Os animais selvagens despertam curiosidade em quase todas as pessoas. Não é à toa que zoológicos, reservas florestais e santuários atraem turistas de todas as regiões do mundo. No entanto, apesar desses locais serem educativos, pois nos dão a oportunidade de observar os animais de perto, o ideal é que os bichos fiquem livres na natureza para expressarem seu comportamento natural.
Aliás, preservar os bichos selvagens é extremamente importante. Eles participam do controle populacional de várias espécies, além de serem grandes dispersores de sementes, favorecendo o reflorestamento e a manutenção da flora, assim equilibrando todo o ecossistema do mundo. Aprenda mais sobre eles a seguir!
Os animais selvagens são aqueles que habitam seu local de origem e não passaram por uma domesticação ou de seleção zootécnica, como cães e gatos, por exemplo. Em outras palavras, eles vivem na natureza e não têm contato com os seres humanos — ou, se têm, é muito pouco.
Segundo a Lei n.º 9.605/98, os animais selvagens do Brasil são “espécies nativas, migratórias ou quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras”.
O ideal é que o mundo dos animais selvagens não sofra intervenção dos seres humanos. Entretanto, com o passar dos anos, isso tem ficado cada vez mais difícil. Com o crescimento do agronegócio, da urbanização, do turismo e do tráfico ilegal de animais, o habitat dos animais selvagens está ficando cada vez mais escasso.
Essas intervenções alteram o ciclo de vida desses animais, que devem ser independentes e capazes de: prover o próprio alimento, enfrentar fortes tempestades e dias de sol escaldante, reproduzir e cuidar da prole, lutar pelo seu território ou defender seu grupo, refrescar-se nos dias quentes e encontrar água quando têm sede.
Sendo assim, os animais selvagens são capazes de conviver, respeitando a hierarquia animal e o habitat. Infelizmente, porém, com as ameaças causadas pelas ações dos seres humanos, muitas espécies silvestres precisam de proteção.
Já vimos que o que são animais domésticos e selvagens, sendo que o doméstico passou por um processo de seleção zootécnica e, com isso, aproximação com os seres humanos. O animal selvagem não sofreu intervenção humana no que diz respeito a sua linhagem. Com esse pensamento, muitos acreditam que dizer que o animal é exótico é o mesmo que dizer que é selvagem.
Há uma confusão também entre os termos silvestre e exótico. O animal exótico tem origem em outro país e foi trazido ao Brasil. Um bom exemplo é a tartaruga-de-ouvido-vermelho (Trachemys scripta elegans), que é facilmente encontrada no nosso país, mas é originária da América do Norte.
Uma das características do animal doméstico é ser dependente do ser humano. Cada dia é mais comum que as pessoas criem animais selvagens em cativeiros, como se fossem pets. Alguns exemplos são: serpentes, aranhas, diversas aves, furão e certos mamíferos.
Algumas espécies selvagens e até mesmo exóticas já estão mais adaptadas do que outras quanto ao convívio com as pessoas, como é o caso da calopsita (Nymphicus hollandicus). Ela é originária da Austrália e vive de forma dependente do tutor, que lhe fornece cuidados e alimentação. Nesse caso, vários cruzamentos e estudos de seleção da espécie foram realizados ao longo do ano, tornando a espécie doméstica.
Um exemplo de animal silvestre selvagem criado como de estimação é o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). Ele é originário da Mata Atlântica e muito conhecido pela plumagem verde com a fronte azul e amarela.
Como já mencionado no texto, os animais selvagens estão sob ameaça, seja pela destruição do seu habitat natural, seja pela criação em casa, que comumente vem associada ao tráfico de animais. O tráfico de animais silvestres é a terceira atividade ilícita que mais movimenta valores no mundo.
De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza – World Wide Fund for Nature (WWF), esse tipo de comércio no Brasil tem como uma das principais vítimas o papagaio, seguido pela arara, periquito, mico-leão-dourado, tartaruga e tucano.
A atividade ilícita é um crime ambiental, passível de multa e reclusão dos envolvidos, incluindo o tutor que adquiriu um animal vítima de tráfico de origem ilegal. Vale ressaltar que animais oriundos do tráfico são capturados e transportados em condições inadequadas. Assim, costumam chegar ao seu destino debilitados ou até mesmo não resistir aos maus tratos sofridos.
Para ter esse tipo de animal em casa, é preciso levar em conta que a vida dos animais selvagens é bem diferente da dos animais domésticos, aos quais estamos habituados. Os cuidados com alimentação e abrigo variam de espécie para espécie e precisam ser cuidadosamente pensados antes de você adquirir um animal tão importante.
É necessário ter espaço, preparar o habitat de acordo com a espécie e conhecer seu comportamento para que não haja frustração. Alguns animais aceitam melhor a companhia das pessoas, outros se escondem. Ter um médico-veterinário para cuidar da saúde do animal e seguir suas orientações também é fundamental.
Após a decisão de ter um animal selvagem como pet, deve-se buscar criadores licenciados pelo IBAMA, com nota fiscal do animal, a marcação (identificação) e o certificado de origem. Sempre verifique a veracidade desses documentos, pois eles são uma garantia de que o animal não é oriundo de tráfico e foi criado em um criadouro legalizado.
Proteger e cuidar dos animais selvagens é papel de qualquer cidadão, não só pela beleza das espécies, mas também pela responsabilidade com a vida humana. Afinal, elas têm papel fundamental em todo o ecossistema! Para conhecer mais sobre a vida dos animais silvestres, acesse o blog da Petz.
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