Que cães e gatos podem apresentar quadros depressivos já não é mais novidade. Mas, você sabia que entre as doenças em peixes também é possível citar a depressão? Pelo menos, é isso que dizem alguns estudos! Vamos saber mais sobre o assunto?
Considerada pela Organização Mundial da Saúde como o grande mal do século XXI, a depressão em seres humanos é uma verdadeira epidemia, atingindo cerca de 10% da população. Não à toa, as pesquisas sobre o tema não param, com cada vez mais cientistas tentando buscar em outros animais a resposta do que acontece em nosso cérebro durante a doença.
Afinal, peixes podem mesmo sofrer de depressão?
Mesmo na comunidade científica, o tema ainda é bastante controverso. De acordo com um estudo conduzido pelo neurocientista Julian Pittman, da Universidade de Troy, nos Estados Unidos, os peixes-zebra teriam uma atividade cerebral bastante parecida com a nossa, podendo ser acometidos pela depressão. Para chegar a essa conclusão, o estudo manteve peixes dessa espécie submersos em uma mistura com etanol por duas semanas inteirinhas.
Após esse período, os peixes foram colocados normalmente no aquário, onde os cientistas puderam observar suas reações: em geral, os peixes que passaram por isso começaram a ficar isolados e prostrados no fundo do aquário. Passadas duas semanas de tratamento para peixe com antidepressivos, eles voltavam a nadar como de costume, mais para a superfície.
No entanto, segundo o Dr. Diego A. Pizzagalli, da Universidade de Harvard, disse em entrevista ao jornal New York Times, embora existam semelhanças na parte neuroquímica, tais sintomas seriam insuficientes para traçar um paralelo com a depressão humana. Por isso mesmo, para ele e outros cientistas, o termo “depressão” não seria o mais adequado para o quadro em peixes.
Depressão em peixes: como isso afeta a vida do aquarista?
Também para a Dra. Mariana Pestelli, médica-veterinária da Petz, o termo é mal empregado no caso dos peixes. “Qualquer mudança no comportamento deles as pessoas chamam de depressão”, diz.
Nesse sentido, um dos problemas é que a palavra depressão faz pensar em algo que foge da compreensão do aquarista. Mas, na verdade, tanto a prevenção quanto o tratamento da dita depressão em peixes envolve medidas muito práticas.
Entre as principais causas dessas mudanças de comportamento, a Dra. Mariana cita, por exemplo, parâmetros da água inadequados, excesso de amônia e até doenças fúngicas ou bacterianas. Tudo isso pode resultar em um peixe mais parado, sem apetite, isolado, entre outros sintomas.
Peixes de cardume também podem ter a qualidade de vida afetada se colocados sozinhos no aquário. Além disso tudo, os especialistas destacam a importância do enriquecimento ambiental na redução do estresse e na manutenção do bem-estar em peixes.
Isso significa que, mais do que somente ajustar os parâmetros da água de acordo com o local de origem do bichinho, também é interessante colocar no aquário outros atrativos, como plantas, cavernas, etc. Lembrando que ele deve continuar tendo bastante espaço para nadar!
Como visto, manter os peixinhos longe da depressão envolve estar em dia com a saúde do aquário como um todo. Para isso, não deixe de realizar os testes hidrológicos semanalmente e fique de olho em qualquer comportamento anormal dos peixes.
Se observar um dos habitantes do aquário isolado, nadando de lado, etc., procure um de nossos especialistas na Petz mais próxima a você, pois pode ser diagnosticada alguma doenças em peixes. Quem sabe ele não consegue ajudá-lo a identificar o que pode estar errado.
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