Peixe

Cavalo-marinho, saiba tudo sobre essa criatura mitológica

O cavalo-marinho é um ser fascinante e rodeado de fatos curiosos. Levaria horas para você descobrir todas as curiosidades sobre esse animal. Além disso, todas as espécies pertencem ao mesmo gênero, o Hippocampus, um nome que remete à mitologia grega.

Aqui vai mais uma informação para você: o cavalo-marinho é peixe. Apesar da aparência e do nome, o animal não é aparentado dos cavalos. Por conta das diversas características diferentes, falaremos sobre os principais fatos a respeito dele.

1. Mitologia grega

Segundo a lenda, esse peixe foi criado por Poseidon, que moldou as espumas do mar com as próprias mãos, formando essa fascinante criatura marinha. Na mitologia grega, o animal é chamado de hipocampo, a junção de “hippos”, que significa “cavalo”, e “kampos”, que quer dizer “monstro”.

Dizem por aí que a escolha do nome não foi por acaso. Conforme a mitologia, o cavalo-marinho é peixe com o poder de causar tremores na terra e no mar. Ao bater os cascos para cavalgar pelas águas marinhas, ele era responsável por esses tremores.

2. Cavalo-marinho no cérebro

Já ouviu falar do hipocampo? Em 1564, o anatomista Julius Caesar Arantius descreveu e nomeou essa estrutura do cérebro responsável pela memória e pelo comportamento social. Ela é bem parecida com um cavalo-marinho, por isso o nome.

3. Animal fiel

O cavalo-marinho macho corteja a fêmea na chamada dança nupcial, na qual eles se tornam um par e nadam próximos à superfície do mar, onde ocorre o acasalamento. Além disso, o fato mais curioso desse pequeno animal marinho é que os machos são responsáveis pela gestação.

Isso acontece porque, após o acasalamento, a fêmea transfere os ovos para a bolsa incubadora do macho, onde ocorre a fertilização. A gestação dura de 14 dias a 1 mês, podendo gerar até 1.000 filhotinhos de uma só vez.

Entretanto, acredita-se que somente cerca de 3% dos filhotes de cavalo-marinho sobrevivem. Isso acontece por causa da predação e da morte natural, durante a gestação ou até depois do nascimento.

A monogamia é uma característica muito comum em todos do gênero Hippocampus. Quando um hipocampo se aproxima de outro em um relacionamento, ele é repelido imediatamente, mesmo durante a gestação, quando o cortejamento já não acontece entre o casal.

4. Mestre da camuflagem

O mimetismo é a capacidade de misturar-se ou camuflar-se ao ambiente, mudando de cor rapidamente para livrar-se de predadores. Isso também auxilia na reprodução do cavalo-marinho, visto que a cor tende a ficar intensa durante essa época.

Alguns desses animaizinhos possuem uma aparência tão fascinante que são facilmente confundidos com plantas marinhas e até outros animais, elevando muito as chances de sobrevivência.

5. Particularidades da cauda, da nadadeiras e da visão

A cauda de alguns cavalos-marinhos é longa e curvada, o que permite que eles se prendam aos corais, às plantas aquáticas ou até a outros cavalos-marinhos para evitar que sejam arrastados pelas ondas ou pelas correntezas intensas.

O formato alongado da cauda, como de uma serpente, lhes dá pouco poder para nadar. Para conseguirem o impulso necessário, eles batem as nadadeiras dorsais de 30 a 70 vezes por minuto.

Além das nadadeiras dorsais, esses peixes têm nadadeiras peitorais que ficam do lado da cabeça, como grandes orelhas, que os auxiliam a ficarem eretos e estáveis quando parados, direcionando no nado, como um leme.

Além disso, entre as características do cavalo-marinho, está a cauda, utilizada durante o ritual de acasalamento e disputas dos machos pelas fêmeas. A visão é adaptada, permitindo que eles enxerguem para frente e para trás ao mesmo tempo, o que auxilia na identificação de predadores.

6. Esqueleto

O esqueleto do cavalo-marinho é diferente dos demais peixes: ele é externo, e isso é chamado de exoesqueleto. No lugar das escamas, existem placas ósseas, o que é bastante primitivo.

7. Pescoço de cavalo

O pescoço do cavalo-marinho é semelhante ao do cavalo: curvo e com o focinho apontando para baixo, o que lhe permite explorar lugares estreitos em busca de comida, que ele suga pelo focinho, engolindo-a inteira. Se ela for grande demais, esse focinho pode alargar-se.

8. Risco de extinção

Por conta da exploração indevida desse animal marinho, as espécies Hippocampus erectus e Hippocampus reidi estão na lista de sobre-explotadas ou ameaçadas de sobre-explotação, feita pelo Ministério do Meio Ambiente. Isso acontece por três fatores:

  • ações antrópicas: ocorrem quando esses animais marinhos são usados como decoração e objeto de importação, o habitat é degradado e a estrutura corpórea, como o esqueleto, é utilizada para produzir remédios caseiros, artesanatos e até amuletos;
  • fatores biológicos: são representados por sedentarismo, dificuldade em recolonizar o habitat degradado e baixa taxa de sobrevivência dos filhotes;
  • comércio de cavalos-marinhos: o Brasil é um dos principais países a fornecê-los para a aquariofilia. Por isso, em 2014, foi declarada a proibição da captura, do armazenamento, do transporte e da comercialização desses animais sem autorização ou regulamentação de órgãos competentes.

9. Projetos para a conservação do hipocampo

Devido ao risco de extinção, foi criada uma série de medidas para a conservação do cavalo-marinho. Vários projetos foram idealizados no Brasil e no mundo para salvar o animal. Os principais objetivos são:

  • manter a diversidade biológica;
  • proteger as espécies ameaçadas de extinção;
  • preservar e restaurar a diversidade de ecossistemas naturais.

10. Alimentação

Esse animal é carnívoro! A alimentação do cavalo-marinho consiste em pequenos crustáceos, camarões e outros pequenos seres quase invisíveis, conhecidos como plânctons. Além disso, os adultos se alimentam de larvas de outros pequenos peixes.

Realmente, o cavalo-marinho é um ser fascinante. Se você já pensou em praticar o aquarismo, saiba que aqui, na Petz, temos tudo o que você precisa para esse hobby. Vem conferir!

Petz

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