Diferentemente dos cães, cujos objetos podem ficar fora do alcance, em gavetas e locais elevados, com os gatos, a situação não é a mesma. Assim, muitos tutores se perguntam se tem problema deixar o bichano explorar a hortinha vertical. Afinal, gato pode comer cheiro-verde e outras ervas?
Essa é uma dúvida comum para quem costuma cozinhar próximo do bichano ou o vê passeando perto da plantinha. Para solucioná-la, o blog da Petz explica se gato pode comer cheiro-verde e outras ervas comuns na culinária, bem como os efeitos para a saúde. Confira, a seguir!
Antes de dizer o que gato pode comer ou não, vale apresentar essa planta. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, a palavra “cheiro-verde” é usada para designar a combinação de duas ervas muito usadas na culinária: a salsinha e a cebolinha.
Enquanto a salsinha possui um sabor delicado, com notas de anis, a cebolinha é uma erva da família Aliácea, a mesma do alho e da cebola, daí o sabor levemente picante quando crua.
É interessante notar que o cheiro-verde tem uma composição diferente no Norte e no Nordeste do Brasil. Nessas regiões, a salsinha é substituída pelo coentro, outra planta da família das Apiáceas, mas dona de um sabor mais cítrico.
Mais que apenas sabor, essas ervas também possuem propriedades diferentes, de modo que, para saber se gato pode comer cheiro-verde, é preciso conhecer as propriedades dessas três ervas e os efeitos no organismo do bichano.
Originária do Mediterrâneo, a salsinha não é uma planta tóxica para o gato, podendo ser oferecida em quantidades moderadas. Dito isso, o cheiro dela não costuma ser muito atraente para ele, de modo que não é sempre que há interesse por ela. Se esse for o caso do seu amigo, não insista, pois há outras opções que ele pode gostar.
Além de respeitar a vontade do bichano, é importante moderar na quantidade. Isso porque, em excesso, a salsinha pode provocar problemas digestivos. Entre os sintomas de mal-estar, estão: vômitos, diarreia, falta de apetite e letargia.
Um gatinho com dor de barriga ou tais sintomas deve ser levado ao médico-veterinário. O especialista pode examiná-lo e indicar um medicamento seguro para restabelecer o bem-estar.
Diferentemente da salsinha, que é uma Apiácea, a cebolinha faz parte da família das Aliáceas, grupo ao qual também pertencem a cebola, o alho e a chalota. Em diferentes níveis, esses alimentos possuem substâncias chamadas tiossulfatos, compostas por enxofre e oxigênio, que provocam a oxidação dos glóbulos vermelhos.
Assim, dependendo da quantidade ingerida, eles podem levar a quadros graves de anemia hemolítica. Por isso, se está na dúvida do que gato come, lembre-se de não incluir a cebolinha, que pode causar mal ao bichano.
São sintomas da intoxicação por Aliáceas: empalidecimento das mucosas, alteração da frequência respiratória, fraqueza, letargia, bem como sinais de complicações gastrointestinais, tais como vômitos, diarreia, falta de apetite e dores abdominais.
Assim como a salsinha, o coentro é uma erva da família das Apiáceas, da qual também fazem parte o cominho e a erva-doce. Embora algumas espécies de plantas sejam tóxicas, como é o caso da cicuta, o coentro é relativamente seguro para o gato.
Apesar de os benefícios do coentro, em excesso, ele pode provocar problemas gastrointestinais, como irritações que podem levar a quadros de vômito e diarreia. Para evitar que isso aconteça, procure oferecer o coentro de maneira isolada e observe a reação do pet.
Além disso, procure oferecer coentro e outras ervas sempre em pequena quantidade. No geral, tudo o que gatos podem comer além de ração deve ser oferecido com moderação e seguindo as recomendações do veterinário.
Mais que saber se gato pode comer cheiro-verde, é importante conhecer outras opções. Esse pet é carnívoro estrito, com morfologia e fisiologia adaptadas para o consumo de carne. Na natureza, ele obtém quase todos os nutrientes de que o organismo necessita a partir da carne das presas.
Porém, quem convive com um bichano em casa já deve ter reparado que, muitas vezes, a espécie se interessa pelas plantas. Segundo especialistas, os vegetais não são necessários para o aporte de nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais, visto que o organismo felino não consegue absorver apropriadamente dessas fontes.
Entretanto, as fibras podem ser benéficas para o gato, auxiliando no trânsito intestinal, bem como na eliminação dos chamados tricobezoares, popularmente conhecidos como bolas de pelo.
Nesse sentido, uma das melhores opções para ajudar a eliminar gradualmente os pelos que se acumulam no estômago e no intestino do bichano é a graminha para gato, geralmente feita com as sementes de aveia, trigo, azevém e milho.
Ela é vendida em pet shops e tem uma durabilidade que varia para cada bichano. Na hora de comprar, dê preferência aos vasos ou às mudas vendidos com essa finalidade, por serem livres e agrotóxicos.
Além de contribuir para o trânsito intestinal, a graminha para gato ainda auxilia no enriquecimento ambiental, tornando a casa mais interessante e estimulante para o gato. Para potencializar esse efeito, uma dica é apostar em vasos com graminhas de diferentes sementes.
Lembrando que a quantidade de recursos deve ser sempre proporcional ao número de gatos. Portanto, se você tem mais de um bichano em casa, é necessário ter mais de um vaso para reduzir o risco de disputas.
Gostou de saber se o gato pode comer cheiro-verde e demais plantas semelhantes? Então, não deixe de acompanhar as novidades do blog da Petz! Aqui, você tira suas dúvidas sobre os principais cuidados com o seu bichinho de estimação.
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