Por Alexandre Rossi – Dr Pet
Para quem tem crianças em casa, a presença dos pets não traz apenas um mero companheirismo: traz um vínculo que enriquece o crescimento delas, promove uma saúde mental mais equilibrada e ajuda a ensinar valores fundamentais. No último ano, convivo diariamente com as minhas enteadas e pude perceber isso na prática. Por isso, nesta coluna, vou falar um pouco sobre essa relação incrível, os benefícios que os animakai podem trazer para as crianças (e vice-versa) e também ensinar como a convivência entre todos pode ser mais segura.
Os benefícios físicos
A ciência já confirmou o que muitos sabem na prática: exercícios são essenciais para a saúde, tanto para crianças como para os pets. Por isso, quando pensamos numa cena comum de uma criança brincando com um pet, o mais incrível é que o que está acontecendo ali não é apenas entretenimento, é uma forma de ambos se manterem saudáveis.
Ou seja, esses momentos de correria e brincadeiras, que parecem descompromissados, podem ter um papel importante em sua saúde. Estudos mostram que a interação física entre pets e crianças contribui não só para laços emocionais mais fortes, mas também para o desenvolvimento físico de ambos.
Além disso, na era das telas e eletrônicos, as atividades físicas com os pets podem ajudar as crianças na diminuição do sedentarismo, estimular contato com a natureza, ajudar no desenvolvimento motor e fortalecer a musculatura e capacidade respiratória.
Alguns exemplos bacanas de atividades que você pode estimular as crianças a fazerem com os animais:
Os benefícios mentais
Em um mundo cada vez mais acelerado e repleto de desafios, a saúde mental das crianças torna-se uma preocupação central para pais e cuidadores. Nesse contexto, explorar formas eficazes de promover o equilíbrio emocional dos pequenos é muito importante.
Inúmeros estudos científicos confirmam o impacto positivo que os pets têm no desenvolvimento mental e emocional das crianças. Pesquisas mostram que a presença de animais pode reduzir significativamente os níveis de estresse em crianças. Coisas simples, como acariciar um cachorro ou brincar com um gato, desencadeiam a liberação de hormônios do bem-estar, como a ocitocina, associada à redução do estresse e ao fortalecimento dos vínculos emocionais.
Os peludos ainda proporcionam um ambiente seguro para que as crianças expressem suas emoções sem medo de julgamento, pois a interação regular com animais está ligada a uma melhoria na autoestima das crianças, já que esses relacionamentos promovem uma sensação de aceitação incondicional.
Além disso, alguns estudos sugerem que crianças que crescem com pets têm uma melhor compreensão de expressões faciais e linguagem corporal, o que contribui para um desenvolvimento mais rico das habilidades sociais e de comunicação.
Os benefícios emocionais
Quando falamos do crescimento emocional, os bichinhos têm um papel fundamental em ajudar as crianças a entenderem e lidarem com suas emoções. Cuidar dos pets, seja dando comida ou mantendo a higiene deles, é uma maneira prática de desenvolver habilidades importantes, como se colocar no lugar do outro e ser compreensivo.
Algumas ideias de como estimular a responsividade no seu filho (lembrando que cada pet e criança são únicos, então adapte as atividades de acordo com a capacidade de ambos):
Como garantir a segurança de todos
Como viram, os benefícios são muitos, mas é essencial garantir que a relação entre pets e crianças seja segura!
Para começar, explique a importância de uma aproximação calma e gentil, evitando movimentos bruscos que possam assustar o animal. Se o pet estiver dormindo ou se aumentando, impeça a criança de interagir e ensine que é importante respeitar o espaço pessoal do animal.
Uma dica que sempre dou é: o pet que deve ir até a criança e não o contrário. Caso o pequeno chame e o peludo vá até ele, as chances da interação ser gostosa são muito maiores. Vale usar um petisco ou brinquedo para atrair o animal.
Instrua também as crianças sobre os sinais que os pets apresentam em diferentes situações. Para cães, orelhas abaixadas, corpo tenso, rabo entre as pernas e rosnados são indicadores de desconforto. No caso de gatos, autolambidas excessivas, costas arqueadas, bufadas, orelhas para trás, rosnados e tapas com as patas sinalizam que eles podem estar estressados.
Por fim, supervisão constante é a chave para garantir a segurança durante as interações entre crianças e pets.
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Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Junto de seus pets, Estopinha (in memoriam), Barthô e a gatinha Miah, ele é a maior referência no assunto do Brasil, divulgando seu conhecimento em estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.
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