Seu cão tem costume de andar de um lado para o outro, sem rumo? Ou, ainda, fazer o mesmo “percurso” várias e várias vezes? Pode ser o caso de pacing, comportamento comum em cachorros ansiosos ou com algum problema de saúde.
Apesar de ser um sintoma frequente em condições psicológicas, o pacing em cachorro também pode ser sinal de algo mais grave, como alterações neurológicas.
Confira, de fato, o que é pacing, o que pode causá-lo e o que fazer caso observe esse hábito em seu pet!
O pacing em cães é o comportamento caracterizado por movimentos repetitivos e incessantes. Além do pet correr de um lado para o outro, ele pode caminhar em círculos ou percorrer uma mesma área constantemente. Normalmente, esses animais estão menos atentos ao ambiente, andando sem um rumo específico.
“É um sinal enorme de que aquele animal está em grande sofrimento emocional ou que ele está vivendo uma rotina pobre em estímulos”, afirma o comportamentalista Yuri Silva.
Esse comportamento pode ser observado em cães que se encontram ansiosos, estressados ou com excesso de energia, mas também pode ser um sinal de problemas de saúde.
Existem algumas causas comportamentais que podem explicar o pacing em cães. Confira, a seguir, mais sobre cada uma delas.
Cães que não têm a oportunidade de gastar sua energia de maneira saudável, por meio de atividades físicas e mentais, podem desenvolver comportamentos repetitivos, como o pacing.
Isso acontece especialmente com raças mais ativas, que precisam de mais estímulos. Quando um cão não consegue liberar toda essa energia, ele pode começar a andar em círculos ou a caminhar de forma contínua como uma tentativa de se distrair ou aliviar a tensão acumulada.
A ansiedade é outro fator importante que leva ao pacing em cães. Cães ansiosos podem apresentar esse comportamento como uma forma de lidar com o desconforto.
“O sofrimento emocional é tão grande, que ele busca o alívio através dos vícios. Em casos em que a saúde mental do pet já está comprometida, as chances dos vícios se consolidarem são muito grandes. Então, o cachorro entra em um ciclo vicioso de liberação de dopamina e cortisol”, afirma o comportamentalista.
A ansiedade e o estresse podem ser causados por uma variedade de situações, como a ausência do tutor, mudanças na rotina ou até a presença de sons ou estímulos que geram medo. Por isso, o pacing costuma ser comum durante o Ano Novo, período com excesso de fogos de artifício.
Quer saber mais sobre comportamento canino? Confira vídeo da Petz TV em que especialista analisa virais de cachorros e explica o que realmente está acontecendo:
Embora o pacing seja frequentemente relacionado a questões comportamentais, também pode ser um sinal de problemas de saúde mais graves.
Se o seu cachorro está apresentando esse comportamento de forma persistente ou intensificada, é importante estar atento a outros sintomas e buscar a ajuda de um veterinário.
Alguns problemas de saúde que podem causar o pacing ou hábitos similares, incluem:
A doença vestibular é uma condição que afeta o sistema nervoso do cão e pode causar desorientação, desequilíbrio e dificuldade em se locomover. Isso pode levar o cachorro a andar em círculos ou sem rumo. A doença vestibular é mais comum em cães idosos, mas pode ocorrer em qualquer fase da vida.
Cães mais velhos também podem desenvolver disfunção cognitiva, que é uma espécie de “demência” canina. Esse transtorno costuma levar a comportamentos repetitivos, como caminhar em círculos. Desorientação, dificuldade em reconhecer o tutor e alterações nos hábitos de sono também são outros sintomas. A disfunção cognitiva é um problema sério, que precisa de acompanhamento veterinário.
Tumores no cérebro também podem causar comportamentos como o pacing, especialmente se estiverem afetando áreas do cérebro que controlam o movimento e o comportamento. Além disso, outros sinais, como mudanças no equilíbrio, falta de coordenação e alterações no comportamento geral, podem acompanhar o quadro.
A ataxia é uma é uma doença que interfere no controle motor do animal, levando a uma falta de coordenação e dificuldade em se mover corretamente. Cães com ataxia podem começar a andar em círculos ou demonstrar outros comportamentos repetitivos enquanto tentam lidar com a falta de equilíbrio e coordenação.
Se o seu cachorro está correndo em círculos ou demonstrando comportamentos repetitivos, é importante agir de maneira cuidadosa. Confira o que fazer caso observe alguns sinais de alerta!
Se o pacing do seu cachorro está se tornando um comportamento persistente ou está acompanhado de outros sinais, como alterações no apetite, dificuldade de locomoção ou mudança de personalidade, é fundamental levar o animal ao veterinário.
O profissional poderá investigar se há algum problema de saúde mais grave, solicitar exames e prescrever o tratamento adequado.
Além do pacing, o comportamentalista Yuri Silva lista outros sinais que merecem atenção do tutor: “Lambedura, latidos, coprofagia, correr atrás do próprio rabo, se coçar, caçar insetos imaginários de forma compulsiva. Tudo que é feito compulsivamente indica que esse animal está em sofrimento”.
Se o pacing estiver relacionado ao excesso de energia, aumentar a quantidade e a qualidade dos passeios pode ser uma solução eficaz. Cães precisam de exercícios diários para manter o corpo e a mente saudáveis. Se possível, aproveite para incluir atividades que estimulem a mente na rotina do animal, como jogos de buscar ou passeios em novos ambientes.
Como dito, é importante incluir atividades que estimulem a mente do cão. Brinquedos interativos, treinos de obediência e até mesmo truques novos podem ser ótimas formas de manter o cachorro mentalmente ocupado e reduzir o comportamento de pacing. A variedade nas atividades ajuda a prevenir que o cão se torne entediado ou ansioso.
O pacing em cães pode ser um sinal de que algo não está bem, seja em termos comportamentais ou de saúde física. Por isso, é importante buscar ajuda profissional o quanto antes. Para contar com suporte de especialistas, visite o Centro Veterinário Seres e encontre o apoio que precisa!
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