Síndrome do gato paraquedista: conheça esta perigosa condição
Publicado em 15 de julho de 2021Tempo de leitura: 5min
A síndrome do gato paraquedista pode criar certa confusão nos tutores. Afinal, por mais que os bichanos sejam ágeis e atléticos, é difícil imaginá-los praticando esportes radicais! Entretanto, esse nome diz respeito a uma condição comum, que pode afetar bichanos de todas as idades.
O que é a síndrome do gato paraquedista?
O nome pode parecer curioso, mas a síndrome do gato paraquedista (também chamada de síndrome do gato voador) não tem nada a ver com praticar esportes radicais! Pelo contrário, esse é um problema nada saudável, que pode afetar negativamente a vida dos bichanos.
O Dr. Ítalo Oliveira, médico-veterinário da Petz, explica que esse é um termo mais utilizado na Espanha. O nome brasileiro ajuda a compreender melhor o problema: “no Brasil, nomeamos este comportamento como síndrome da queda de grande altura”, explica.
Dessa forma, os indícios de “gato voador” levam o bichano a cair de um local alto, correndo risco de sofrer lesões. Geralmente, estão associados a pets que vivem em apartamentos, mas qualquer bichano está sujeito a cair de uma grande altura.
Queda ou pulo?
Um ponto interessante sobre essa síndrome é compreender porque o pet cai de uma altura tão grande. Afinal, os bichanos são conhecidos pelos ótimos reflexos e movimentos calculados!
O que levaria a essa queda? O Dr. Ítalo explica que, em muitos casos, o pet pode até pular, mas, ainda assim, o movimento é considerado uma queda pelos especialistas. “Na maioria das vezes, o pet está caçando borboletas, insetos ou passarinhos”, comenta.
Ou seja, durante um passeio pelo lado de fora de uma janela, um comportamento dos gatos que é comum, o peludo se distrai e, sem querer ou sem pensar nas consequências, cai de uma altura considerável. O fato da ação ser uma surpresa para o pet é um grande perigo, pois, assim, ele não possui tempo suficiente para se preparar para a queda.
Gato sempre cai em pé?
A agilidade dos peludos é um comportamento de gato muito conhecido. Quem nunca ouviu que os bichanos sempre caem em pé? Porém, mesmo que nossos amigos sejam grandes ginastas, essa condição ainda apresenta um grande risco.
Isso porque a queda de gato é uma surpresa para o bichano, que, às vezes, não consegue se preparar para o impacto. O Dr. Ítalo explica que os felinos possuem capacidade de encontrar uma pose segura para quedas, chamada de “posição anatômica quadrupedal”.
Não importa a posição em que estejam, o sistema de proteção deles encontra uma forma de posicionar-se e preparar-se, chegando ao chão “de pé”. Quando o pet é surpreendido e não consegue assumir essa postura, ele pode se machucar.
Que altura é perigosa?
A síndrome do gato paraquedista diz respeito a quedas de grandes alturas, sendo, na maioria das vezes, associadas a prédios. Assim, o Dr. Ítalo explica que uma queda a partir do segundo andar já faz parte da síndrome.
Porém, alturas mais baixas não significam necessariamente um perigo menor. De acordo com o veterinário, um estudo demonstrou que gatos que caem do 7° ao 10° andar apresentam lesões menores que as quedas do 3° ao 6°.
Isso porque, ao cair de uma altura menor, o bichano não possui tempo suficiente para realizar a rotação do corpo e se colocar de forma segura. Dos andares mais altos, apesar de o impacto ser maior, muitas vezes, o peludo consegue se proteger.
Entretanto, vale ressaltar que qualquer queda é perigosa para os gatos. Quando um bichano pula, ele calcula os movimentos para chegar ao chão de forma segura e elegante. Em uma queda, ele não possui esse planejamento e sempre pode se machucar.
O que fazer em caso de queda
Mesmo para os bichanos conhecidos pelo porte atlético, uma queda pode ser um problema grave. Assim, é sempre necessário buscar auxílio de um veterinário. O Dr. Ítalo explica que, mesmo quando o pet não apresenta machucados ou outros sinais externos, o especialista precisa ser consultado.
“Hemorragias internas, concussão cerebral ou contusão pulmonar não são identificadas sem um exame detalhado”, comenta. Além disso, vale ressaltar que os peludos adoram fazer pose de durão e dificilmente demonstram quando estão com dor.
Assim, ao perceber que o gato caiu de qualquer altura, procure auxílio veterinário o mais rápido possível. Somente o especialista poderá verificar os ferimentos e iniciar o tratamento adequado.
Tratamento
Essa síndrome gera contusões graves ao peludo. Quando o veterinário recebe em um bichano que passou por uma queda, o primeiro passo é analisar o estado do pet.
Geralmente, esse quadro necessita de internação, pois o gato pode apresentar fraturas em diferentes pontos, assim como hemorragia ou traumas em órgãos internos.
A terapia pode continuar em casa, por meio da administração de remédios e analgésicos. Vale lembrar que um dos principais pontos é evitar futuras quedas. Para isso, é necessário tornar o ambiente mais seguro.
Crie um ambiente saudável
Todo tutor sabe como os pets tornam nossos lares ainda mais especiais. Com carinhos, brincadeiras e companheirismo, os peludos alegram nosso dia a dia. Entretanto, ser tutor também traz responsabilidades.
Então, saiba que criar um ambiente saudável, levando em conta o comportamento felino, é uma das suas principais tarefas como tutor. Colocar tela de proteção em janelas é um ponto importante.
Outro ponto fundamental é oferecer brincadeiras e atividades para que o bigodudo se divirta e gaste energia. Com acessórios e brinquedos, o gato ficará distraído e se manterá longe da janela!
Após conferir tudo a respeito da síndrome do gato paraquedista, obtenha outras informações sobre cuidados e bem-estar animal no blog da Petz. Assim, você oferece tudo de melhor ao peludo!
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