares, ele tem alguns aspectos que o diferenciam de outros bichos.
A reprodução do ouriço-do-mar ocorre de forma indireta e externa. As fêmeas desse animal têm grandes gônadas que soltam gametas reprodutores no ambiente, onde ocorre a fecundação. Em seguida, as larvas se alimentam sozinhas para se desenvolverem até a fase adulta.
A alimentação do ouriço-do-mar é bem curiosa. O sistema digestivo inclui a “lanterna de Aristóteles”, um aparelho bucal de mastigação que raspa algas presentes nas paredes das rochas. Assim, o animal é capaz de separar o que é comida do que é sedimentação.
Os equinodermos são classificados em várias ordens, incluindo Holothuroidea (pepinos-do-mar), Echinoidea (ouriços-do-mar propriamente ditos) e Asteroidea (estrelas-do-mar). Cada uma delas tem características únicas para se adaptar a diferentes ambientes.
Quando nos focamos no ouriço-do-mar, vale saber que existem milhares de s espécies distribuídas em todo o mundo.
Confira alguns dos principais tipos:
O ouriço-do-mar enfrenta muitos desafios no ambiente marinho, por ser um invertebrado lento. Assim, ele é uma presa fácil para alguns predadores, como lontras e estrelas-do-mar.
Esses animais também podem se tornar um problema caso não ocorra o controle da espécie. Um exemplo é a superpopulação de Ouriços-Roxos na costa da Califórnia, causando a redução das florestas de algas.
Eles são essencialmente herbívoros e detritívoros. Ou seja, o ouriço-do-mar se alimenta de restos orgânicos e de outros animais, fazendo um processo de remineralização, para que essas substâncias retornem à cadeia alimentar.
O ouriço-do-mar também se alimenta de algas, um elemento abundante nos recifes de corais, o que significa que há comida suficiente para várias gerações. Isso contribui para o equilíbrio dos recifes, tornando esse animal essencial para a saúde do ecossistema marinho.
Além de espinhos, alguns tipos de ouriço marinho têm veneno. A espécie Echinometra lucunter, encontrada nas costas brasileiras, tem esse tipo de defesa.
O ouriço-flor, considerado o mais letal do mundo, tem um veneno fatal até para os seres humanos, causando convulsões e choque anafilático. Embora não haja muitos predadores naturais do ouriço-do-mar, ele é muito usado na culinária mediterrânea.
Um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, buscou entender como é o ouriço-do-mar por dentro e como ele se defende em seu hábitat no fundo do oceano. A pouca incidência de luz é um desafio para os animais se protegerem.
A pesquisa descobriu que o ouriço-do-mar tem células sensíveis à luz nos pés, conhecidos como pés ambulacrários. Isso permite que o animal detecte a presença de iluminação e se abrigue em lugares escuros.
Os espinhos servem como um casulo protetor para o corpo inteiro do ouriço-do-mar. Mesmo assim, o animal se esconde em lugares escuros e foge diante de qualquer estímulo de luz para evitar predadores.
Apesar de ser invertebrado, o ouriço-do-mar tem um endosqueleto que se funde com os espinhos. Isso impede muitos movimentos, tornando a locomoção lenta. A estrutura rígida é um desafio para evitar predadores, mas ele ainda consegue fugir de ameaças.
Os pés ambulacrários também são usados na movimentação, mesmo que ela seja mais lenta. Eles ficam localizados em espinhos mais moles, logo abaixo da carapaça espinhosa, que é mais dura.
Uma das curiosidades mais impressionantes sobre o ouriço-do-mar é que ele pode viver mais de 200 anos se não for retirado do hábitat. Isso é um recorde impressionante para um animal marinho.
No entanto, a longevidade varia dependendo da espécie e do local onde ela vive. As mais comuns nos trópicos, por exemplo, não vivem mais que 5 anos quando atingem a fase adulta, com cerca de 160 mm de diâmetro.
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