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Como cuidar do seu pet no verão

Por Alexandre Rossi – Dr Pet

Você já parou para pensar como o verão pode afetar nossos pets peludos? Com o calor cada vez maior, é essencial garantir que nossos pets curtam a estação com muito bem-estar e alegria. Vou falar sobre isso na coluna de hoje!

Os perigos do aumento das temperaturas
Quem aí está sentindo esse calor? Nossos pets sentem ainda mais! Mas o que exatamente eles enfrentam quando o termômetro sobe? Confira a seguir:

  • Hipertermia: aumento excessivo da temperatura corporal. É um dos principais problemas enfrentados por pets durante o calor intenso. Isso pode levar a uma série de complicações, incluindo letargia, falta de apetite e, em casos graves, danos aos órgãos.
  • Problemas respiratórios: o calor extremo também pode resultar em dificuldades respiratórias para os pets, especialmente em raças de focinho achatado.
  • Desidratação: assim como em humanos, o aumento das temperaturas aumenta a necessidade de hidratação. Mas nem todo pet tem o hábito de beber a quantidade certa de água. A desidratação pode ser prejudicial à saúde dos pets, causando letargia, fraqueza e problemas renais.
  • Queimaduras nas patinhas: superfícies quentes, como calçadas e asfalto, podem causar queimaduras nas patinhas dos animais.
  • Parasitas: o verão cria um ambiente propício para a proliferação de parasitas como pulgas e carrapatos. Doenças como a raiva e a leishmaniose também podem ser mais prevalentes, especialmente em áreas de maior umidade.

Cuidados especiais no verão

Portanto, existe a necessidade de um maior cuidado com os pets no verão. Entre os diversos aspectos que demandam atenção, a hidratação obviamente se destaca! É essencial proporcionar aos animais fácil acesso à água, distribuindo bebedouros pela casa e, quando possível, adicionando gelo à água ou oferecendo opções como água de coco e sorvetes que os pets podem tomar (como os feitos 100% com frutas liberadas para pet ou de ração).

Mas, é importante ter cautela no passeio ou na volta dele: quando os cães bebem uma grande quantidade de água em pouco tempo, podem ter uma condição muito séria chamada torção gástrica.

Além da hidratação, molhar o cachorro em casa ou no passeio é uma prática eficaz para ajudar a baixar a temperatura corporal. Barriga e pescoço são as melhores regiões para molhar, e um borrifador pode ajudar na missão.

Outro ponto importante é oferecer caminhas frescas em locais com sombra e próximos ao convívio da família. Se a casinha do seu cachorro fica no fundo do quintal, existem muitas chances dele preferir ficar perto da porta (e dos tutores), o que pode prejudicar o seu bem-estar em relação ao calor.

Além disso, é preciso passear apenas antes das 10h e após as 17h, e até mesmo considerar horários mais tardios dependendo do calor. Isso é essencial para evitar que cães, especialmente os de porte baixo, sofram com as altas temperaturas do asfalto, que acabam se assemelhando a uma estufa.

Recomendo sempre analisar a temperatura do solo colocando a mão no chão por cerca de 5 segundos. Essa simples ação pode te impedir de sair de casa e queimar as patinhas do pet.

Por fim, é essencial manter a tosa do seu pet em dia! A maioria dos cães fica com um bem-estar muito maior ao serem tosados. Fale com o seu veterinário ou tosador de confiança.

Sinais de mal-estar

Reconhecer os sinais de mal-estar relacionados ao calor nos nossos pets é essencial para garantir o bem-estar deles.

Observar a respiração do animal é um dos primeiros passos. Se ele estiver ofegante de maneira excessiva, pode ser um sinal de que está enfrentando temperaturas elevadas. A língua também é um indicativo importante. Se estiver muito exposta ou apresentar alterações na coloração, isso pode indicar desconforto térmico.

Além disso, é essencial prestar atenção a qualquer comportamento incomum, letargia ou falta de interesse em atividades que normalmente são do interesse do pet. Nesses casos, procure imediatamente um veterinário.

Parasitas no verão: uma ameaça constante

O calor e umidade cria condições ideais para a proliferação de parasitas como pulgas e carrapatos, representando uma ameaça potencial para nossos pets. Além disso, no verão, os tutores costumam levar seus pets para locais ao ar livre, com grama e aglomeração de cachorros.

Dessa forma, é importante fazer verificações regulares na pelagem do seu pet e aplicar regularmente produtos antiparasitários para mantê-lo protegido. Consulte seu veterinário para determinar o produto mais adequado ao perfil e necessidades do seu pet.

Além disso, em caso de viagens, é importante verificar se o local de destino tem incidência maior de parasitas.

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Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Junto de seus pets, Estopinha (in memoriam), Barthô e a gatinha Miah, ele é a maior referência no assunto do Brasil, divulgando seu conhecimento em estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.

marianapucci@gearseo.com.br

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