Olá, pessoal! Estou muito contente em estrear essa coluna aqui, no blog da Petz, que ajuda tanta gente a cuidar melhor dos animais e dar mais qualidade de vida a eles. A minha grande missão é aproximar mais os animais de seus tutores e vê-los integrados na família e na sociedade. Então, para hoje, vou te contar se pode levar cachorro no supermercado!
Desde o dia 05 de agosto de 2022, a cidade do Rio de Janeiro passou a permitir a entrada e circulação de cães e gatos em supermercados. É a primeira capital do país a permitir oficialmente animais nesses locais.
E qual é a minha opinião sobre isso? Eu apoio essa medida, pois acredito que é uma possibilidade a mais para os pets nos acompanharem em passeios. Vou te explicar melhor sobre esses lugares pet-friendly!
Foram estabelecidas algumas regras para isso funcionar bem, que foi a primeira coisa que questionei quando ouvi falar da notícia. Não é só chegar em qualquer mercado com seu pet, pois nem todos são pet-friendly!
Para começar, os estabelecimentos deverão ter na entrada o selo Super Pet, conferido pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). Para isso, precisam possuir ambientes com dimensões apropriadas.
Sobre a questão sanitária, o próprio prefeito da cidade, Eduardo Paes, afirmou que não há riscos, pois tomaram o cuidado de montar normas bem específicas de higiene e limpeza (que deve ser constante), para os supermercados.
Já os tutores, deverão seguir normas que também ajudam a eliminar os riscos, como portar certificado de vacinação e vermifugação dos animais. Além disso, devem:
Além disso, os mercados podem montar um espaço exclusivo de convívio entre os pets, onde poderão ser soltos, comer e beber água. E também podem disponibilizar carrinhos devidamente adaptados.
Como eu disse, eu sou a favor dessa medida, pois acredito que a sociedade está caminhando cada vez mais para ser inclusiva com os pets, que hoje são parte da família. Acredito que isso esteja acontecendo não apenas porque nossa relação com eles evoluiu muito, como também a saúde animal e o controle de zoonoses.
Hoje, já existem inúmeros estudos científicos que apontam os benefícios que os animais nos trazem nos mais variados contextos. Então, é natural que cada vez mais estabelecimentos pensem em se transformar num grande espaço de convivência que inclua os pets.
Muitas vezes, as pessoas só conseguem sair para ir ao mercado naquele dia, então, agora, os animais vão poder fazer parte disso, se exercitar um pouco e ter acesso a estímulos diferentes.
É comum os tutores acharem que só vale passear com o pet se for para um lugar arborizado. É melhor pra eles? Sim, para a gente também rs. Mas entre irem ao mercado (onde tem o tutor, cheiros, barulhos, pessoas e talvez até animais diferentes) ou ficarem em casa sozinhos, podem ter certeza que a primeira opção traz muito mais benefícios a eles!
Outra situação é quando a gente sai com o pet e, na volta, precisa passar no supermercado. O que acontecia antes era que os tutores deixavam os animais presos na entrada (um grande perigo!) ou desistiam de comprar o que precisavam. Mas agora, vão poder entrar com eles tranquilamente. Pelo menos no Rio de Janeiro!
A parte do comportamento dos animais deve receber atenção, tanto para não atrapalhar os outros clientes como para esse benefício não ser retirado e alcançar outras cidades.
Manter o controle do pet num local friendly-pet como esse não é muito diferente de um passeio comum. É quase a mesma coisa que ir ao pet shop, por exemplo. Na verdade, se não houver outros animais por perto, as chances são menores do cachorro se comportar mal.
Para tudo dar certo, eu recomendo que você ensine pro seu animalzinho alguns comandos básicos, como “senta”, “fica” e “vem”. Mas isso em casa, sem tanto estímulo. Também é importante ensinar o significado da palavra “não” para ele entender alguns limites.
Caso seu pet não saiba andar na guia sem puxar ou empacar, isso é outro ponto que você pode treinar. Em casa, coloque ele na guia e use um petisco para ensiná-lo a andar do seu lado. Vá recompensando a cada passinho e depois aumente a quantidade de passos antes do petisco. Depois, leve esse treino para lugares mais movimentados.
Se o seu cão estiver bem treinado, ele vai conseguir obedecer mesmo sem comida, já que as regras dos supermercados não permitem. Mas caso ele ame muito um brinquedo, por exemplo, você pode levar para atrair a atenção dele se precisar.
Outra preocupação que acredito que os tutores vão ter é sobre o pet destruir alguma coisa, o que quase sempre pode ser evitado com o uso da guia. Mas caso aconteça, aja como faria em qualquer loja: comeu ou quebrou algo? Coloque no carrinho e pague pelo item no caixa!
Já se o seu cão fizer xixi ou cocô, comunique um funcionário imediatamente e recolha ou ajude a limpar, se for o caso. O ideal, claro, é que o pet se alivie antes de entrar no mercado, mas acidentes acontecem. E é responsabilidade do estabelecimento manter as condições ideais de higiene, por isso, eles devem estar preparados para isso.
As regras permitem também que as pessoas levem os gatos aos estabelecimentos, dentro da caixa de transporte. Mas, para a maioria dos gatos, isso pode ser bem estressante.
Se esse é o caso do seu gato, evite! A não ser em circunstâncias específicas, como estar voltando de uma ida ao veterinário e precisar passar no mercado. Já se o seu gatinho é mais sociável e fica tranquilo fora de casa, sem problemas! Apenas treine bem para ele aceitar a caixa de transporte.
E aí, gostaram da notícia? Qual é a opinião de vocês sobre isso? Se vocês querem ficar sabendo de mais novidades, continuem acompanhando a coluna do Dr. Pet aqui, no blog da Petz!
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Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Junto de seus pets, Estopinha, Barthô e a gatinha Miah, ele é a maior referência no assunto do Brasil, divulgando seu conhecimento em estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.
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