Muitas vezes visto apenas no zoológico, nas fazendas, em livros históricos e documentários, o porco-do-mato assemelha-se ao doméstico. A diferença é o fato de ser um animal selvagem, ou seja, que não foi domesticado. Será que isso significa que o porco-do-mato é perigoso?
Tecnicamente, sim. O porco-do-mato é perigoso exatamente por ser uma espécie selvagem, que mantém os instintos. Ele não reage bem à convivência ou à proximidade com o ser humano, além de ser territorialista.
Como animal selvagem, vive solto na natureza, ou seja, no habitat, sendo independente. Isso quer dizer que ele é capaz de prover o próprio alimento, evitar o frio, refrescar-se e encontrar água quando estiver com sede. Saiba mais sobre o porco-do-mato a seguir!
Duas espécies silvestres de porco-do-mato são conhecidas no Brasil: Cateto (Tayassu tajacu) e Queixada (Tayassu pecari). Ambos da família Tayassuidae, são mamíferos artiodátilos.
Cateto (Caititu ou Taititu) é o menor: com cerca de 25 kg, 40 cm de altura e 95 cm de comprimento. A identificação baseia-se na presença de um colar de pelos brancos em volta do pescoço.
Queixada tem um porte maior: pesa por volta de 35 kg, com 55 cm de altura e 1,10 m de comprimento. Além disso, possui vasta coleção de pelos brancos na mandíbula (queixo) e no focinho.
Ambos fazem um barulho característico quando estão irritados, batendo a mandíbula com força, além de arrepiar os pelos do corpo para parecerem maiores. Queixada costuma ser mais agressivo que Cateto e vive em grupos bem maiores de até 300 indivíduos, contra 30 de Cateto.
Uma forma de distingui-los do javali (Sus scrofa scrofa), espécie exótica, invasora e agressiva, é que o javali possui rabo, caninos proeminentes e visíveis, além de ser maior. Ele é mais aparentado ao porco doméstico (Sus scrofa domesticus) que ao porco-do-mato silvestre.
Agora que você já sabe que porco-do-mato é perigoso, é importante entender alguns hábitos da espécie. Ele se alimenta de frutas, folhas, raízes, cactáceos, insetos e tubérculos, saindo principalmente à noite, momento em que os grandes grupos costumam dizimar plantações inteiras
O porco-do-mato é capaz de sobreviver a momentos de fortes tempestades, dias de sol escaldante e até longas temporadas de frio. Além dos desafios naturais de mudanças bruscas de temperatura e tentativa de domesticação, existe outro desafio para a sobrevivência.
A espécie é mantida em cativeiro para acasalamento que resulta na procriação de filhotes. Porém, por estarem sob forte estresse, os animais selvagens não conseguem procriar e limitam a existência da espécie.
A caçada de porco-do-mato também é um grande perigo para esse animal. Para se proteger, ele se movimenta, prioritariamente, na parte da noite, anda em bandos e pode atingir longas distâncias.
A procriação de Catetos dura 145 dias com até 4 filhotes, enquanto a de Queixada, 250 dias e pode gerar até 2 filhotes, bem diferentes dos adultos.
Na fase de bebê suíno, Queixada possui pelos avermelhados e uma faixa marrom nas costas, enquanto Cateto tem o colar em volta do pescoço.
Quando alcança o terceiro mês de vida, o porco-do-mato troca a cor por um pelo mais espesso e escuro. A pele também fica próxima desse tom.
Apesar de ser um animal que não está no topo da cadeia alimentar, é de suma importância manter o porco-do-mato vivo e saudável na natureza. O motivo é o equilíbrio da fauna brasileira, além da preservação da manutenção dos ecossistemas.
Por se tratar de indicador de qualidade ambiental, é um animal flexível e que se adapta facilmente a ambientes alterados. No entanto, a falta dele pode causar grande desequilíbrio na floresta, como a ausência da disseminação de sementes que possibilita o nascimento de outras árvores e plantas.
A carne suína desse animal é muito apreciada. Além de ser o tipo alimentar preferível de onças, o homem tem diminuído consideravelmente as populações por meio da caça ilegal.
Entretanto, o consumo de carne de porcos no ambiente natural pode abrigar inúmeros agentes nocivos à saúde, que podem causar doenças importantes em seres humanos.
Caso encontre um indivíduo da espécie em algum local, perdido, sozinho, emitindo sons de dor ou atropelamento, lembre-se que porco-do-mato é perigoso. Entre em contato com a polícia ambiental ou o Ibama para o animal ter o atendimento necessário e ser devolvido para a natureza.
Assim, animais, seres humanos e todos os ambientes seguirão equilibrados, sempre evitando a caça e o contato ilegal.
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