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Aprenda o que fazer caso seu pet passe por uma situação de emergência!

Por Alexandre Rossi – Dr Pet

Na última coluna, abordamos a importância de conhecer os primeiros socorros para filhotes, especialmente quando se trata de raças mais frágeis, como os Chihuahuas. Também falamos de como montar um kit de primeiros socorros e formas de deixar a casa mais segura para prevenir acidentes, além de como tratar cortes e arranhões. Então, se você ainda não leu, sugiro que você comece por lá, vou deixar o link aqui.

Nesta coluna, continuaremos nosso guia sobre cuidados de emergência, focando em situações mais sérias, como engasgos e afogamento. Vamos lá!

Como lidar com engasgos

Engasgos podem ser assustadores, mas saber como agir rapidamente pode fazer a diferença e salvar a vida do seu filhote. Primeiramente, é importante saber reconhecer os sinais de engasgo: os cães podem tossir incessantemente, ter dificuldade em respirar, fazer sons estranhos ao respirar, agitar-se de forma anormal ou até mesmo perder a consciência.

Em caso de engasgo em que o pet não consegue se recuperar sozinho, o indicado é realizar a

Manobra de Heimlich, que consiste em: posicionar o filhote de barriga para cima, com as costas contra seu peito. Depois, coloque uma mão abaixo das costelas e a outra logo abaixo da primeira mão e aplique pressão rápida e firme, para dentro e para cima em direção às costelas.

Eu indico, inclusive, que você peça preventivamente para o seu veterinário te mostrar a posição correta para realizar essa manobra. E caso você precise recorrer a ela, é crucial buscar ajuda veterinária imediatamente depois para verificar se o filhote sofreu danos internos e fornecer tratamento adicional, se necessário.

Como lidar em caso de afogamento

Afogamentos podem ocorrer em piscinas, banheiras ou mesmo em pequenas poças d’água, dependendo do tamanho do cão. Até mesmo o pote de água pode ser perigoso quando o pet está sonolento.

Filhotes curiosos podem se aventurar na água ou simplesmente andar sem atenção perto de uma piscina e cair. Então, separei algumas dicas de como agir:

  • Retire o filhote da água: parece óbvio, mas muitas vezes na hora do desespero, a remoção não é rápida o suficiente.
  • Verifique a respiração: verifique se o filhote está respirando e acordado. Se não estiver, é hora de iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP).
  • Reanimação Cardiopulmonar (RCP): deite o filhote de barriga para cima e coloque suas mãos sobre o peito, com os dedos posicionados para o coração. Faça compressões torácicas suaves e rápidas, cerca de 100-120 por minuto, com uma profundidade de cerca de 1/3 a 1/2 do tamanho do peito. Após cada 30 compressões, incline ligeiramente o focinho do filhote para cima e faça duas ventilações, fechando a boca e soprando ar no nariz até que o peito se eleve.
  • Busque atendimento veterinário: leve o filhote imediatamente a um veterinário após o afogamento, mesmo que a reanimação tenha sucesso. É importante verificar se o filhote sofreu algum dano interno devido ao afogamento e garantir que ele receba o tratamento necessário.

Novamente, eu recomendo que você peça ajuda de um veterinário para aprender a realizar a reanimação de forma eficiente e que não machuque seu pet! Nunca se sabe quando podemos precisar desse conhecimento.

Como lidar com envenenamento
É importante estar ciente dos sinais de envenenamento para poder agir com rapidez. Os sintomas variam dependendo do tipo de substância ingerida, mas podem incluir:

  • Vômitos
  • Diarreia
  • Letargia
  • Salivação excessiva
  • Tremores
  • Dificuldade respiratória
  • Mudanças comportamentais abruptas

Se você desconfiar que seu pet foi envenenado, tente identificar a substância que o filhote ingeriu para ajudar o veterinário a administrar o tratamento adequado. Mas independentemente se conseguir identificar ou não, busque ajuda veterinária imediatamente.

Outro ponto importante: não tente induzir o vômito sem a orientação de um profissional, pois isso pode piorar a situação! Além disso, não ofereça leite ou outras coisas supostamente “neutralizadoras” que também podem piorar o quadro.

Por fim, tente manter o filhote calmo para reduzir o estresse dele!

Como lidar com quedas e atropelamentos

Apesar dos esforços de prevenção, acidentes podem ocorrer. É fundamental saber como agir rapidamente para minimizar danos e garantir o bem-estar do seu filhote.

Primeiramente, faça o maior esforço do mundo pra manter a calma! Nessas situações, a gente acaba ficando desesperado, e o nosso desespero pode aumentar a angústia do pet.

Também é importante tentar manter o filhote calmo e manipulá-lo demais (colocar ele numa superfície rígida pode ajudar).

Enquanto tenta acalmar o animal, procure por lesões, sinais de dor ou incapacidade de se mover. Essas informações podem ajudar o veterinário a intervir. Logo depois, vá para um hospital ou clínica veterinária imediatamente.

E atenção: mesmo que o filhote pareça bem, é essencial levar o pet ao veterinário após uma queda ou atropelamento!

Por Alexandre Rossi – Dr Pet

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Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Junto de seus pets, Estopinha, Barthô e a gatinha Miah, ele é a maior referência no assunto do Brasil, divulgando seu conhecimento em estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.

marianapucci@gearseo.com.br

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