Aquarismo: 6 mitos sobre esse hobby apaixonante

Para a maior parte das pessoas, o aquarismo já é bem conhecido. Afinal, quase todo mundo já se deparou com um aquário em algum momento da vida, seja em um restaurante, na sala de espera de um consultório ou na casa de alguém, não é? 

Mesmo assim, para quem está iniciando no hobby, esse universo está cheio de mistérios. Além disso, está cercado de diversos mitos que, se levados a sério, podem colocar em risco a vida dos peixes e o equilíbrio do aquário.

Para evitar que isso aconteça, confira a seguir seis mitos sobre o que é aquarismo e as melhores práticas para quem se aventura nesse universo.

1. Quanto menor o aquário, mais fácil cuidar

Um erro que pode ser cometido por um aquarista iniciante é achar que aquários pequenos são mais fáceis de manter que os grandes. Na verdade, devido à proporção de água, quanto menor o item, mais fácil é para os parâmetros se alterarem. 

Em outras palavras, aquários pequenos exigem muito mais tempo de manutenção com testes, condicionadores e trocas parciais de água. Vale pensar nisso antes da compra!

2. Os peixes crescem de acordo com o tamanho do aquário

Outro mito bastante difundido a respeito do tamanho do aquário é o de que quanto maior for o recipiente, mais os peixes vão crescer. Embora um pequeno demais possa ter influência nisso, diversos outros fatores impactam no crescimento dos peixes, com destaque para as condições da água (principalmente a temperatura) e a alimentação.

3. Na dúvida, melhor deixar o pH da água neutro

Como aprendemos nas aulas de química, pH é o índice capaz de nos dizer se a água é alcalina, neutra ou ácida. Isso é importante para o aquarista, pois cada espécie de peixe vive melhor em uma faixa específica de pH.

Na ânsia de misturar espécies de origens distintas, muitos tutores optam por deixar o pH neutro, acreditando que ele dará conta do recado. Porém, alguns peixes precisam de uma água mais ácida ou alcalina. O resultado é que os bichinhos podem adoecer e até mesmo morrer.

4. Ter ao menos um cascudo é bom para a faxina no aquário

É muito comum ver cascudos no aquarismo amador. Se o motivo para isso é gostar desse simpático peixinho, tudo bem. Agora, se a razão para adquiri-lo é acreditar que ele fará uma bela limpeza no aquário, saiba que, diferentemente do que muitos pensam, o cascudo não se alimenta das fezes dos outros peixes!

O que acontece é que, por viver junto ao substrato, o cascudo come parte dos alimentos em excesso que foram parar no fundo do aquário. Apesar de isso ajudar na manutenção do ecossistema, já que evita a decomposição desses alimentos, ter um cascudo não significa que você não precisará fazer a limpeza do fundo do aquário com a ajuda de um sifão, viu?

5. Para limpar, é preciso remover toda a água do aquário

Por falar em limpeza do aquário, muitos iniciantes na aquariofilia (outro nome para o aquarismo) logo imaginam um ritual que envolve colocar todos os peixes em um saquinho com água, tirar tudo de dentro dele para lavar e trocar a água. Mas não é bem assim!

Como um ecossistema, o aquário se desenvolve por meio de diversas trocas físicas e químicas que, entre outros fatores, resultam em bactérias benéficas para o seu equilíbrio. Sendo assim, remover toda a água e tudo o que está dentro do aquário significa eliminar essas bactérias.

O ideal no aquarismo é realizar trocas parciais de água sempre que houver necessidade, utilizando um sifão para limpar o fundo do aquário e também para trocar entre 20% a 30% da água. Lembrando que essa água sempre deve passar por testes de cloro e ser ajustada com condicionadores.

6. A expectativa de vida dos peixes é curta

Como todo ser vivo, os peixes também não vivem para sempre. No entanto, algumas espécies que poderiam viver por até 10 anos não sobrevivem por meses ou semanas, devido ao descaso no cuidado com os peixinhos e na manutenção do aquário. 

Por isso, antes de decidir praticar o aquarismo, tenha em mente que, apesar de pouco trabalhoso, ele exige disciplina na realização de testes de água, na alimentação dos peixes e na limpeza. Caso tenha alguma dúvida, converse com um de nossos especialistas. Continue por dentro, também, dos conteúdos do blog Petz para saber mais sobre cuidados com peixinhos e outros animais de estimação!