Também conhecida como Black Molly ou Mexican Molly, a Molinésia Negra é um peixe originário das Américas do Sul e Central, com destaque para as regiões do México, da Colômbia e da Venezuela.
O nome científico é Poecilia sphenops e o habitat são rios e lagos. Porém, por ser resistente à salinidade, ela pode ser encontrada em águas salobras de foz de rios em regiões litorâneas de baixa altitude. Contudo, isso não significa que esse tipo de condição deva ser reproduzido em um aquário
A seguir, confira algumas curiosidades e cuidados necessários ao lidar com um aquário com Molinésias Negras!
Peixes são animais ectotérmicos, isto é, dependem de fontes externas para regular a temperatura interna em uma faixa ideal. Quando a temperatura ambiente é mais alta ou mais baixa que a recomendada para a espécie, eles sofrem alterações importantes no metabolismo.
Da mesma maneira, um pH inadequado prejudica o sistema imunológico e aumenta o risco de doenças. Para isso não acontecer, Rafael Pires Barbosa, coordenador técnico da área de animais silvestres da Petz, diz que os parâmetros mais adequados para a Molinésia Negra são:
Para manter esses parâmetros para a Molinésia Negra, é importante contar com um termostato com aquecedor, evitando oscilações de temperatura. Já o pH da água pode ser modificado por elementos do próprio aquário, como substrato e restos de ração para peixe de aquário.
Portanto, além de evitar o excesso de comida que vai parar no fundo e fazer a limpeza com regularidade, é necessário realizar testes de pH periodicamente. Se for necessário, use um condicionador de água para deixá-la mais ácida ou mais básica.
Mesmo aquaristas iniciantes já ouviram falar que, por serem territorialistas e agressivos, alguns tipos de peixe de aquário devem ficar sozinhos. Não é o caso da Molinésia Negra! Com um comportamento bastante pacífico, a espécie tem hábito gregário.
“As Molinésias Negras precisam viver em grupos para redução do estresse e manifestação de comportamentos naturais”, explica o especialista em animais silvestres. Por esse motivo, não é recomendado deixá-las solitárias no aquário.
Procure manter um pequeno cardume. Mesmo sendo um animal pacífico, caso o número de machos seja grande, a agressividade entre o gênero pode surgir. Por isso, tenha uma média de duas a três fêmeas para cada macho.
A compatibilidade entre diferentes espécies de peixe em um aquário depende de uma série de fatores. Antes de qualquer coisa, é preciso pensar nos parâmetros da água necessários ao bem-estar de cada uma.
Assim, para dividir o aquário com Molinésias, as demais espécies também devem ser de água doce, temperatura média de 28°C e pH de neutro a alcalino, em torno de 7 a 7,5.
Outros fatores importantes são o tamanho e o comportamento. Peixes agressivos podem colocar a vida das pacíficas Molinésias em risco. Nesse sentido, Rafael diz que os Platys são boas opções para dividir o aquário com elas, pois também são peixes de cardume e pacíficos.
Este é um dos tipos de peixe de aquário sem nenhum mistério: o especialista recomenda o uso de ração em flocos ou pequenos grânulos. A quantidade diária recomendada deve ser oferecida em pequenas porções, de três a quatro vezes ao dia.
Lembre-se de que colocar ração para peixe de aquário em excesso favorece o acúmulo no substrato e altera os parâmetros da água, com destaque para os níveis de amônia. Por isso, nada de exagerar!
Devido aos riscos de contaminação, o especialista não recomenda a oferta de alimentos naturais, restringindo a dieta à ração específica para peixes. Saber como alimentar um peixe de aquário corretamente é fundamental!
Rafael alerta que, apesar de serem peixes pequenos, por viverem em cardumes, elas também fazem sujeira. “Assim, a TPA (troca parcial de água) com sifonagem é feita semanal ou quinzenalmente, a depender de outros fatores, como sustentação biológica e quantidade de alimentação fornecida”, ele afirma.
Vale destacar que o tamanho do aquário deve ser proporcional ao número de peixes, o que facilita a limpeza do aquário. A superpopulação é um fator altamente estressante para os peixes, que pode levá-los a óbito devido a problemas como falta de oxigênio.
De acordo com o especialista em animais silvestres, normalmente, não, “pois são peixes levemente sensíveis, que não suportam grandes alterações químicas na água”, diz. Assim, para quem nunca teve um aquário ou apresenta dificuldade de mantê-lo, é mais recomendado apostar nos kinguios, que suportam um pouco melhor certos erros básicos de iniciantes.
Independentemente das espécies escolhidas para o aquário, Rafael recomenda que, antes de montar o aquário, o aquarista iniciante busque orientações de um especialista. Além disso, é preciso ter muita responsabilidade e comprometimento para oferecer comida nos horários certos, realizar os testes de água e limpar o aquário com regularidade.
Gostou de saber mais sobre a incrível Molinésia Negra? Aqui no blog da Petz, sempre postamos informações para você ficar por dentro de todos os cuidados com seus peixinhos. Aproveite!
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