Gostar de alguém é saber quando essa pessoa está triste, alegre, ansiosa etc. No caso dos pets, os tutores ficam muito preocupados em garantir o bem-estar físico e emocional de seus amigos. O grande problema é que, por sermos de uma espécie diferente, não é tão intuitivo para nós compreender o comportamento de cachorro.
Entender melhor o comportamento canino é muito importante para melhorar seu relacionamento com o cachorro, evitando estresse e acidentes graves. A seguir, separamos algumas curiosidades para você compreender por que os cães agem como agem, de que maneiras eles se expressam, entre outras dicas.
Cães em carrinhos de bebê, vestidos com trajes a rigor, festas de aniversário para dogs… Não é preciso ir muito longe para perceber que esses pets vêm passando por um intenso processo de humanização.
E isso não é de todo ruim! Ao contrário: é justamente por serem vistos como membros de família que a preocupação com seu bem-estar aumentou.
Por outro lado, a humanização contribui para que muitos acabem se esquecendo de uma obviedade: cachorros são cachorros e têm necessidades distintas de seres humanos.
Além disso, o comportamento do cachorro também é muito diferente do nosso. E é fundamental ter isso em mente para melhorar a convivência com os amigos de quatro patas.
Para alguns, a raça seria o fator mais determinante do comportamento de um cachorro. Já para outros, ela definiria apenas a aparência, enquanto a criação teria uma influência muito maior nas atitudes do cão. Afinal, quem está certo nessa história?
A verdade é que múltiplos fatores influenciam a personalidade de cachorro. De fato, a genética tem um papel muito importante. Não à toa, é comum que, mesmo tendo sido criados em ambientes diferentes, cães da mesma raça tenham alguns comportamentos semelhantes.
Porém, outros fatores, como a criação, também são determinantes para a maneira como um cão irá agir, além de impactarem em alguma mudança de comportamento de cachorro.
Um dos períodos mais importantes para estabelecer a relação de um cãozinho com o mundo é o que vai de seu nascimento até aproximadamente três meses. Isso porque é nessa fase que o pet está mais receptivo a novas experiências. Daí a importância de aproveitar para fazer a socialização do cachorro.
Quando falamos em comunicação canina, é dos latidos que muitos se lembram primeiro. De fato, as vocalizações são uma ferramenta muito potente de comunicação. Mas engana-se quem pensa que ela é a única maneira que os cães têm de conversar entre si ou de nos comunicar alguma coisa.
Abanar o rabo, movimentos das orelhas, levantar de sobrancelhas e postura corporal são outras linguagens muito utilizadas pelos cães. Inclusive, já escrevemos sobre algumas delas aqui no blog!
Então, o cachorro que parecia ser tão quietinho e bonzinho, “do nada” avança num membro da família. Infelizmente, esse é um relato que adestradores e veterinários comportamentalistas ouvem com frequência.
Ao observar o comportamento do cachorro pessoalmente, o que eles percebem é que o ataque não veio tão “do nada” assim. Antes disso, o pet deu diversos sinais de que estava incomodado. A questão é que os tutores nem sempre sabem interpretá-los.
Falando dos ataques, diz o senso comum que os rosnados seriam o primeiro sinal de perigo. No entanto, a verdade é que muitas vezes ele é um dos últimos recursos utilizados pelos cães para marcar o seu espaço. Mas como saber se um pet está desconfortável com alguma situação?
Uma dica é procurar se informar sobre os famosos calming signals. Também chamados de sinais de apaziguamento, eles envolvem uma série de comportamentos muito sutis de lidar com conflitos antes de partir para o ataque.
Entre esses sinais estão comportamentos como virar de costas para o tutor ou até sentar e se coçar ao receber uma bronca, por exemplo.
Como dissemos, um dos problemas da humanização dos pets é que com ela acabamos esquecendo que eles não são como a gente e têm necessidades diferentes.
Como exemplo, para nós, é desagradável a ideia de andar descalço no asfalto e cheirar a urina de outros animais. Já para os cães, isso é extremamente prazeroso e necessário! Portanto, ao levar seu amigo para passear, evite colocar sapatinhos no cachorro e deixe que ele explore o ambiente.
