Peixe

Conheça melhor o cavalo-marinho!

Se existe um bichinho que habita o imaginário dos humanos há muito tempo é o cavalo-marinho. Desde a Antiguidade, ele faz parte de uma infinidade de histórias e lendas que falam sobre os mistérios do mar.

Seja para uma simples sereia ou para o próprio Poseidon, o cavalo-marinho pode ser uma criatura de muito valor. Por isso, neste artigo, vamos falar mais sobre esse animal tão especial.

Mitologia grega sobre o cavalo-marinho

Segundo a lenda, esse peixe foi criado por Poseidon, que moldou as espumas do mar com as próprias mãos, formando essa fascinante criatura marinha. Na mitologia grega, o animal é chamado de “hipocampo”, a junção de “hippos”, que significa “cavalo”, e “kampos”, que quer dizer “monstro”.

Dizem por aí que a escolha do nome não foi por acaso. Conforme a mitologia, o cavalo-marinho é um peixe com o poder de causar tremores na terra e no mar. Ao bater os cascos para cavalgar pelas águas marinhas, ele era responsável por esses balanços.

Pois é, muitas pessoas acham que o cavalo-marinho é mamífero, mas, como dito, ele é um peixe. Essa confusão é bem comum, pois o cavalo terrestre que todos conhecem é um mamífero. Mas o peixe recebeu esse nome apenas pela aparência semelhante.

É um animal monogâmico

A monogamia é uma característica muito comum em todos do gênero Hippocampus. Quando um hipocampo se aproxima de outro em um relacionamento, ele é repelido imediatamente — mesmo durante a gestação, quando o cortejamento já não acontece entre o casal.

E é o cavalo do mar macho que corteja a fêmea, na chamada dança nupcial. Nesse “ritual”, eles se tornam um par e nadam próximos à superfície do mar, onde ocorre o acasalamento. Além disso, o fato mais curioso da reprodução do cavalo-marinho é que os machos são responsáveis pela gestação.

Isso acontece porque, após o acasalamento, a fêmea transfere os ovos para a bolsa incubadora do macho, onde ocorre a fertilização. A gestação dura de 14 dias a 1 mês, podendo gerar até mil filhotes de uma só vez.

Entretanto, acredita-se que somente cerca de 3% dos bebês de cavalo-marinho sobrevivam. Isso acontece devido à predação e morte natural durante a gestação ou até depois do nascimento.

Conheça o mestre da camuflagem

O mimetismo é a capacidade de misturar-se ou camuflar-se ao ambiente, mudando de cor rapidamente para livrar-se de predadores. Isso também auxilia na reprodução do cavalo-marinho, visto que a cor tende a ficar intensa nessa época.

Alguns desses pequenos animais possuem uma aparência tão fascinante que são facilmente confundidos com plantas marinhas e até com outros animais, elevando muito as chances de sobrevivência.

Particularidades da cauda, das nadadeiras e da visão

A cauda de alguns cavalos-marinhos é longa e curvada, o que permite que eles se prendam aos corais, às plantas aquáticas ou até a outros cavalos-marinhos para evitar que sejam arrastados pelas ondas ou correntezas intensas.

Entretanto, o formato alongado da cauda, como de uma serpente, lhes dá pouco poder para nadar. Para conseguirem o impulso necessário, eles batem as nadadeiras dorsais de 30 a 70 vezes por minuto.

Além das dorsais, esses peixes têm nadadeiras que ficam ao lado da cabeça, como grandes orelhas. Elas os ajudam a ficarem eretos e estáveis quando parados, direcionando o nado como um leme.

A cauda também é utilizada durante o ritual de acasalamento e disputas dos machos pelas fêmeas. E, no que se refere aos olhos, a visão do cavalo-marinho é adaptada, permitindo que eles enxerguem para frente e para trás ao mesmo tempo, auxiliando na identificação de predadores.

Ele tem o pescoço do cavalo terrestre

O pescoço do cavalo-marinho é semelhante ao do cavalo terrestre: curvo e com o focinho apontando para baixo. Essa característica lhe permite explorar lugares estreitos em busca de comida, que ele suga pelo focinho, engolindo inteira. Se ela for grande demais, esse focinho pode alargar-se.

Risco de extinção do cavalo-marinho

Por conta da exploração indevida deste animal marinho, as espécies Hippocampus erectus e Hippocampus reidi estão na lista de sobre-explotadas ou ameaçadas de sobre-explotação, feita pelo Ministério do Meio Ambiente. Isso acontece por três fatores:

  • ações antrópicas: quando esses animais marinhos são usados como decoração e objeto de importação ou quando o habitat é degradado e a estrutura corpórea, como o esqueleto, é utilizada para produzir remédios caseiros, artesanatos e até amuletos;
  • fatores biológicos: são representados por sedentarismo, dificuldade em recolonizar o habitat degradado e baixa taxa de sobrevivência dos filhotes;
  • comércio de cavalos-marinhos: o Brasil é um dos principais países a fornecê-los para a aquariofilia. Por isso, em 2014, foi declarada a proibição da captura, do armazenamento, do transporte e da comercialização desses animais sem autorização ou regulamentação de órgãos competentes.

Projetos para a conservação do hipocampo

Devido ao risco de extinção, foi criada uma série de medidas para a conservação do cavalo-marinho. Vários projetos foram idealizados no Brasil e no mundo para salvar o animal. Os principais objetivos são:

Dieta do cavalo-marinho

Se você chegou até aqui e quer saber o que cavalo-marinho come, vale já entender que ele é carnívoro. A sua alimentação consiste em pequenos crustáceos, camarões e outros seres quase invisíveis, conhecidos como plânctons. Além disso, os adultos se alimentam das larvas de outros pequenos peixes.

Realmente, o cavalo-marinho é um ser fascinante. Se você já pensou em praticar o aquarismo, saiba que nas lojas da Petz você encontra tudo o que precisa para praticar esse hobby. Confira agora mesmo!

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