Conheça 5 tipos de tartaruga de água doce

Se você gosta de animais diferentes, vamos mostrar, a seguir, cinco tipos de tartaruga de água doce. Confira as características dessas fofuras e veja quais delas podem ser criadas como pet.

Por serem animais não muito habituais como pet, é necessário conhecer mais sobre a espécie, a alimentação e o ambiente ideal. Confira quais são as tartarugas de água doce mais populares.

Conhecendo um pouco sobre as tartarugas

As tartarugas pertencem à classe dos répteis e à ordem dos testudines. Elas vivem no mar, como a tartaruga-marinha, e em água doce — vamos falar mais sobre elas aqui neste conteúdo.

A ordem dos testudines também compreende os jabutis (que vivem na terra) e os cágados (aquáticos ou terrestres). Todos os animais têm casco e são ectotérmicos, ou seja, precisam de uma fonte de calor externa para manter a temperatura. Além disso, eles não têm dentes, têm um bico córneo (duro e resistente) e têm a pele coberta por escamas para evitar a perda de líquido.

A alimentação dos testudines varia de acordo com o ambiente em que vivem. As tartarugas-marinhas são consideradas onívoras por se alimentarem de animais vertebrados e invertebrados, além de matéria vegetal, como algas, medusas, grama-marinha e esponja-do-mar.

Os jabutis são classificados como herbívoros e comem vegetais, frutas e verduras. Já os cágados (tartarugas de água doce) são onívoros: alimentam-se de peixes, insetos e plantas na natureza. Além disso, consomem ração própria quando são domesticados.

Tartaruga-de-orelha-vermelha

Essa espécie é um cágado, mas leva o nome de tartaruga. Também é conhecida como tartaruga-de-ouvido-vermelho ou tartaruga-tigre-d’água-americana, esta última por ser nativa da América do Norte. Ela leva esse nome por ter uma faixa vermelha na região do ouvido.

Aqui no Brasil, é proibido pelo Ibama domesticar a tartaruga-de-orelha-vermelha, ou seja, tê-la como pet. Também não é permitido comercializá-la, pois ela compete com nossas espécies nativas e causa desequilíbrios ecológicos.

Tartaruga-tigre-d’água

Essa é a espécie de cágado mais conhecida. É uma das tartarugas de água doce do Brasil permitida pelo Ibama para ser domesticada, desde que seja adquirida de vendedores licenciados pelo órgão.

Essa espécie de tartaruga tem coloração verde com riscos amarelos por todo o corpo. É um animal semiaquático, podendo chegar a 30 cm de comprimento quando adulto. A expectativa de vida é de até 30 anos.

Cágado-de-barbicha

O cágado-de-barbicha é um dos tipos de tartaruga de água doce nativa do Brasil, mas não é permitido como pet. É encontrado em diversas partes do país e tem esse nome pela presença de duas protuberâncias em baixo do queixo, que facilitam a procura por alimento.

Essa espécie pode chegar a medir 40 cm, pode viver até 37 anos e se alimenta de peixes, pequenas aves, plantas e até frutas, sendo classificada como onívora. Devido ao comportamento pacífico, sofre com a ação humana: infelizmente, o tráfico para ter esse animal como pet ainda é muito comum.

Tartaruga-da-Amazônia

Esse cágado, assim como o nome já diz, é nativo da Amazônia, não apenas da parte brasileira. É conhecido como a maior espécie de tartaruga de água doce da América do Sul, podendo chegar a 65 kg e medir 90 cm.

Ela é onívora, mas prefere se alimentar de folhas, frutos e caules. Bota entre 100 e 150 ovos por ano nas praias em que ocorre desova. A expectativa de vida da tartaruga-da-Amazônia em cativeiro pode chegar aos 100 anos.

Tracajá

O tracajá, um dos tipos de tartaruga de água doce, é uma espécie parente da tartaruga-da-Amazônia. Habita os rios da Amazônia e do Tocantins-Araguaia. Tem manchas amarelas na cabeça, chega a 45 cm e pesa 8 kg.

A população de tracajá tem diminuído nos últimos anos devido ao consumo humano em todas as suas fases (ovos, filhotes e adultos). A poluição dos rios e o desmatamento do habitat também prejudica muito a espécie. Ela é classificada com estado de conservação vulnerável, sendo proibido domesticá-la.

Cuidados com os cágados

Antes de ter um dos tipos de tartaruga de água doce como pet, é importante saber se a espécie é liberada no Brasil para ser domesticada. Depois, você só pode adquiri-la de um criador licenciado pelo Ibama. Por serem animais com expectativa de vida longa, o planejamento é essencial para cuidados a longo prazo.

Após esses cuidados prévios, é preciso preparar o ambiente para receber a tartaruga. Por ser um animal semiaquático, precisa de tanques ou aquários de água doce com acesso a um terrário. O pet necessita transitar livremente entre esses dois ambientes.

O tanque precisa ser grande para que o pet se movimente. Além disso, deve ter um filtro para retirar o excesso de sujidades da água, como restos de ração e dejetos. Já o terrário precisa ter acesso à luz solar e simular o habitat natural da espécie.

É imprescindível ter boa ventilação e bom fornecimento de temperatura alta durante todo o tempo, mesmo no verão. Os cágados são ectotérmicos, portanto, precisam de uma fonte externa de calor para se autorregular.

A alimentação deve ser a ração própria para a espécie, que já é balanceada. É possível fazer suplementação com frutas, verduras verde-escuras e fontes de proteínas, como ovos e alevinos.

Após conhecer alguns dos tipos de tartaruga de água doce e ver quais delas são liberadas pelo IBAMA para serem pets, descubra mais informações sobre diferentes espécies no site da Petz!