Além dos passeios, outra maneira de estimular os comportamentos naturais caninos é por meio de brinquedos e brincadeiras. Confira aqui uma matéria sobre a função de diferentes tipos de brinquedo e qual é a melhor maneira de utilizá-los no dia a dia.
É comprovado que cães, como outros animais, são seres sencientes, isto é, capazes de sentir as experiências conscientemente de maneira positiva ou negativa, sentindo alegria ou tristeza.
No entanto, até onde se sabe, diferentemente de nós, eles não apresentam sentimentos complexos, como culpa ou ressentimento.
Ou seja, se quando você sai de casa o pet faz bagunça e destrói os móveis da casa não é porque ele está fazendo pirraça! O mais provável é que ele simplesmente não tenha outra atividade com a qual se entreter ou esteja sofrendo com ansiedade por separação.
Da mesma maneira, para corrigir um comportamento indesejado do cachorro não adianta fazer um longo discurso ou tratá-lo com indiferença para que se sinta culpado.
Ainda que perceba a mudança no seu comportamento, o cão não saberá a que ela está relacionada. Muito mais eficaz é mostrar ao pet o que você espera dele por meio do reforço positivo.
Imagine a seguinte situação: por causa do trabalho, um tutor passa a maior parte do dia fora de casa. Quando retorna, cansado, se joga no sofá e não dá muita bola para o pet, a não ser que este comece a latir ou a roer algum sapato, por exemplo.
Nesses casos, o tutor se levanta de onde está e dá uma bela bronca no cachorro. Com o passar do tempo, os comportamentos indesejados de latir e de destruir a casa se tornam mais e mais frequentes.
Dá para perceber o que aconteceu aqui? Para alguns, a atitude do cão poderia ser interpretada como pirraça: quanto mais o tutor briga com o cachorro, mais ele apronta.
Na verdade, o que aconteceu é que o pet percebeu que só recebe atenção do tutor quando late ou destrói alguma coisa. Ou seja, sem saber, o tutor está recompensando o pet por um comportamento indesejado. Para o cão, uma bronca é melhor do que nenhuma interação!
Como você já deve ter percebido, desvendar o comportamento de cachorro é mais difícil do que parece. De fato, não é tarefa fácil entender de onde vêm certas atitudes e principalmente o que fazer para reverter o quadro.
Felizmente, hoje em dia é possível contar com profissionais especialistas em compreender o seu amigo (e as frustrações da sua família também). Ainda mais para tutores de primeira viagem, vale a pena investir numa consultoria logo nos primeiros momentos do pet na casa. Isso evita problemas no futuro.
Também em casos mais graves, como agressividade, montar em objetos e atitudes destrutivas, a consultoria é importante para lidar com o problema, minimizando os riscos e garantindo o bem-estar do cão e da família.
Por mais desafiador que seja entender o comportamento canino, uma coisa é fato: é muito mais eficiente mostrar ao pet o que você espera dele do que puni-lo pelo que você não quer e, dessa forma, esperar que ele descubra o caminho certo por conta própria.
Para isso, a dica é recorrer ao método do reforço positivo. Este consiste em recompensar o pet imediatamente após um comportamento desejado. O presente pode ser desde um petisco até elogios ou carícias.
Além de ineficientes, métodos de adestramento aversivos ainda têm impacto negativo em algumas das características mais incríveis dos cachorros: a alegria e a espontaneidade.
Quando é agredido ou leva muitas broncas sem saber por que, o pet tende a ficar com medo de fazer suas atividades ou de apresentar qualquer reação. Afinal, ele nunca sabe quando vai acabar desagradando seu tutor.
Com isso, o cãozinho pode se tornar triste e apático, o que é muito ruim para ele e também para nós, que perdemos a oportunidade de ter momentos alegres com ele.
Viu só, o comportamento de cachorro pode ser muito complexo! Mas com a ajuda de um profissional e também com os conteúdos do blog da Petz, pode ser mais fácil entendê-lo.
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