Além de grandes companheiros, os cachorros podem ajudar muito no dia a dia dos humanos. Só para citar alguns exemplos, existem cães de guarda, animais de apoio emocional, sem contar aqueles que atuam como guia para pessoas com deficiências visuais. Mas sabia que, além de tudo isso, os cães farejam câncer? Pelo menos, é isso que a ciência sugere.
Já existem diversos estudos que mostram que o poderoso olfato canino conseguiria, sim, identificar doenças em seres humanos — principalmente nos próprios tutores. O câncer é uma delas. Confira, a seguir, tudo sobre o assunto e entenda o que a ciência diz sobre o tópico.
Antes de mais nada, é preciso entender por qual motivo os cientistas sequer cogitaram que os cães pudessem farejar o câncer. Para isso, vamos falar sobre o poderoso olfato canino. Diferente dos humanos, os cachorros têm uma capacidade de sentir odores extremamente potente e usam os cheiros como forma de se localizar no mundo, identificando locais e possíveis predadores.
Esse animal possui, em média, 300 milhões de células olfativas, enquanto nós temos 5 milhões. Além disso, eles têm uma estrutura apenas para captar e interpretar os cheiros. É o chamado recesso olfativo. Após os cães inalarem o ar, parte das moléculas vão para lá, onde serão processadas pelo cérebro.
Assim fica mais fácil entender porque os cachorros conseguem sentir cheiros que o corpo humano nunca será capaz de captar, não é? Com isso em mente, vamos entender o que os estudos dizem sobre como o olfato dos cães pode detectar doenças como o câncer.
Afinal, os cães farejam câncer? Há muitos indícios a favor da teoria. Um relato em específico, descrito em uma revista científica, chamou atenção dos pesquisadores. No caso, um homem de 75 anos foi até uma clínica dermatológica após o seu cachorro — uma fêmea, da raça Pastor-Alemão — lamber constantemente uma lesão atrás da sua orelha, por semanas.
O paciente não apresentava nenhum sintoma, mas decidiu ir até o médico para entender o que poderia estar acontecendo. Após realizada a biópsia, foi confirmado que se tratava de melanoma. O homem nem sabia da existência da ferida, até a cadela começar a lambê-lo.
Mas as evidências vão muito além desse caso. Um estudo feito na Suíça, em 2021, treinou um grupo de cachorros para identificar câncer de mama em amostras de urinas. Ao todo, eram 200 pessoas, entre as quais 40 tinham câncer de mama, 182 tinham outros tipos de câncer e 18 não tinham câncer nenhum. A taxa de sucesso da experiência foi de 100%.
Na Universidade de Milão, os números também foram positivos. Dois cachorros foram apresentados a diferentes amostras e em até 73% das vezes, os animais conseguiram identificar quais tinham células cancerígenas — mais especificamente do câncer de pulmão.
As pesquisas também querem descobrir quais tipos de câncer os cães farejam. Entre os experimentos feitos por instituições como a Universidade de Pennsylvania e o Medical Detection Dogs, no Reino Unido, cachorros já conseguiram detectar:
Além disso, a presença de inflamação e outras doenças não relacionadas ao câncer não pareceu “despistar” os cães, o que é um resultado ainda mais interessante.
Se você chegou até aqui, deve querer saber como os cães farejam câncer, não é? A resposta é mais simples do que parece. Por exemplo, estudos sobre câncer de pulmão mostram que as células cancerígenas podem produzir um odor específico, que podem ser captados em compostos orgânicos voláteis, chamados de VOCs, em inglês.
Mas em outros tipos de câncer, os animais também conseguem detectar a doença através de diversas secreções e substâncias provindas do próprio paciente — como sangue e urina. As pesquisas também usaram amostras do tumor, retiradas na biópsia.
As pesquisas não passam de experimentos científicos, então, os cães ainda não são usados para detectar câncer. Mas os estudos devem avançar ainda mais, prometendo novidades para o futuro.
Vale lembrar também que qualquer ação que envolve animais — como cão policial e cão guia — precisa de regras e regulamentação. Afinal, é primordial garantir a segurança e o bem-estar dos cachorros enquanto eles ajudam os humanos.
Por isso, não há previsão de quando, de fato, os animais poderão contribuir ativamente para a detecção do câncer. De toda forma, é incrível saber o grande potencial dos nossos pets, que fazem cada vez mais parte do nosso dia a dia.
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